sábado, 2 de janeiro de 2010

VII Feira-Mostra, S. Martinho nas Terras do Gerês


Nos dias 9, 10 e 11 de Novembro, realizou-se na Vila de Terras de Bouro a VII Feira-Mostra “S. Martinho nas Terras do Gerês”. Este certame, que já vai na sétima edição, propõe-se divulgar o artesanato, os produtos agrícolas e a gastronomia do nosso concelho. Mas a divulgação das potencialidades económicas da nossa terra e a valorização dos produtos característicos locais da época não estão entre os objectivos primeiros o que pôde ser comprovado pelos stands expostos.
Festa e animação não faltou, mas como manda a tradição de S. Martinho, a castanha devia ser a principal protagonista nesta Feira-Mostra. Mas, como nós terrabourenses não lhe damos a devida importância, encarregou-se de o fazer o nosso concelho vizinho, Vieira do Minho, onde se realizou a segunda edição do mercado dedicado à castanha.
Prometia-se no Programa, para os dias 9, 10 e 11, as tasquinhas com sabores biológicos – Cabrito do Gerês. Mas, nesta Feira-Mostra, foi muito pouco o cabrito para saborear. Provou-se cabrito bem confeccionado, na Tasca do Lopes (tasca criada para esta Feira-Mostra), único stand onde foi vendido. Com o cabrito biológico, unicamente no Programa, perdemos a oportunidade de apresentarmos um produto de qualidade da nossa pastorícia tradicional e de levarmos o nome de Terras de Bouro a vários pontos do país. Deste modo, a nossa Feira-Mostra, que envolve uns significativos milhares de euros do erário público, não pode ser considerada uma mais-valia geradora de desenvolvimento que complemente o rendimento dos nossos produtores agrícolas.
A “Chega de Bois” e o “Festival da Canção de Terras de Bouro”, realizados no dia 10, contaram com uma grande adesão de público, mas foi no dia 11 que muita gente se concentrou em número significativo para assistir à “Corrida de Cavalos”. A Autarquia, vá-se lá a saber com que critérios, decidiu pôr fim à tradição quando sentenciou que a “Exposição de Cabrito, Garranos e Gado Barrosão” assim como a “Chega de Bois” e a “Corrida de Cavalos” seriam eventos organizados pela Associação de Produtores Biológicos e não pela Cooperativa Agrícola que organiza as corridas há décadas.
Por que razão as corridas de cavalos não foram organizadas desta vez pela Cooperativa?
Será desta forma que a Autarquia apoia a melhoria das condições de vida e de trabalho dos agricultores e das populações rurais através do seu rejuvenescimento e defesa dos rendimentos?
20 de Novembro de 2007

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