Em entrevista à SIC, o senhor “engenheiro” José Sócrates admitiu pela primeira vez que a economia portuguesa não deve escapar à recessão, à semelhança do que está a suceder por todo o mundo. Se durante muito tempo o senhor “engenheiro” afiançou aos portugueses que a crise não existia, nesta entrevista foi-lhe impossível manter esta garantia porque, infelizmente, a situação que o nosso país atravessa é gravíssima e muito anterior à anunciada crise internacional.
Na entrevista dada à SIC, faltou ao o senhor “engenheiro”, por falta de argumentos, a arte e o engenho para se desculpar. O senhor “engenheiro” não foi capaz de encontrar as razões que justificam a má situação económica do país, o aumento do desemprego e o agravamento da profunda crise social.
Relativamente ao desemprego, o site do IEFP informa que, no final de Novembro, 408.598 pessoas continuavam registadas, nos centros de emprego, como desempregados, mais 2,9% do que há um ano atrás. O despedimento unilateral foi, em Novembro, a causa da inscrição de mais de 10.500 pessoas, o que representa um aumento homólogo de 54%. Também os despedimentos por mútuo acordo aumentaram, nesse mês, 60% para mais 1384. O aumento do fluxo de novos desempregados verificou-se em todas as regiões do País, com o Norte (+28%) e Lisboa e Vale do Tejo (+27,4%) a registarem em Novembro as maiores variações homólogas. O Norte é a região que mais contribui para o número de inscritos.
Se a contracção da economia portuguesa se vai prolongar durante todo o ano de 2009, acarretará, irremediavelmente, implicações “dramáticas” na vida dos portugueses, principalmente a nível do emprego. A produção, inevitavelmente, decrescerá e os rendimentos, em geral, também decrescerão e teremos, portanto, a quebra dos proventos e o aumento do desemprego porque reduzindo-se a produção reduzir-se-ão também os postos de trabalho.
Só dando prioridade à actividade económica é que se conseguirá defender o emprego e apoiar os desempregados. Esta devia ser a preocupação do senhor “engenheiro antes de pedir aos Portugueses que o mantenham no “poleiro”. Na entrevista dada à SIC, José Sócrates, em nome das actuais circunstâncias e da estabilidade política e governativa, apelou à maioria absoluta por a considerar importante para Portugal. Treta! Pura conversa de treta!
Senhor “engenheiro”, nós Portugueses precisamos urgentemente de saber qual é a sua resposta para minizar os efeitos da crise na realidade social!
Senhor “engenheiro”, nós Portugueses queremos saber de que forma vai travar o crescimento da pobreza e dos focos de fome!
Senhor “engenheiro”, a situação em Portugal não será muito mais grave do que aquilo que tem vindo a público dizer?
Senhor “engenheiro”, não estaremos perante um descalabro total depois de exigir tantos e tantos sacrifícios aos Portugueses?
Entretanto, o senhor “engenheiro” José Sócrates não responde e quando o faz vai branqueando as suas responsabilidades. Deste modo, o senhor “engenheiro” consegue resistir à crise económica, às manifestações em massa e aos escândalos na Banca. E com um PSD pouco firme que caminha sabe-se lá para onde, o senhor “engenheiro” José Sócrates lá vai passeando a sua arrogância enquanto cresce a angústia e a incerteza quanto ao futuro.
E sem alternativa credível, os Portugueses sonham com um novo D. Sebastião e vão alimentando os tiques de autoritarismo deste governante sabe-se lá até quando!
Publicado no jornal o "Geresão" em 20 de Janeiro de 2009.
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