domingo, 31 de outubro de 2010

Dr. Artur Adriano Arantes um filho dos dois concelhos

No dia 20 de Outubro de 2010, José Guimarães Antunes publicou no jornal “Geresão” o texto “Dr. Artur Adriano Arantes um filho dos dois concelhos”.
Disponibilizamos fotos da casa onde nasceu, da igreja onde casou, de duas homenagens que lhe foram feitas e, ainda, da Quinta das Rosas.

Filho de Sebastião Arantes e de Maria de Jesus Sousa, Artur Adriano Arantes nasceu no dia 5 de Agosto de 1892, em S. Pantaleão, freguesia da Balança, onde viveu até ao dia 14 de Junho de 1924.

Nesta data, contraiu matrimónio com Rosa de Jesus Soares Nogueira, na igreja paroquial de Valbom S. Pedro, concelho de Vila Verde, passando a residir na Quinta das Rosas (num belíssimo palacete) nesta freguesia até à data do seu falecimento, em 13 de Fevereiro de 1975.

O médico dos pobres, como era conhecido, licenciou-se em medicina pela Universidade do Porto, tendo feito, no dia 10 de Março de 1921,o seu acto de doutoramento com uma tese sobre as consequências da tuberculose no estômago. Neste mesmo ano, no dia 14 de Março, começou a exercer medicina. Por deliberação da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Terras de Bouro passou a ser, a partir de 1921, médico municipal. Também foi subdelegado e sub-inspector de saúde no concelho de Terras de Bouro.
Ilustre médico, incansável a acorrer aos que necessitavam dos seus serviços, fez do acto médico uma constante acção de doação ao seu semelhante, tendo angariado no seio dos terraboureses (e não só) a maior estima, consideração e apreço.
Exerceu as suas funções até ao dia 14 de Novembro de 1958, data em que se aposentou, mas nuca deixou de consultar e de receber doentes na sua casa.

No dia 12 de Abril de 1959, foi homenageado por amigos terrabourenses.

A título póstumo, foi homenageado pela Câmara de Terras de Bouro em 10 de Junho de 1990, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que reconheceu, publicamente, a sua dedicação à causa pública e ao bem-estar do seu semelhante.

Muitos e muitos doentes e enfermos foram à Quinta das Rosas para serem por si examinados, diagnosticados e medicados. Contudo, para a maior parte dos seus pacientes, uma refeição reconfortante era o suficiente para os curar das suas doenças e maleitas. Era a fome que os entorpecia, adoecia e enfraquecia. Na Quinta das Rosas, a esposa, D. Rosa de Jesus Soares Nogueira, nunca se poupou a esforços e facultava refeições quentes saciando muitos e muitos estômagos famintos. Atrás deste grande homem havia também esta grande mulher, com um coração muito grande, do tamanho do mundo.

O nosso médico do povo, também conhecido como médico dos pobres ou João Semana, praticava o acto médico para curar e não para levar dinheiro aos pacientes e enriquecer. Este médico altruísta costumava dizer que os pobres não tinham dinheiro para lhe pagar e que os ricos eram seus amigos. Além de não cobrar os seus serviços, muitas vezes, dava dinheiro aos pobres para os medicamentos. Foi de facto um homem com um coração nobre, grande e muito humano que calcorreou montes e vales montado no seu cavalo para socorrer os seus enfermos. Enfrentando os rigores do Inverno ou o calor intenso do Verão, o médico dos pobres levou os cuidados de saúde a muitas das freguesias dos concelhos de Terras de Bouro, de Amares e de Vila Verde. Movia-o a nobre missão de levar os cuidados de saúde aos mais desfavorecidos. Sempre montado no seu cavalo o nosso médico do povo percorria grandes distâncias para satisfazer todos aqueles que estavam doentes e que precisavam da sua voluntariosa ajuda. Todas as freguesias das redondezas mesmo as mais longínquas como S. João do Campo, Vilarinho das Furnas, Carvalheira, Cibões, Brufe, Santa Isabel, Caldelas, Sequeiros, Portela, Sampaio de Seramil, tiveram o seu apoio.
Foi feita uma justa homenagem a um médico altruísta que pôs a sua vida ao serviço do povo.
Parabéns aos autarcas por esta iniciativa e um grande bem-haja ao nosso médico dos pobres!
Fonte: Jornal Geresão, em 20-10-2010

