A inauguração das cinco "portas" do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), tantas quanto os municípios que o integram e ponto de receção aos visitantes, fica concluída este ano com a abertura em julho da de Arcos de Valdevez.
A quinta "porta" vai abrir oficialmente em Arcos de Valdevez a 11 de julho após um investimento de dois milhões de euros, anunciou hoje à agência Lusa o presidente da Câmara local.
A "Porta do Mezio" funciona desde novembro de 2009, embora as obras, desenvolvidas em diferentes fases, só agora estejam praticamente concluídas.
Segundo Francisco Araújo, entre as várias valências desta "porta" contam-se uma piscina para utilização no verão e um miradouro, além de um espaço museológico.
No distrito de Vila Real, a "porta" de Montalegre, inaugurada há seis anos, já teve três entradas: pavilhão multiusos, aldeia de Paradela e, por fim, Ecomuseu do Barroso.
O presidente do município afirmou hoje à Lusa que foi construído um edifício, na localidade de Paradela, a 20 quilómetros da vila de Trás-os-Montes, que nunca foi utilizado e, agora, está abandonado e degradado.
O investimento de 250 mil euros na "porta", que nunca chegou a abrir, foi, na opinião de Fernando Rodrigues, errado e um exemplo de dinheiro "mal gasto".
Sob o tema "A Paisagem", a "porta" de Montalegre, integrada no Ecomuseu do Barroso, oferece exposições sobre a riqueza paisagística do território e informações sobre percursos pedestres.
Em Melgaço funciona desde 2004 a primeira das cinco "portas", inaugurada após um investimento de 1,6 milhões de euros.
A "Porta de Lamas de Mouro" foi dedicada à "História e Ocupação do Território" e disponibiliza informações sobre trilhos e riquezas naturais.
Na altura, permitiu acabar com a "anarquia" da entrada naquela área protegida, oferecendo, espaços como um auditório para a realização, no local, de conferências e seminários, e um centro interpretativo.
"Temos também oficina temática com a visita regular de escolas e universidades, para assegurar a componente pedagógica e dos temas ambientais", disse à Lusa o autarca de Melgaço, Rui Solheiro.
Já em Ponte da Barca, a "Porta do Lindoso" foi dedicada, em 2009, à "Geologia e Água", através da construção de um edifício de apoio aos visitantes, disponibilizando conteúdos informativos, didáticos e pedagógicos, após um investimento que rondou um milhão de euros.
Contudo, parte da atividade desta "porta" desenrola-se no interior do castelo medieval do Lindoso, com uma sala de exposições e informação sobre os trilhos existentes e principais habitats do PNPG, além de um centro de atividades de educação ambiental.
A "Porta de São João do Campo", em Terras de Bouro, inaugurada em 2005, funciona no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna sob o tema "História e Civilizações" e, através de painéis temáticos, disponibiliza informações sobre a história geológica do território, a flora e fauna da área abrangida pelo PNPG.
Com um investimento de 133 mil euros, a "porta" dispõe de seis salas temáticas dedicadas à história da terra, da chuva, do bosque e da montanha. Desde 2010, a "porta" recebeu 80.433 habitantes.
As "portas" do parque resultaram de um projeto conjunto das cinco câmaras municipais e da Associação de Desenvolvimento das Regiões do PNPG, num investimento global de cerca de dez milhões de euros, tendo sido idealizadas para a receção, recreio e lazer dos visitantes.
A Peneda-Gerês é o único parque nacional do país, cobre uma área de 70.000 hectares e abrange 22 freguesias.
Fonte: Lusa, em 23-05-2013
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