Para as Eleições Autárquicas 2009, o Programa do Partido Socialista de Terras de Bouro propunha (e passo a citar) “actividades que favoreçam a eficácia e a dignidade do turismo e que combatam a sua sazonalidade” nomeadamente “o aproveitamento da Albufeira de Vilarinho da Furna”.
A decisão tomada, recentemente, pelo executivo camarário de suspender o projecto Natur Parque de Vilarinho da Furna apanhou de surpresa os Terrabourenses. Que me lembre, em momento algum, esta posição foi anunciada, discutida ou divulgada durante a campanha eleitoral.
O presidente do executivo camarário, Joaquim Cracel Viana, justifica esta sua decisão por considerar que com este projecto de “grande esforço financeiro não se antevê que da sua implementação resulte um retorno efectivo para o município”. No entanto, há quem o considere “estruturante” e uma forte componente de desenvolvimento para o nosso concelho.
De acordo com Ricardo Gonçalves, presidente da Assembleia Municipal, esta decisão pode não ser definitiva porque “este projecto pode vir a ser concretizado no futuro”. Com esta postura foi colocada "areia na engrenagem" e é reveladora de que a articulação e a solidariedade com o presidente do Município parece não existir nos paços do nosso concelho. Entretanto, foi constituída uma comissão para estudar profundamente Natur Parque e verificar a sua viabilidade. Neste “jogo do gato e do rato” aguardemos pela decisão final!
Ainda há bem pouco tempo a Câmara Municipal de Terras de Bouro, liderada por António Afonso, pretendia investir 3,5 milhões de euros na construção do Natur Parque junto à aldeia de Vilarinho da Furna. Este investimento, que se situava fora da área do PNPG-Parque Nacional da Peneda-Gerês (para sorte nossa), previa a criação de um museu subaquático, a aquisição de uma embarcação com fundo transparente para observação da aldeia submersa e a construção de um ancoradouro. Previa, ainda, valorizar e aproveitar as potencialidades dos terrenos adjacentes à antiga aldeia de Vilarinho da Furna, nomeadamente a recuperação de moinhos, pontes, fojo do lobo, um posto de observação de animais e aves selvagens, dois abrigos de montanha, um trilho de grande rota na Serra Amarela, um fluviário, um apiário, entre outros.
Contudo, quem já tomou uma posição pública sobre esta matéria foi a “A Furna” (associação de antigos habitantes de Vilarinho da Furna) que quer ver concretizado o Natur Parque. Na última reunião da Assembleia Municipal, realizada no dia 28 de Dezembro, o tesoureiro da ‘Furna’, Hélder Nogueira, manifestou o seu desagrado com a posição do executivo camarário. Foi por si afirmado que ficaram “surpreendidos porque a nova câmara municipal resolveu suspender o projecto sem sequer ouvir os interessados”. Acusou, ainda, o executivo actual de não conhecer o espaço e de “não ter interesse na valorização da sua terra, nem de ter noção de que este tipo de iniciativas são vectores de desenvolvimento porque são este tipo de projectos que atraem turismo de qualidade”. Hélder Nogueira sublinhou que “é de lamentar que um projecto de excelência, que em 37 candidaturas da região Norte ficou em primeiro lugar, seja menosprezado pela Câmara Municipal”.
A guerra entre “A Furna” e a Câmara está para durar e o futuro, certamente, encarregar-se-á de provar que a Autarquia Socialista tomou uma decisão errada. Continuando este projecto “em banho Maria” é, obviamente, objectivo que a sua não concretização não permitirá aumentar e diversificar a oferta de actividades no âmbito do turismo ambiental e científico a partir do potencial da antiga aldeia de Vilarinho da Furna o que contradiz claramente o programa eleitoral do Partido Socialista.
Entretanto, os encantos da aldeia comunitária de Vilarinho da Furna, situada entre as serras do Gerês e da Amarela, submersa em 1972 pelas águas do Rio Homem, manter-se-ão longe dos olhares dos turistas. E a promoção de um aproveitamento turístico que defenda e valorize o património ecológico existente parece ser pura miragem assim como a entrada de euros e a criação de postos de trabalho no nosso concelho.