Ponte Dr. Artur Adriano Arantes

No dia 8 de Abril de 2007, Domingo de Páscoa, pelas 15:30 os compassos paroquiais das freguesias de Souto e de Valbom S. Pedro encontraram-se no meio da ponte de Souto/Valbom S. Pedro. Este encontro histórico das cruzes parecia ter sido um ensaio para a inauguração desta ponte que foi, sem dúvida, um dos acontecimentos mais importantes do ano de 2007 para as populações ribeirinhas. Mas a inauguração oficial nunca veio a acontecer sendo necessário esperar até ao dia 26 de Setembro para que esta ponte fosse oficialmente inaugurada.
Em clima de festa, no dia 26 de Setembro, esta infra-estrutura foi, finalmente, baptizada passando a chamar-se Ponte Dr. Artur Adriano Arantes, nome de um médico filho dos dois concelhos e figura grata das gentes do Vale do Homem.
Muitos terrabourenses e vilaverdenses, principalmente de Souto e de Valbom S. Pedro, compareceram em grande número para assistir a esta inauguração solene. Entre os presentes estava a filha do Dr. Artur Adriano Arantes, professora Ernestina, José Araújo, antigo Presidente da Câmara de Terras de Bouro e os presidentes de junta das freguesias da Ribeira, Balança, Chamoim, Vilar da Veiga e Chorense.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, esta ponte vem “abrir novas pontes para o desenvolvimento conjunto dos dois lados do Rio Homem, dos dois Municípios, destas terras banhadas por este rio e por todos aqueles que procuram e anseiam por novas oportunidades”. Vincou ainda que “o Dr. Artur Adriano Arantes fazia esta passagem pelo perigoso Pontão da Seidoira, mas não regateou o socorro e apoio aos enfermos”. Para o seu homólogo de Terras de Bouro, Joaquim Cracel Viana, esta ponte é “uma obra útil e essencial para o progresso e bem-estar das populações destes dois concelhos e daqueles que a utilizam”. O autarca de Terras de Bouro recordou “todos os que contribuíram para que esta obra fosse possível”, assinalando os antigos autarcas de Vila Verde e Terras de Bouro, José Manuel Fernandes, José Araújo e António Afonso.
O “médico dos pobres” vê, desta forma, perpetuado o seu nome num equipamento público que “as gentes do Vale do Homem ambicionavam desde a década de quarenta do século passado”, sublinhou Horácio Costa, presidente da Junta de Souto.
Depois da cerimónia, os festejos prosseguiram com a actuação do Ranho Folclórico das Lavradeiras de Paçô e houve comes e bebes para o povo.
Fonte: Jornal Geresão, em20-10-2010

sábado, 30 de outubro de 2010

Divirta-se com Fernando Rocha no 6.º Sentido

No próximo sábado, dia 6 de Novembro, em Paredes – Carvalheira, estará ao vivo o famoso humorista Fernando Rocha.
Este evento é organizado pelo 6.º sentido e, como já vem sendo habitual, espera-se um espectáculo com muitos risos, humor e boa disposição…

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O lobo é um dos alvos do ódio humano

Hoje, na SIC, no telejornal passou um documentário sobre o lobo. Este animal tem sido um dos alvos do ódio humano. Deixo-vos com a beleza deste animal e proponho-vos um filme que vale a pena ver.

Eurodeputado José Manuel Fernandes: Galiza é exemplo para o Gerês na luta contra os incêndios

