quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quando um belo livro se torna homenagem

José António Araújo escreveu um livro sobre o passado de luta pela liberdade dos povos de Terras de Bouro mas a Câmara Municipal transformou a apresentação da obra num bonita homenagem ao seu autor, no dia do Município. Afinal, o ideário político e humano de José Araújo confunde-se com essa luta de séculos dos búrios.
“Terras de Bouro — cem anos de adversidades” foi a segunda obra apresentada ontem em Terras de Bouro, após a apresentação de uma bela monografia sobre o prof. Emídio Ribeiro, um geresiano que dedicou a sua vida à psiquiatria pública e nasceu há cem anos.
Foi esta a forma encontrada pelo executivo de Joaquim Cracel celebrar o Dia do Município, 496 anos após a outorga do Foral pelo Rei D. Manuel.
Num salão nobre dos Paços do concelho repleto de amigos e representantes da sociedade civil e cultural de Terras de Bouro, a presença de Fernando Moniz, governador civil de Braga, constituiu a surpresa bem guardada pela Câmara Municipal.
José Araújo não escondeu a emoção perante as palavras proferidas por Fernando Moniz e pelo Prof. Viriato Capela, a quem coube a tarefa de apresentar a sua obra.
Entre os convidados, estava o anterior presidente da câmara, António Ferreira Afonso, bem como grande parte dos presidentes de junta do concelho. A sessão culminou com a actuação da rejuvenescida Banda de Carvalheira que encheu a praça central da vila com os seus acordes e marchas.

Moniz elogia José Araújo
Joaquim Cracel descreveu esta aposta na publicação do livro de José Araújo e da monografia sobre Emídio Ribeiro com a necessidade de “fortalecer a nossa memória” até porque “nunca podemos esquecer os nossos ilustres, a nossa história, a nossa cultura e as nossas instituições”.
Fernando Moniz definiu José Araújo “como um exemplo da causa da cidadania pela sua vida que constitui uma referência para Terras de Bouro, o Minho e Portugal”.
“Autarca próximo das pessoas, elegante e solidário no saber ultrapassar as fronteiras político-partidárias” José Araújo surge como modelo a seguir num tempo em que os “políticos não podem ser uma penhora ou encargo para o país, mas um bem ao seu serviço” - concluiu Fernando Moniz.
Parafraseando Jorge Sampaio, Fernando Moniz disse que a vida e a obra de José Araújo mostram “que há mais vida para além de Porto e Lisboa, aqui há vida, cultura, saber e referências que são orgulho para todos nós”.
Viriato Capela fez a apresentação da obra de José Araújo que agradeceu emocionado as palavras proferidas quer pelo professor quer pelo Governador civil de Braga.
Antes, elogiou o trabalho de Joaquim Cracel, que ele conheceu quando era um jovem escuteiro cujo agrupamento não tinha onde reunir, destacando a “genica, capacidade e inconformismo” e agradeceu-lhe a “oportunidade de regressar a esta casa e de me sentir bem aqui, convosco”.
Surpreendido pela presença de Fernando Moniz, José Araújo aproveitou para defender a manutenção dos representantes distritais do Governo: “espero que todos reflictam sobre a importância de um Governador civil num espaço, para ser a pessoa próxima, ouvir os nossos queixumes e alegrias e as poder transmitir a quem está num plano superior e mais longe”.
Depois, José Araújo deliciou a plateia falando das derrotas e vitórias dos terrabourenses no passado como só ele sabe, fundamentando-se em documentação histórica e no trabalho de outros investigadores.
Fonte: Correio do Minho, em 21-10-2010

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta cerimónia deixou uma azia na família socialista que nunca vão conseguir digerir...nem mesmo o compensam RESOLVE.
Pelo contrario, esta aproximação as hostes laranja vai dar muito que falar...já começaram a angariar fortes apoios da futura família... VIVA A DEMOCRACIA.

Atento.

Anónimo disse...

É verdade, a familia laranja está de novo reunida, parabens, pelo trabalho, todos nós sabemos quem são, de onde veem e para onde querem ir. Acho que não valerá a pena falar em nomes, pois, até ás proximas autarquicas muita coisa se vai passar, uns vão querer voltar, outros vão quer continuar, e ainda existem aqueles continuam na luta, mas, na retaguarda, cuidado com esses, são aqueles que poderão trazer surpresas, mas os Terrabourenses já lhes mostraram que não os querem, mas eles são persistentes, as panelas são muitas, dão para almoços e jantares.
Mas queria felicitar todos aqueles que se envolveram directa e indirectamente, neste acto, pois, o DR. Araujo merece, esta Homenagem.
Como Terrabourense Muito Obrigado

Muito atento