Variabilidade entre municípios desceu para metade nos últimos quatro anos, mas continua a ser um problema. A maioria dos municípios optou por subir o preço da água no ano passado e a tendência deverá manter-se este ano. O agravamento dos preços ocorre num serviço básico marcado por grandes disparidades nas tarifas - se um consumidor de Terras de Bouro paga 30,36 euros por ano, quem mora em Loulé paga 488,52 euros anualmente por um consumo de 120 m3. Nos últimos anos a amplitude esbateu-se (ver entrevista ao lado), mas ainda assim a diferença de preços entre municípios no topo e no fundo da tabela de preços supera 450 euros - uma família do sul do país paga mais de 15 vezes do que outra que viva no norte, de acordo com os dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).
A variabilidade dos preços da água é um dos factores mais criticados neste sector. O presidente da ERSAR, Jaime Baptista, afirmou que cabe aos municípios definir os tarifários de abastecimento de água. Mas há diferenças de custos na prestação do serviço de sistema para sistema, determinados por factores como extensão da rede, economias de escala ou por diferenças nas condições socioeconómicas dos utilizadores dos serviços, entre outros (ver entrevista ao lado). São estes factores que vão depois influenciar os preços a cobrar pelas autarquias.
Fonte: O Amarense, em 11-06-2013
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