A gestão dos recursos florestais da Galiza, na Espanha, é apontada como exemplo europeu para a prevenção dos fogos e que deve ser seguido no Minho, e de forma especial no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Em causa está, sobretudo, a instalação de pequenas centrais de biomassa, que pode ser decisiva para prevenir incêndios florestais, já que vai incentivar acções de limpeza e assegurar a melhor rentabilização dos recursos lenhosos
A ideia é defendida pelo eurodeputado José Manuel Fernandes, com base em posição assumida pela Comissão Europeia a interpelação efectuada na sequência dos efeitos devastadores dos incêndios do último Verão. Com o objectivo de aproveitar o exemplo de sucesso da Galiza, a Comissão Europeia admite reforçar políticas que promovam uma maior mobilização dos recursos lenhosos provenientes da limpeza de florestas para utilização energética, no âmbito de uma estratégia de prevenção contra incêndios florestais.
Para José Manuel Fernandes, não se compreende os entraves colocados à instalação de centrais de biomassa no Minho, conforme têm também reclamado as diferentes associações do sector na região.
Os incêndios florestais do último Verão que devastaram uma grande parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês, despoletaram protestos de associações empresariais do Minho devido aos efeitos económicos e levaram o eurodeputado socialdemocrata José Manuel Fernandes a interpelar a Comissão Europeia sobre a necessidade de medidas concretas na prevenção dos fogos.
As críticas do eurodeputado do PSD são reforçadas pelo exemplo da Galiza, que no último Verão passou quase incólume aos incêndios, em claro contraste com a situação dramática que se viveu do lado de cá da fronteira, conforme já na altura denunciaram diversas associações do Minho -nomeadamente comerciais e industriais -, que estranhavam tanta diferença dos efeitos do calor nos dois lados da fronteira.

«É incompreensível que se continue sem dar a devida importância à gestão do material combustível que resulta da utilização das florestas», lamenta José Manuel Fernandes, realçando «as vantagens da criação de centrais de biomassa», devidamente dimensionadas à realidade regional, «de modo a que sirvam, em simultâneo, os objectivos de produção de energia renovável e de limpeza das florestas».
Nesse contexto, reclama que se avance rapidamente com a viabilização de centrais de biomassa de pequena dimensão, em detrimento de «projectos megalómanos sem viabilidade prática». E sublinha que não é necessária nenhuma decisão de carácter financeiro que onere as contas do Estado, mas tão somente «iniciativa legislativa adequada à realidade».
O desafio de José Manuel Fernandes é sustentado pela posição da Comissão – expressa pelo comissário para o ambiente – Janez Potocnik – em resposta a interpelação efectuada pelo Eurodeputado do PSD, na sequência dos fogos de Verão, que destruíram uma vasta área florestal em Portugal, com particular incidência no Parque Nacional da Pene-da-Gerês.
José Manuel Fernandes, que tem criticado duramente a postura do Governo na inviabilização da instalação de centrais de biomassa, salienta o reconhecimento da Comissão no que toca à importância da rentabilização energética e económica das limpezas florestais, para além dos, benefícios ambientais.
Na sua interpelação à Comissão, José Manuel Fernandes chama a atenção para a falta de legislação comunitária para a prevenção de incêndios e para a inexistênda de cadastro e registo florestais em alguns estados-membros. Por isso, desafia a uma estratégia de coordenação e cooperação à escala europeia e a uma intensificação dos programas de apoio ao mundo rural para combater a desertificação.
Na resposta, o comissário para o ambiente, Janez Potocnik adianta que estão a ser promovidos estudos para a mobilização sustentável dos recursos lenhosos na Europa, reconhecendo que deve ser dada prioridade às florestas que apresentam um elevado risco de incêndios florestais, ou de outros perigos como tempestades e pragas de insectos. E salienta que o princípio da maior disponibilidade de recursos lenhosos por força das acções de limpeza e protecção contra incêndios florestais «pode ser invocado a nível nacional pela administração pública quando define ou avalia projectos de centrais de biomassa».
Janez Potocnik reconhece a ausência de uma estratégia comunitária de prevenção e de resposta para os incêndios florestais, apesar de entender que, «trabalhando em conjunto, podemos ir mais longe na prevenção, preparação e resposta». Por isso, alerta para a necessidade de todos os Estados-membros adoptarem medidas eficazes na prevenção de fogos florestais e no combate à desertificação, para o que dispõem de recursos provenientes dos fundos estruturais e de a coesão e do fundo de desenvolvimento rural.
Por outro lado, o Comissário - rio Europeu para o Ambiente concorda com o Eurodeputado do PSD sobre a importância da existência de informações florestais fiáveis e comparáveis. No entanto, salvaguarda-se que a Comissão não pode obrigar os Estados-membros a criarem um cadastro florestal, dado que as políticas relacionadas com o ordenamento territorial são da competência dos Estados-membros”.
Fonte: Diário do Minho, em 29-10-2010

Gerês não se acanha, mas para o treinador Roger Bastos o Palmeiras era adversário que queria evitar

