Munícipes poupados e autarquia dependente de impostos
Os bracarenses estão entre os cidadãos da região do Norte que mais cortaram no endividamento total e a Câmara Municipal de Braga está nas 86 autarquia das sub-regiões do Minho-Lima, Cávado, Ave, Grande Porto, Entre Douro e Vouga, Tâmega, Douro e Alto Trás-os-Montes que mais dependem da cobrança de impostos.
Os indicadores do estudo do Instituto Nacional de Estatística relativos à Administração Local da região do Norte colocam o orçamento anual do Município bracarense no patamar em que a capacidade de gerar receita depende entre a 40 a 61 por cento da cobrança de impostos, margem que chega a duplicar a dependência média das 65 câmaras nortenhas, que está nos 30 por cento. Os cofres da autarquia da capital minhota são, entre as 24 autarquias dos distritos de Braga e de Viana do Castelo, os mais dependentes da carga fiscal imposta aos cidadãos, sendo que metade dos municípios do Baixo e Alto Minho vivem com orçamentos que dependem entre 10 e 25 por cento dos impostos que o Estado e as próprias câmaras aplicam aos contribuintes.
No mesmo nível de dependência da edilidade bracarense, o trabalho do INE apenas identifica mais sete concelhos: Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar, Porto, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira. Entre os quatro grandes municípios do Baixo Minho, Barcelos é o que menos recorre aos impostos para arrecadar receita (está no patamar de 10 a 25 por cento) e Guimarães e Famalicão incluem nos respetivos orçamentos receitas fiscais que ficam no patamar dos 25 aos 40 por cento. Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Terras de Bouro, Ponte de Barca, Melgaço, Caminha e Paredes de Coura são as câmaras que menos carregam na carga fiscal, na hora de elaborar os respetivos orçamentos.
Fonte: Diário do Minho, em 14-03-2013
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