A decisão tomada, recentemente, pelo executivo camarário de suspender o projecto Natur Parque de Vilarinho da Furna apanhou de surpresa os Terrabourenses. Que me lembre, em momento algum, esta posição foi anunciada, discutida ou divulgada durante a campanha eleitoral.
O presidente do executivo camarário, Joaquim Cracel Viana, justifica esta sua decisão por considerar que com este projecto de “grande esforço financeiro não se antevê que da sua implementação resulte um retorno efectivo para o município”. No entanto, há quem o considere “estruturante” e uma forte componente de desenvolvimento para o nosso concelho.
De acordo com Ricardo Gonçalves, presidente da Assembleia Municipal, esta decisão pode não ser definitiva porque “este projecto pode vir a ser concretizado no futuro”. Com esta postura foi colocada "areia na engrenagem" e é reveladora de que a articulação e a solidariedade com o presidente do Município parece não existir nos paços do nosso concelho. Entretanto, foi constituída uma comissão para estudar profundamente Natur Parque e verificar a sua viabilidade. Neste “jogo do gato e do rato” aguardemos pela decisão final!
Ainda há bem pouco tempo a Câmara Municipal de Terras de Bouro, liderada por António Afonso, pretendia investir 3,5 milhões de euros na construção do Natur Parque junto à aldeia de Vilarinho da Furna. Este investimento, que se situava fora da área do PNPG-Parque Nacional da Peneda-Gerês (para sorte nossa), previa a criação de um museu subaquático, a aquisição de uma embarcação com fundo transparente para observação da aldeia submersa e a construção de um ancoradouro. Previa, ainda, valorizar e aproveitar as potencialidades dos terrenos adjacentes à antiga aldeia de Vilarinho da Furna, nomeadamente a recuperação de moinhos, pontes, fojo do lobo, um posto de observação de animais e aves selvagens, dois abrigos de montanha, um trilho de grande rota na Serra Amarela, um fluviário, um apiário, entre outros.
Contudo, quem já tomou uma posição pública sobre esta matéria foi a “A Furna” (associação de antigos habitantes de Vilarinho da Furna) que quer ver concretizado o Natur Parque. Na última reunião da Assembleia Municipal, realizada no dia 28 de Dezembro, o tesoureiro da ‘Furna’, Hélder Nogueira, manifestou o seu desagrado com a posição do executivo camarário. Foi por si afirmado que ficaram “surpreendidos porque a nova câmara municipal resolveu suspender o projecto sem sequer ouvir os interessados”. Acusou, ainda, o executivo actual de não conhecer o espaço e de “não ter interesse na valorização da sua terra, nem de ter noção de que este tipo de iniciativas são vectores de desenvolvimento porque são este tipo de projectos que atraem turismo de qualidade”. Hélder Nogueira sublinhou que “é de lamentar que um projecto de excelência, que em 37 candidaturas da região Norte ficou em primeiro lugar, seja menosprezado pela Câmara Municipal”.
A guerra entre “A Furna” e a Câmara está para durar e o futuro, certamente, encarregar-se-á de provar que a Autarquia Socialista tomou uma decisão errada. Continuando este projecto “em banho Maria” é, obviamente, objectivo que a sua não concretização não permitirá aumentar e diversificar a oferta de actividades no âmbito do turismo ambiental e científico a partir do potencial da antiga aldeia de Vilarinho da Furna o que contradiz claramente o programa eleitoral do Partido Socialista.
Entretanto, os encantos da aldeia comunitária de Vilarinho da Furna, situada entre as serras do Gerês e da Amarela, submersa em 1972 pelas águas do Rio Homem, manter-se-ão longe dos olhares dos turistas. E a promoção de um aproveitamento turístico que defenda e valorize o património ecológico existente parece ser pura miragem assim como a entrada de euros e a criação de postos de trabalho no nosso concelho.
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