Motivado pela última vitória para o campeonato, em casa do Celeirós, o GD Gerês parte confiante para a primeira-mão da segunda eliminatória da Taça AF Braga. Porém, a confiança também traz consigo as cautelas, próprias de quem respeita o adversário.
Roger Bastos, técnico dos geresianos, afirmou ao Diário do Minho que o Palmeiras está longe de ser o opositor ideal nesta fase, mas que o objectivo da sua equipa vai ser só um: tentar vencer em Braga e assim deixar a eliminatória aberta a seu favor para a segunda-mão.
«0 Palmeiras tem um plantel equilibrado e tem um treinador que conhece muito bem esta divisão. Além disso, penso que se assumiu como candidato, pelo menos qualidade para isso tenho a certeza que tem. Vamos tentar ganhar, mas é claro que espero muitas dificuldades. Aliás, se pudesse evitar o Palmeiras nesta fase não hesitaria nem um pouco; não era o adversário que queria, pois é uma grande equipa”, disse o treinador do Gerês, ambicioso no percurso que deseja para a equipa na Taça AF Braga.

«O objectivo é ir o mais longe possível. Não posso dizer que a Taça não é para nós. O Gerês nunca foi uma equipa com pergaminhos na prova, mas gostava de ir até onde conseguirmos. E, para tal, temos de eliminar o Palmeiras», disse.
Balanço positivo
Sem derrotas até então, o Celeirós foi derrotado no passado fim-de-semana pelo Gerês, em jogo a contar para o campeonato da I Divisão distrital (série A). Roger Bastos faz um balanço positivo de seis jornadas e diz que o percurso está «dentro daquilo que eu esperava». «Tivemos um ciclo de jogos difíceis, com adversários que estão na frente da tabela classificativa. As vitórias também dão moral e isso não é excepção para este jogo com o Palmeiras, apesar de ser para uma competição diferente. Temos feito boas exibições, bons resultados e penso que o balanço só poder ser positivo», completou.
Disputadas que estão seis jornadas do campeonato da I Divisão AF Braga, série A, o Gerês está no quinto lugar da tabela classificativa, somando 11 pontos {três vitórias, duas derrotas e um empate).
Fonte: Diário do Minho, em 29-10-2010

Taça AF Braga: Palmeiras – Gerês joga-se no próximo domingo

“A sorte não esteve do nosso lado”
Eliminado o Soarense na 1.ª eliminat6ria, também da série A da I Divisão distrital, o Palmeiras volta a cruzar-se com um adversário do seu campeonato: desta vez foi o Gerês que saiu em sorte aos bracarenses na segunda ronda da Taça AF Braga.
Na antevisão ao embate da primeira-mão, a disputar em Braga no próximo domingo (15hOO), Artur Borges garante que o mesmo «é para ganhar:», mas lamenta que o sorteio não tenha sido favorável ao Palmeiras.

«Há 50 por cento de hipóteses para cada lado, mas o sorteio não esteve do nosso lado, não tivemos sorte. Tinha dito que queria uma equipa fraca ou um tubarão. Infelizmente, saiu o Gerês», desabafou o técnico, passando aos elogios em direcção ao adversário.
«O Gerês é uma grande equipa e tem um grande treinador. Para mim, é um candidato à subida, mesmo que não se assuma como tal”, conta Artur Borges, que tem o sonho de marcar presença numa final da Taça AF Braga. (…)
Fonte: Diário do Minho, em 29-10-2010

Dr. José Araújo: Prefácio à obra “Terras de Bouro – Cem Anos de Adversidades”

Publicamos o Prefácio feito pelo Dr. José Araújo à sua obra “Terras de Bouro – Cem Anos de Adversidades”. Lembramos que esta obra foi publicada, pela Câmara Municipal de Terras de Bouro, no dia 20 de Outubro.
São belíssimas as palavras que o Dr. José Araújo dirige aos seus netos.
Aos meus netos Nuno Miguel e Luís António que se habituaram a gostar da terra dos antepassados, peço que, um dia, dêem também o seu contributo e honrem esta gente simples.

