Depois do enorme sucesso da primeira apresentação realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Terras de Bouro, no dia 22 de Novembro de 2008, João Luís Dias, escritor e presidente da direcção do Clube de Autores Minhoto-Galaicos (Calidum) apresentou, na Fnac - Braga, no dia 12 de Março, pelas 22 horas, a sua obra mais recente – “Um poema, uma flor”.
O espaço Fnac encheu-se para acolher a poesia simples, bela e livre da influência de correntes literárias. Mas para que haja grandes escritores e poetas é preciso também que haja um grande público. E disso o nosso “Poeta da Montanha” não se pôde queixar.
“Um poema, uma flor” reúne trinta e cinco poemas extraídos do descarne íntimo e sincero do nosso escritor terrabourense. Os versos sem concessões a rima ou a deslumbres formais caracterizam o estilo do nosso “Poeta da Montanha”. Ilustram esta obra poética dezassete maravilhosas fotos de Sun Lam, de Pequim, directora do Instituto Confúcio – Universidade do Minho. Ao folhearmos o livro deleitamo-nos com fotos de ventres de flores, quase todos de evocação da mulher, saídos da simplicidade dos sentidos.
No espaço Fnac, a obra “Um poema, uma flor” foi, novamente, apresentada por Costa Guimarães, jornalista do “Correio do Minho”, que a considerou uma combinação perfeita entre a poesia e a natureza tendo sublinhado, mais uma vez, que “os homens normais fazem prosa e os homens singulares fazem poesia”. Quem não concorda com Costa Guimarães? Na verdade, a criação poética é um mistério indecifrável e que não está ao alcance da maior parte do comum dos mortais. A arte da criação poética não se aprende nos livros e não pode ser ensinada. Não se conhecem receitas para ensinar a composição de um verso ou de um poema.
De facto, os poetas são nossos mestres, nós que somos homens vulgares, e bebem em fontes que nos estão vedadas a todos nós. E um grande poeta, de acordo com o escritor inglês Gilbert Chesterton, “existe para mostrar ao homem pequeno o quanto ele é grande”.
Para mim, João Luís Dias é um grande poeta que deve orgulhar-nos a todos nós terrabourenses! Vou mais longe e ouso dizer que João Luís Dias é um «pastor do Ser», na tão bela expressão de Heidegger.
De facto, a sua sensibilidade estética revela-nos o “Ser” e o encanto do que, sem ele, para nós não seria. Bem haja ao nosso “Poeta da Montanha”, aos seus versos e ao seu grande amor pela poesia e pela cultura!
Obrigado, João Luís. Tão só: muito obrigado por partilhares connosco a tua inspiração, o teu talento e os teus poemas!
20 de Abril de 2009
1 comentário:
Estou até envergonhado de só hoje ter lido este teu texto, onde me referencias. Agradeço-te, Zeca, as palavras afectuosas e elogiosas que me emprestas.
Estamos a par um do outro: eu com o rendilhado das palavras e tu, sempre, com textos magníficos!
Um abraço, companheiro.
João Luís
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