O Centro de Saúde de Terras de Bouro está, neste momento, a ser “servido por médicos de empresas”, o que coloca aquela valência numa “situação precária”, uma vez que a qualquer momento esses mesmos médicos podem ir embora. A realidade atual é assumida pelo presidente da Câmara Municipal, Joaquim Cracel, que se manifesta “preocupado” com o momento que o Centro de Saúde atravessa, mas lembrando que “compete ao ministério da saúde pôr término a esta situação”.
“O ministério da saúde comprometeu-se a prever a colocação de dois médicos nos quadros do Centro de Saúde de Terras de Bouro no próximo concurso público que abrir, previsto para setembro”, adiantou o edil, comentando as movimentações do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português na Assembleia da República.
Recentemente, o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português afirmava que o Centro de Saúde de Terras de Bouro está há algum tempo sem médico de clínica geral e familiar. O problema da falta de médicos naquela unidade de saúde, garantem os responsáveis comunistas, “não é novo, tendo, inclusive, sido por diversas vezes exposto ao Ministério da Saúde” por aquele Grupo Parlamentar, bem como é do conhecimento do responsável pelo ACES Cávado II- Gerês/ Cabreira e da Administração Regional de Saúde do Norte.
O centro de saúde de Terras de Bouro está integrado no Agrupamento de Centros de Saúde Cávado II - Gerês/Cabreira, estando-lhe associadas três extensões de saúde: Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Terras Bouro - Pólo Rio Caldo; Unidade de Cuidados Personalizados Terras de Bouro e Unidade de Cuidados na Comunidade.
Os comunistas lamentam, ainda, que no pólo de Rio Caldo exista apenas um médico de família e “alguns médicos tarefeiros contratados às empresas de trabalho temporário”.
“De acordo com as informações que nos chegaram, o problema de falta de médico no centro de saúde de Terras de Bouro, parece ser passageiro, no entanto, tendo em conta o número de utentes abrangidos por aquele Centro de Saúde são necessários cinco médicos de clínica geral e familiar para cobrir as necessidades, número que está longe de ser atingido”, considera a deputada Carla Cruz, numa exposição feita ao Parlamento. A deputada defende, também que “a carência de médicos de família põe em causa a cobertura em termos de cuidados de saúde da população residente e daqueles que visitam e por ali permanecem por períodos mais ou menos longos por razões turísticas ou por razões de saúde”, estando, neste último caso a reportar-se aos aquistas que frequentam as termas do Gerês.
Para além da falta de médicos, o Partido Comunista lembra um outro problema que se arrasta há vários anos: os atrasos nas obras de remodelação. De acordo com as últimas informações avançadas pelos responsáveis, as obras estariam concluídas em janeiro de 2012, no entanto, afirma o PCP, “estamos em 2013 e as obras não só não estão concluídas como estão paradas”.
Fonte: Terras do Homem, em 6-06-2013
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