Prefácio
Ao tentar escrever um pouco da história do nosso concelho, para além de muitas outras dificuldades e da falta de jeito, esbarrei, logo de entrada, com o título a atribuir ao trabalho que me propunha executar.
É que a minha intenção não era falar das majestosas e imponentes maravilhas desta região e das suas potencialidades, mas de algumas das vicissitudes que este concelho teve de enfrentar no último século.
E sobre este tema, à medida que ia tropeçando nas repetidas agruras impostas à nossa gente, as expressões que, repetidamente, me iam martelando o pensamento e impondo ao vocabulário eram, entre as mais brandas, as de vilania, perfídia, velhacaria, embuste, etc.
É que, de facto, este pobre concelho viveu excessivos momentos de imerecida angústia e foi muito maltratado por pessoas que não tinham o mais pequeno motivo para o fazer.
E isto porque este pobre e velho Município, encurralado nas montanhas, parece que, em circunstância alguma, hostilizou, prejudicou ou ofendeu qualquer dos seus vizinhos ou o governo do país.
De qualquer maneira, procurei, na medida do possível (e só nesses limites) seguir a ponderação, o bom senso e as notoriamente sofridas atitudes dos nossos antepassados.
Esses, sim, foram verdadeiros heróis. Sofreram a sobranceria, a injustiça, a humilhação e a hostilidade imerecida e injustificada de alguns dos que por cá andaram, de alguns vizinhos e até daqueles que, sendo detentores do poder, apenas lhes era permitido ajudar, respeitar e enaltecer quem sempre os respeitou e honrou.
Em homenagem a esse exemplo de dignidade sofrida por esses conterrâneos, que não encontro termos para qualificar, fui contendo a revolta e limando com eufemismos a linguagem até chegar à sensaboria deste título, «Terras de Bouro - cem anos de adversidades».
De qualquer maneira, aí são narrados (e documentados) os momentos mais relevantes das agressões sofridas por Terras de Bouro nestes últimos cem anos e pico.
Os heróis foram, na major parte das vezes, o povo anónimo mas, de entre esses, houve figuras que seria injusto esquecer e dai algumas referências cujo objectivo é não permitir que sejam esquecidas porque honraram a nossa terra e marcaram épocas vividas por muitos de nós e pelos antepassados.
Como estivemos sempre longe dos grandes centros, no decurso dos séculos, os historiadores não chegaram a estas paragens e a poeira do tempo cobriu o que de mais belo fizeram os nossos maiores.
Porém, nestas montanhas fez-se história e hoje, com esta nova geração que nos orgulha e com os meios de que dispõe, temos a possibilidade de saber o que fomos e o que de bom e de mau fizemos.
Com este modestíssimo contributo, pretendo apenas prestar justa homenagem aos que nos precederam e dizer à nova geração que depomos nela fundada esperança.
Dr. José Araújo

Dia de reconhecimento em Terras de Bouro

De manhã, na Vila do Gerês, foi lembrado Emídio Ribeiro, com intervenções que recordaram a vida e obra do terrabourense que dá, agora, título à obra lançada pela autarquia: ‘Recordando Emídio Ribeiro’. No período vespertino, foi lançado um outro título, da autoria do antigo presidente José Araújo: ‘Terras de Bouro – Cem anos de adversidades’.
"O dia do Município deve ser, antes de tudo, um dia de reconhecimento", justificou o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
Para Joaquim Cracel, "recordar o Emídio Ribeiro é assimilar o seu exemplo de vida, que enche de orgulho todos os terrabourenses". "Por isso mesmo, desde a primeira hora, propusemos a apresentação pública desta bela fotobiografia no Dia do Concelho de Terras de Bouro, de forma a aumentar o significado e a eficácia na nossa homenagem", sustentou o autarca, defendo que "ao assumir a publicação deste livro, o concelho de Terras de Bouro presta a mais singela e justa homenagem ao professor Emídio Ribeiro". "Oxalá saibamos nós interiorizar a grandeza humana e moral do nosso homenageado, de modo a sermos continuadores do seu legado", acrescentou.

