Uma paisagem humanizada… No fundo dos vales, o espaço agrícola retalhado, ora verdejante, ora acastanhado, reflecte o ritmo das culturas ao longo do ano; subindo as encostas, surgem as boiças e matos que asseguram a lenha, bem como o pasto e o material para a cama do gado; nas zonas mais altas encontram-se as grandes extensões destinadas ao pastoreio extensivo.
Os núcleos populacionais surgem associados às áreas mais aplanadas, com boa exposição solar e próximos das linhas de água. Para além disso, as construções erguem-se sobre os afloramentos rochosos, libertando os solos mais férteis para a actividade agrícola.
O enriquecimento da paisagem com formas construtivas estendeu-se através dos muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, fojos, moinhos, abrigos de pastor ou alminhas... Hoje, somam-se à paisagem milenar grandes planos de água das albufeiras ou elementos lineares como novas estradas; uma vez mais, a paisagem constrói-se, não só através da ocorrência de fenómenos naturais, mas também da forma como o homem a transforma e continuará a transformar.
A agro-pecuária domina em quase todo o território do Parque: uma agricultura de minifúndio complementa-se com a pastorícia, em que raças autóctones - a barrosã e cachena nos bovinos, a bravia nos caprinos e a bordaleira nos ovinos - são ainda uma importante fonte de rendimento. A apicultura e o fabrico de fumeiro são outros exemplos de actividades tradicionais ainda importantes.
Os sectores secundário e terciário empregam, no entanto, cada vez mais gente, pelo que para muitas famílias a agricultura já não é a única ou principal fonte de rendimento.
O território do PNPG é objecto de ocupação desde os tempos proto-históricos, facto atestado, entre outros vestígios, pelas antas - planalto de Castro Laboreiro, portela do Mezio, chãs da Serra Amarela ou altos da Mourela - pelo santuário rupestre de Gião ou pela estátua-menir da Ermida e, na Idade do Ferro, pelos castros de Outeiro, Parada, Ermida ou Tourém.
A romanização, a partir de 138 a.C., é-nos recordada por vestígios vários, o mais relevante dos quais é certamente a Geira Romana, a Via 18 do Itinerário de Antonino. A época medieval revela-se no território através de mosteiros como o de Santa Maria de Pitões das Júnias, castelos como os de Castro Laboreiro, Lindoso ou Montalegre e por povoados medievais abandonados como Pomba, na Gavieira, e S. Vicente do Gerês, na mata do Beredo.
Território de excelência natural representa o espólio mais importante em Portugal como área protegida tendo sido elevada a “7 Maravilha Natural de Portugal”. O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) ocupa uma área de aproximadamente 70 000 hectares e abrange território de 22 freguesias distribuídas pelos concelhos de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre.Os núcleos populacionais surgem associados às áreas mais aplanadas, com boa exposição solar e próximos das linhas de água. Para além disso, as construções erguem-se sobre os afloramentos rochosos, libertando os solos mais férteis para a actividade agrícola.
O enriquecimento da paisagem com formas construtivas estendeu-se através dos muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, fojos, moinhos, abrigos de pastor ou alminhas... Hoje, somam-se à paisagem milenar grandes planos de água das albufeiras ou elementos lineares como novas estradas; uma vez mais, a paisagem constrói-se, não só através da ocorrência de fenómenos naturais, mas também da forma como o homem a transforma e continuará a transformar.
A agro-pecuária domina em quase todo o território do Parque: uma agricultura de minifúndio complementa-se com a pastorícia, em que raças autóctones - a barrosã e cachena nos bovinos, a bravia nos caprinos e a bordaleira nos ovinos - são ainda uma importante fonte de rendimento. A apicultura e o fabrico de fumeiro são outros exemplos de actividades tradicionais ainda importantes.
Os sectores secundário e terciário empregam, no entanto, cada vez mais gente, pelo que para muitas famílias a agricultura já não é a única ou principal fonte de rendimento.
O território do PNPG é objecto de ocupação desde os tempos proto-históricos, facto atestado, entre outros vestígios, pelas antas - planalto de Castro Laboreiro, portela do Mezio, chãs da Serra Amarela ou altos da Mourela - pelo santuário rupestre de Gião ou pela estátua-menir da Ermida e, na Idade do Ferro, pelos castros de Outeiro, Parada, Ermida ou Tourém.
A romanização, a partir de 138 a.C., é-nos recordada por vestígios vários, o mais relevante dos quais é certamente a Geira Romana, a Via 18 do Itinerário de Antonino. A época medieval revela-se no território através de mosteiros como o de Santa Maria de Pitões das Júnias, castelos como os de Castro Laboreiro, Lindoso ou Montalegre e por povoados medievais abandonados como Pomba, na Gavieira, e S. Vicente do Gerês, na mata do Beredo.
Esta área protegida forma um contínuo com o Parque Natural espanhol da Baixa Limia-Serra do Xurés constituindo com este, desde 1997, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés, com uma área total de aproximadamente 100 000 hectares.
Ao leitores e leitoras aconselho vivamente a visita à mata da albergaria em Terras de Bouro, os espigueiros do Soajo, o Castelo de Lindoso, o Santuário da Senhora da Peneda, o Museu da Geira Romana, bem como a observação atenta da fauna e flora do território.
Um espaço natural onde o ar preenche os pulmões de quem ama a natureza no seu estado mais puro…
Fonte: Correio do Minho, em 8-10-2010
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