domingo, 3 de janeiro de 2010

João Luís Dias, o Poeta da Montanha

Depois do enorme sucesso da primeira apresentação realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Terras de Bouro, no dia 22 de Novembro de 2008, João Luís Dias, escritor e presidente da direcção do Clube de Autores Minhoto-Galaicos (Calidum) apresentou, na Fnac - Braga, no dia 12 de Março, pelas 22 horas, a sua obra mais recente – “Um poema, uma flor”.
O espaço Fnac encheu-se para acolher a poesia simples, bela e livre da influência de correntes literárias. Mas para que haja grandes escritores e poetas é preciso também que haja um grande público. E disso o nosso “Poeta da Montanha” não se pôde queixar.
“Um poema, uma flor” reúne trinta e cinco poemas extraídos do descarne íntimo e sincero do nosso escritor terrabourense. Os versos sem concessões a rima ou a deslumbres formais caracterizam o estilo do nosso “Poeta da Montanha”. Ilustram esta obra poética dezassete maravilhosas fotos de Sun Lam, de Pequim, directora do Instituto Confúcio – Universidade do Minho. Ao folhearmos o livro deleitamo-nos com fotos de ventres de flores, quase todos de evocação da mulher, saídos da simplicidade dos sentidos.
No espaço Fnac, a obra “Um poema, uma flor” foi, novamente, apresentada por Costa Guimarães, jornalista do “Correio do Minho”, que a considerou uma combinação perfeita entre a poesia e a natureza tendo sublinhado, mais uma vez, que “os homens normais fazem prosa e os homens singulares fazem poesia”. Quem não concorda com Costa Guimarães? Na verdade, a criação poética é um mistério indecifrável e que não está ao alcance da maior parte do comum dos mortais. A arte da criação poética não se aprende nos livros e não pode ser ensinada. Não se conhecem receitas para ensinar a composição de um verso ou de um poema.
De facto, os poetas são nossos mestres, nós que somos homens vulgares, e bebem em fontes que nos estão vedadas a todos nós. E um grande poeta, de acordo com o escritor inglês Gilbert Chesterton, “existe para mostrar ao homem pequeno o quanto ele é grande”.
Para mim, João Luís Dias é um grande poeta que deve orgulhar-nos a todos nós terrabourenses! Vou mais longe e ouso dizer que João Luís Dias é um «pastor do Ser», na tão bela expressão de Heidegger.
De facto, a sua sensibilidade estética revela-nos o “Ser” e o encanto do que, sem ele, para nós não seria. Bem haja ao nosso “Poeta da Montanha”, aos seus versos e ao seu grande amor pela poesia e pela cultura!
Obrigado, João Luís. Tão só: muito obrigado por partilhares connosco a tua inspiração, o teu talento e os teus poemas!
20 de Abril de 2009

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou até envergonhado de só hoje ter lido este teu texto, onde me referencias. Agradeço-te, Zeca, as palavras afectuosas e elogiosas que me emprestas.
Estamos a par um do outro: eu com o rendilhado das palavras e tu, sempre, com textos magníficos!
Um abraço, companheiro.
João Luís