"Exemplo da causa da cidadania"
Falando do livro de José Araújo, o edil descreveu-o como "uma obra essencialmente histórica e um contributo para a preservação do património" da vida autárquica de Terras de Bouro. Por isso, a autarquia se disponibilizou, "logo que a obra foi apresentada, para a sua publicação".
"A obra justifica o nosso apreço e a nossa atenção, o autor justifica a nossa admiração e o nosso aplauso. É, sem dúvida, mais um marco na história das comemorações do Dia do Município", afirmou Joaquim Cracel.
Por sua vez, o governador civil de Braga, Fernando Moniz, definiu José Araújo "como um exemplo da causa da cidadania pela sua vida que constitui uma referência para Terras de Bouro, o Minho e Portugal".
"Autarca próximo das pessoas, elegante e solidário no saber ultrapassar as fronteiras político-partidárias, José Araújo surge como modelo a seguir num tempo em que os políticos não podem ser uma penhora ou encargo para o país, mas um bem ao seu serviço", acrescentou Fernando Moniz, antes de deixar um recado mais crítico. "Há mais vida para além de Porto e Lisboa. Aqui há vida, cultura, saber e referências que são orgulho para todos nós", concluiu.

Presidente da Câmara de Terras de Bouro revela aposta para plano municipal
Mais dinheiro para acção social em 2011
O presidente da Câmara de Terras de Bouro quer reforçar em 2011 o apoio à componente de acção social. É uma aposta que Joaquim Cracel promete concretizar no próximo orçamento e pleno de actividades municipal.
Durante as comemorações do Dia do Município, Joaquim Cracel anunciou que vai "triplicar" o dinheiro previsto sobretudo na área da habitação, uma vez que "há muitas famílias com dificuldades económicas e com graves problemas habitacionais".
"Há casas em que chove dentro e em que não há o mínimo de condições", lamentou o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
As restrições orçamentais vão, no entanto, obrigar o município terrabourense a repensar muitos dos seus projectos. Com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a partir de Julho a Câmara de Terras de Bouro recebeu menos 236 mil euros, que representa um corte na ordem dos 3,9%. Com as novas medidas de austeridade, Joaquim Cracel acredita que o corte vai situar-se nos 5%.
"Para uma Câmara com esta dimensão é muito dinheiro", defendeu. Um dos projectos que terá que ser remodelado ou mesmo adiado é o da biblioteca municipal. Segundo o autarca, o projecto está aprovado e tem um orçamento de 1,7 milhões de euros. "Só temos apoio de 900 mil euros, o que exige da Câmara Municipal um esforço de 800 mil euros que é quase incomportável", justificou, alertando para o facto de a autarquia não querer entrar em "grandes aventuras", sobretudo quando sabe que não terá verbas suficientes para assumir as responsabilidades com os seus fornecedores. "Num ano, reduzimos de cinco meses para dois meses e meio o tempo de espera dos fornecedores. Consideramos que quem trabalha tem direito a receber", concluiu.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Passeio por Vilarinho para celebrar Dia da Informação sobre o Desenvolvimento

O município de Terras de Bouro assinalou, no passado domingo, o Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento, com uma caminhada pelas imediações da extinta aldeia de Vilarinho da Furna, por forma a enaltecer a importância desta data pelo seu significado global de progresso e crescimento social.
O percurso, que se iniciou pelas 9h00, junto ao Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, durou cerca de uma hora, em que foram percorridos perto de 13 quilómetros, com um grau de dificuldade baixo. O passeio caracterizou-se pela diversidade dos locais visitados, nomeadamente, a aldeia do Campo do Gerês, além da referência histórica da vida comunitária que é a própria aldeia de Vilarinho da Furna.

O Dia Internacional da Informação sobre o Desenvolvimento foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, para informar a opinião pública sobre os problemas relacionados com o desenvolvimento e sobre a necessidade de intensificar a cooperação internacional, sendo que, a referida Assembleia decidiu também que a data escolhida para celebrar este dia deveria coincidir, em princípio, com o Dia das Nações Unidas, instituição fundada a 24 de Outubro de 1945 e que foi também a data da aprovação, em 1970, da Estratégia Internacional para o Desenvolvimento.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Animação em tempo de S. Martinho

O Pavilhão Municipal de Terras de Bouro, localizado na freguesia de Moimenta, acolhe, entre os próximos dias 12 e 14 de Novembro, a ‘X Feira-Mostra de S. Martinho nas terras do Gerês’.
Do programa constam diversos momentos desportivos, musicais e de atracção diversa. Assim, no dia inaugural, pelas 20h30, o Rancho Folclórico de Paradela actua na Praça do Município, naquela que será a primeira de várias actuações previstas no programa do certame. Uma hora depois sobe ao palco a peça de teatro ‘A petição – Os crónicos’, da Associação Nova Vida Balança.

No segundo dia há montaria ao javali, ateliers diversos, corrida de cavalos e até um jogo de futebol entre a Associação Desportiva de Terras de Bouro e a Associação Desportiva de Aboim da Nóbrega, de Vila Verde. Para esse dia, está ainda agendada uma saída de campo ‘À procura de cogumelos no trilho dos moinhos de Santa Isabel do Monte’. Antes de terminar a jornada, há também tempo para o tradicional magusto e para o regresso da animação musical, com a actuação do grupo ‘Minhotos Marotos’.
Finalmente, no domingo, pelas 10h00 reabre a Feira-Mostra, seguindo-se a ‘I Corrida de Atletismo de S. Martinho’. Pela manhã realizam-se, ainda, alguns jogos tradicionais. No período vespertino actua o ‘Grupo de Tocadores de Concertinas’ e o ‘Rancho Folclórico da Carvalheira’. Pelo meio, sobe ao palco a peça de teatro ‘Ressonar sem dormir’, da autoria da Associação da Carvalheira.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

2.ª eliminatória da Taça: Celeirós sonha com a vitória

O Terras de Bouro recebe o Celeirós para o 1.º jogo da segunda eliminatória da Taça. O Celeirós sonha com a vitória, mas nós temos mais argumentos. Eis a notícia da edição de hoje do Diário do Minho.

Parque Nacional da Peneda-Gerês vai ter plano de ordenamento ainda em 2010

Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que tanta polémica gerou no último ano, deverá ser publicado até final do corrente ano. A garantia foi dada pela ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, na Vila do Gerês, depois de se ter inteirado da gravidade da extensão da área ardida no Verão passado, numa visita às zonas da Pedra Bela e das Levadas.
Comentando o controverso Plano de Ordenamento, Dulce Pássaro referiu que "o período de consulta pública terminou". "Houve muitas sugestões, críticas, negativas e positivas, e, agora, analisados esses contributos e a sua compatibilidade com a legislação comunitária, que é preciso respeitar, está-se a ultimar o documento", afirmou.

Questionada sobre a data provável de publicação do documento, a ministra remeteu a resposta para o Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, tendo este garantido que será publicado "ainda este ano, sem dúvida". A ministra assegurou, ainda, que os cortes orçamentais para 2010 não se repercutirão no Instituto de Conservação da Natureza, dado que a sua tarefa é prioritária.
"O Ministério discriminou positivamente - num quadro de contenção geral - o instituto, dado que quer dar um sinal de que esta é uma área fundamental para o país e uma mais-valia para a economia", sublinhou Dulce Pássaro.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Terras de Bouro com boas notas a Matemática

Trata-se da disciplina que mais problemas cria aos alunos do secundário. Assim o dizem, pelo menos, as estatísticas. No entanto, em Terras de Bouro, a Matemática não parece assim tão difícil de ultrapassar e de assimilar. É que, naquele concelho, a disciplina em que os alunos obtiveram os melhores resultados nos exames nacionais foi mesmo o ‘quebra-cabeças’ da maioria dos alunos portugueses.
Se em Rio Caldo, a média de exames de matemática chegou aos 12,07 valores, em Moimenta esse número sobe para os 12,51. Ora, recusando-se a aceitar o ‘fado português’ que reza que os alunos nacionais não se dão bem com os números, a Escola Básica e Secundária Padre Martins Capela resolveu aderir ao ‘Plano de Acção para a Matemática’. Trata-se de um plano destinado a todos os alunos dos segundo e terceiro ciclos daquela escola.

