As crianças e os idosos têm direito a um Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Centro de Saúde em Vieira do Minho e a batalha alarga-se a Terras de Bouro. Foi este o grito que ecoou ontem nos contra-fortes da Serra da Cabreira, na praça frente aos Paços do Concelho. Nessa praça onde o homem da serra domina as feras da floresta, começou a batalha para vencer os propósitos economicistas da ARS.
Dando cumprimento à decisão unânime da Assembleia Municipal, várias centenas de vieirenses tiveram a grata surpresa de ver a combater a seu lado o presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, e o deputado do PCP, Agostinho Lopes. Empunhando cartazes onde se liam apelos à Administração Regional de Saúde do Norte para não encerrar o SAP, a manifestação abriu com um discurso do presidente da Junta de Freguesia de Pinheiro (a mais próxima de Braga), José Teixeira, a clamar contra 'este roubo' que é feito às crianças e aos idosos de Viera do Minho.
Mais redondo e menos frontal foi o discurso de António Ramalho, presidente da Assembleia Municipal de Vieira do Minho, que mereceu murmúrios de alguns manifestantes. No entanto, António Ramalho lá foi esgrimindo argumentos a favor da manutenção do SAP de Vieira do Minho por entre alusões à necessidade de “equilibrar as contas públicas” nos momentos difíceis que vivemos.
“Concordo com o fecho de alguns serviços, mas não são todos iguais. A realidade de Vieira do Minho, longe de Braga e das auto-estradas, deve levar a ARS a pensar que Vieira não é a mesma coisa que encerrar o de Póvoa de Lanhoso e de Vila Verde” — prosseguiu o autarca.
Ramalho lembrou que Terras de Bouro, Montalegre e Vieira do Minho ficaram “esquecidos no plano rodoviário. Temos a razão do nosso lado para lutar pelo SAP aberto à noite. A realidade das pessoas é suficiente para que uma vez mais Vieira não seja castigada pela interioridade”.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho lembrou mais uma vez que as condições que levaram a ARS Norte a manter o SAP há três anos não se alteraram nos acessos nem quanto a alternativas e novos meios de socorro.
'Com a vossa presença aqui, depois de hoje, a Administração Regional de Saúde do Norte vai ponderar a decisão de encerrar o SAP de Vieira do Minho', disse Jorge Dantas ao povo.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho prometeu ao povo que a Câmara Municipal vai continuar a luta porque — disse — 'acreditamos na força da nossa razão'. Esta é a primeira manifestação. Se necessário for, continuaremos a nossa luta porque os pressupostos de há três anos se mantêm' — concluiu Jorge Dantas.
“Temos direito a tratamento diferente porque não temos auto-estradas nem alternativas” — defende Jorge Dantas convicto que, “depois de hoje (ontem), a ARS vai ponderar a decisão” de encerrar os serviços.
Fonte: Correio do Minho, em 26-10-2010
Dando cumprimento à decisão unânime da Assembleia Municipal, várias centenas de vieirenses tiveram a grata surpresa de ver a combater a seu lado o presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, e o deputado do PCP, Agostinho Lopes. Empunhando cartazes onde se liam apelos à Administração Regional de Saúde do Norte para não encerrar o SAP, a manifestação abriu com um discurso do presidente da Junta de Freguesia de Pinheiro (a mais próxima de Braga), José Teixeira, a clamar contra 'este roubo' que é feito às crianças e aos idosos de Viera do Minho.
Mais redondo e menos frontal foi o discurso de António Ramalho, presidente da Assembleia Municipal de Vieira do Minho, que mereceu murmúrios de alguns manifestantes. No entanto, António Ramalho lá foi esgrimindo argumentos a favor da manutenção do SAP de Vieira do Minho por entre alusões à necessidade de “equilibrar as contas públicas” nos momentos difíceis que vivemos.
“Concordo com o fecho de alguns serviços, mas não são todos iguais. A realidade de Vieira do Minho, longe de Braga e das auto-estradas, deve levar a ARS a pensar que Vieira não é a mesma coisa que encerrar o de Póvoa de Lanhoso e de Vila Verde” — prosseguiu o autarca.
Ramalho lembrou que Terras de Bouro, Montalegre e Vieira do Minho ficaram “esquecidos no plano rodoviário. Temos a razão do nosso lado para lutar pelo SAP aberto à noite. A realidade das pessoas é suficiente para que uma vez mais Vieira não seja castigada pela interioridade”.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho lembrou mais uma vez que as condições que levaram a ARS Norte a manter o SAP há três anos não se alteraram nos acessos nem quanto a alternativas e novos meios de socorro.
'Com a vossa presença aqui, depois de hoje, a Administração Regional de Saúde do Norte vai ponderar a decisão de encerrar o SAP de Vieira do Minho', disse Jorge Dantas ao povo.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho prometeu ao povo que a Câmara Municipal vai continuar a luta porque — disse — 'acreditamos na força da nossa razão'. Esta é a primeira manifestação. Se necessário for, continuaremos a nossa luta porque os pressupostos de há três anos se mantêm' — concluiu Jorge Dantas.
“Temos direito a tratamento diferente porque não temos auto-estradas nem alternativas” — defende Jorge Dantas convicto que, “depois de hoje (ontem), a ARS vai ponderar a decisão” de encerrar os serviços.
Fonte: Correio do Minho, em 26-10-2010
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