domingo, 28 de março de 2010

Chamoim, uma das 17 freguesias do concelho de Terras de Bouro

Contexto histórico-cultural: Nas Memórias Paroquiais de 1758, no séc. XVIII, o território concelhio era constituído por um corpo de 11 freguesias. O lugar de Sequeirós, na freguesia de Chamoim, apresentava-se como o local onde o concelho tinha a sua sede: «tem a sua casa em que se fazem as audiências (...) a que chamam Foral». A escolha de Sequeirós, em Chamoim, como sede do Concelho, deveu-se sobretudo aos interesses económicos que o senhorio donatário tinha na terra, como proprietário de terrenos e rendas.
Em toda a vertente que vai do fundo do rio Homem até ao extremo altimétrico do Castelo de Covide/Bouro, disseminam-se povoados rurais. Os arcaicos núcleos rurais e os seus lugares, dispersos pela encosta e encastelados nos montes - lugares de Frigueiras e Santa Comba - Sequeirós, Pergoim e Lagoa, com o seu património rural (os moinhos, os regadios, as levadas, os nichos religiosos, o miradouro do Alto do Espigão), apresentam-se como edificações rurais de grande interesse.
A igreja matriz situa-se no lugar de Lagoa, entre o povoado habitacional e tem como orago o Apóstolo Santiago. No largo fronteiro da matriz encontram-se as cruzes da via sacra e o cruzeiro feito de um miliário.

Lugares da freguesia: Chão de Pinheiro, Frigueira, Lagoa, Padrós, Pergoim, Santa Comba e Sequeiros.
População Residente: 351 habitantes
Colectividades: Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Chamoim e Junta de freguesia, sita no lugar da Lagoa. Animação Cultural: Trilho Pedestre dos Moinhos e Regadios Tradicionais com a duração de 4 horas e distância de 9 km. O Ponto de Partida /Chegada: lugar da Lagoa – Chamoim.

Festas e Romarias: S. Tiago, Senhora das Dores e Senhor dos Aflitos (último Domingo de Julho), Santa Comba (Setembro), S. Lourenço (Agosto), S. Bartolomeu (Agosto), N.ª Senhora da Conceição (8 de Dezembro) e Santa Luzia (Dezembro).
Património Histórico-cultural: O conjunto de moinhos-de-água, cujas construções de traça arquitectónica de alvenaria popular portuguesa, contribuem para o embelezamento da paisagem natural e edificada. Estes engenhos de cunho popular têm uma construção rudimentar, de pequenas dimensões, apresentam-se como construções que evidenciam uma sabedoria popular singular que, juntamente com as paisagens bucólicas onde se enquadram e com as suas gentes, guardam repertórios de histórias vividas. As linhas de água, as levadas, os poços, o sistema de rega e os moinhos-de-água, no seu conjunto, constituem autênticas relíquias da arquitectura popular de tempos remotos.
Actividades económicas: Agro-pecuária, construção civil, comércio, restaurante, empresa da Água do Fastio, artesanato.


Fonte: Câmara Municipal de Terras de Bouro

Sem comentários: