quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Limpar Portugal chega aos ‘Bosques do Centenário’

Os criadores do Movimento Limpar Portugal, que no início deste ano levaram à recolha de milhares de toneladas de lixo, um pouco por todo o país, acabam de se associar ao projecto ‘Bosques do Centenário’, integrado nas Comemorações do Centenário da República e que tem como objectivo a plantação de pequenos bosques compostos por cem árvores de espécies autóctones, em cada um dos 308 municípios de Portugal.
Trata-se de uma forma original de assinalar os cem anos da República, apostando na criação de autênticos "monumentos vivos", que simultaneamente celebram a floresta original portuguesa e as suas espécies autóctones.

O projecto envolve a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), a QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e, claro está, o Movimento Limpar Portugal.
A colaboração do ‘Mãos à Obra - Limpar Portugal’ traduzir-se-á, sobretudo, ao nível do recrutamento de voluntários, organizações locais e divulgação. O movimento ‘Mãos à Obra’, ciente da sua "grande capacidade de mobilização de voluntários", em http://limparportugal.ning.com, vai mais além, desafiando cada freguesia, cada associação, cada município, a criarem o seu bosque, nos seus baldios, em terrenos privados, ou públicos. "Vamos muito além dos 308 bosques propostos", desafiam.
O Movimento ‘Mãos à obra’, convida os seus voluntários a "organizarem-se em pequenos grupos e eles mesmos efectuarem sementeiras em locais disponíveis". "É extremamente simples fazer uma sementeira de carvalhos, basta para isso um saco com bolotas, colocar em água durante 48 horas e enterrar duas ou três em cada pequeno buraco. Além disso, está disponível na internet uma interessantíssima publicação sobre espécies autóctones em

http://criarbosques.wordpress.com/da-semente-se-faz-a-arvore/

sublinham os responsáveis pelo projecto.
A Autoridade Florestal Nacional está disponível para aconselhamento técnico e para a definição das espécies a usar em cada local e do fornecimento de plantas e sementes dos seus viveiros. Com a realização dos ‘Bosques do Centenário’, espera-se "sensibilizar a população portuguesa para a importância da floresta autóctone, que tem um contributo importante para o sequestro do carbono, para a conservação do solo e da água e também da biodiversidade". A floresta autóctone portuguesa, designadamente a floresta de carvalhos, constitui o habitat de espécies ameaçadas da fauna e flora.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

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