Ambas são cobras de cerca de meio metro, geralmente de tonalidades acastanhadas. A víbora do Gerês é o único ofídio, entre estas espécies, que apenas existe na Península Ibérica.
Caracterizam-se por possuírem dentes venenosos demasiado longos para permitir o encerramento da boca. Em situações de perigo, normalmente optam por fugir, mas podem morder com destreza quando se vêem encurraladas. Conhecem-se alguns casos fatais de mordeduras, apesar de não serem frequentes e de ocorrerem essencialmente com pessoas débeis, doentes, crianças e idosos. Mas existem antídotos específicos para estas espécies.
Apesar das características potencialmente perigosas destes animais, lembre-se que eles fazem parte dos ecossistemas, desempenhando papéis tão importantes como o controlo das populações de roedores e das doenças por eles disseminadas. O seu desaparecimento tem sempre consequências graves no equilíbrio natural, já tantas vezes instável. Para além deste aspecto, a impressionante e complexa constituição dos venenos abre perspectivas inquestionáveis na investigação médica, na pesquisa de novas substâncias activas com propriedades terapêuticas. Por todos estes motivos, estes animais não devem ser considerados como criaturas perversas e facínoras, mas devem ser respeitados por todas as funções benéficas por que são responsáveis.
A víbora-cornuda
Fonte: http://www.naturlink.pt/
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