Na edição do jornal “Correio do Minho” de hoje, foi publicada uma carta do Dr. Luís António de Sousa Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, dirigida ao Hospital de Braga, que passamos a reproduzir integralmente:
«De Luís António de Sousa Teixeira, leitor do ‘Correio do Minho’ e vice-presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, recebemos a seguinte carta enviada ao Hospital de Braga com o pedido de divulgação pública e que a seguir transcrevemos na íntegra:
“Ao Conselho de Administração do Hospital Escala Braga
Excelentíssimo Sr. Presidente.
É com enorme mágoa e com a tristeza que me acompanha desde os últimos dias do mês de Janeiro, é sobretudo como filho, mas, porque não sobretudo como cidadão, que me sinto no dever, na obrigação e no direito de, respeitosamente, me dirigir a V. Excelência.
Dói saber que existe, dói saber que existiu para quem tanto se ama, um Bloco E - 1.º Piso num hospital como aquele que V. Exa. dirige e que, com a minha certeza, infelizmente alguém lá possa ‘cair’.
Que diferença Sr. Presidente! Que impessoal! E com que mais adjectivos caracterizaria um Bloco como aquele.
A minha mãe faleceu no dia 30 de Janeiro - 11 horas e 22 minutos. Quero acreditar e mais que querer, preciso acreditar, que o falecimento foi ‘apenas’ no Hospital de Braga e não no Bloco E - 1.º Piso.
O ser humano não é eterno, mas essa verdade não tem local nem idade (...)
Sr. Presidente, cumpre-me apelar a V. Exa. para que não exista um Bloco E - 1.º Piso num hospital de referência. É triste, muito triste a sua existência. Mas também me cumpre o dever de tudo fazer para, com todas as minhas forças poder fazer chegar, aqueles que protegem, gostam ou amam, os seus ou o seu semelhante, a mensagem que não existe o Bloco E - 1.º Piso no Hospital Escala Braga, não. Digo-lhe respeitosamente Sr. Presidente, NÃO.
Também pela memória de minha Mãe,
Atentamente e apelando ao seu coração,
Valdosende 5 de Março de 2013
Luís António de Sousa Teixeira”»
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