Os canhões do povo, que se encontram na Câmara Municipal de Terras de Bouro, mostram que nós tínhamos artilharia e que por isso éramos um povo guerreiro. Mas desde uma época muito antiga, anterior ao rei D. Dinis, os povos de Terras de Bouro estavam dispensados ao cumprimento do serviço militar.
Nem iam à guerra do rei nem serviam nas aduas que eram trabalhos obrigatórios para construção de muralhas. Era estritamente proibido vir aqui buscar um soldado que quer que fosse. Muitas vezes, os oficiais esqueciam-se e vinham aqui para levar os nossos valorosos jovens ao cumprimento das obrigações militares. Sempre que isso acontecia, os jovens terrabourenses objectavam e diziam que estavam dispensados do cumprimento de serviço militar para o rei. Um dia o capitão Pinto afirmou aos terrabourenses que não queria saber disso para nada. As gentes da nossa terra sentiram-se ofendidas e foram ao rei que obrigou o capitão Pinto a pedir-nos desculpa.
Mas não ir à guerra não significava que os terrabourenses não tivessem obrigações guerreiras. Pelo contrário, as gentes de Terras de Bouro assumiram a obrigação de defender, dia e noite, a Portela do Homem. Para tal, construíam no cimo do monte uma espécie de muro, a trincheira, que tinha muitos kilómetros de comprimento onde cada homem tinha o seu posto.
Sempre que se verificavam situações de emergência nós próprios fazíamos a própria guerra.
Mas não ir à guerra não significava que os terrabourenses não tivessem obrigações guerreiras. Pelo contrário, as gentes de Terras de Bouro assumiram a obrigação de defender, dia e noite, a Portela do Homem. Para tal, construíam no cimo do monte uma espécie de muro, a trincheira, que tinha muitos kilómetros de comprimento onde cada homem tinha o seu posto.
Sempre que se verificavam situações de emergência nós próprios fazíamos a própria guerra.
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