Além disso, tem como finalidade "melhorar os resultados dos alunos nesta disciplina e, simultaneamente, criar um ambiente motivador para o estudo da mesma". Deste modo, foram criados quatro espaços de intervenção: o Clube da Matemática; o apoio pedagógico acrescido; o projecto matemática leccionado em assessoria; e o estudo acompanhado.
No clube da matemática são resolvidos diversos e variados problemas bem como garantida a participação nas mais variadas olimpíadas da matemática e da lógica. No projecto matemática é desenvolvido esse mesmo raciocínio lógico, bem como desenvolvida a comunicação matemática. Além disso, são ainda realizadas sessões de esclarecimento de dúvidas. No apoio pedagógico acrescido, os alunos são ajudados na resolução dos trabalhos de casa, bem como preparados para os testes de avaliação. Finalmente, o estudo acompanhado prevê a mobilização de saberes culturais, científicos e tecnológicos, bem como a interpretação e resolução de problemas, entre outras estratégias.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Escolas do Vale do Homem com longo trabalho pela frente

Ministério da Educação divulgou recentemente o ranking das Escolas Básicas e Secundárias com base nos resultados dos exames nacionais de 9º e 12º Ano. Na listagem fornecida pelo governo é possível constatar, por exemplo, que a escola com melhor média de notas, ao nível dos exames do 9º ano, na região do Vale do Homem, é a EB 2,3 de Vila Verde, com uma nota global de 3,22 valores, numa escala de 0 a 5. No que diz respeito aos exames do 12º, os melhores resultados médios foram alcançados na Escola Secundária de Amares, que obteve um ‘razoável’ 10,29 de nota média.
Também em Vila Verde está situada a escola com a pior classificação ao nível dos exames do 9º ano. Trata-se da Escola Secundaria de Vila Verde que chega a estar entre as 50 piores a nível nacional. O mesmo não se passa quando analisamos os valores referentes aos exames finais de 12º ano, em que esta escola ocupa o 482º posto, num universo de 601 escolas. Há, ainda, que ressalvar que esta é a escola, de toda a região, onde mais exames nacionais do 12º ano foram feitos, num total de 580 provas.

Outra das curiosidades prende-se com o facto da Escola Secundária de Amares – que, no que respeita aos exames do 12º ano, ocupa a 337ª posição – ter uma das menores diferenças, no Distrito de Braga, entre a nota interna e a nota de exame final de cada aluno.
Em Terras de Bouro, destaque para a Escola Básica e Secundária Padre Martins Capela que obteve, este ano, ao nível dos exames finais de 12º ano, a melhor média nos exames nacionais de Matemática, com 12,51 valores. Também em Rio Caldo a nota média desta disciplina ficou acima dos doze valores (12,07).
Destaque, ainda, para a EB 2,3 de Ribeira do Neiva, onde os alunos conseguiram, tal como a já referida EB 2,3 de Vila Verde, uma nota média nos exames do 9º ano superior a 3 valores.
A lista divulgada pelo Ministério da Educação faz, também, outro tipo de balanço. Quantas foram as escolas que conseguiram melhorar a performance dos seus alunos? No entanto, estes valores são apenas divulgados no que diz respeito aos exames de 9º ano. Ficámos a saber que a Escola Básica e Secundária Padre Martins Capela, a Escola Secundária de Amares, a Escola Básica Monsenhor Elísio Araújo e a Escola Secundária de Vila Verde viram os seus alunos piorar as notas face ao ano transacto. Por outro lado, todas as outras seis Escolas Básicas e Secundárias da região melhoraram as suas performances. A EB Professor Amaro Arantes, de Vila Verde, ficou na 739ª posição, ao passo que a EB da Vila de Prado se ficou pelo 775º posto. Em Amares, a EB 2,3 local ocupa o 922º lugar do ranking.

EB 2,3 de Vila Verde é a melhor do Vale do Homem
A Escola Básica 2,3 de Vila Verde foi a que melhores notas registou nos exames de 9º ano. No total, nesta escola foram efectuados mais de 200 provas, colocando-a na 176ª posição de um total de 1295.
Em declarações ao Terras do Homem, o director da EB 2,3 explicou alguns aspectos que fundamentam os bons resultados obtidos. António Amaro começa por não se mostrar surpreendido e sublinha que isso se deve ao "bom desempenho de professores e alunos". "Estes resultados já não são novidade para nós. De facto, têm-se verificado ao longo dos últimos anos", analisou o director da EB 2,3 de Vila Verde, que sublinhou o facto de a sua escola estar a subir mesmo a nível distrital.
"Acima de tudo, penso que o bom clima que se vive na escola, o clima de aprendizagem é sustentado por um conjunto, que engloba alunos, docentes, pais e auxiliares de acção educativa", frisou António Amaro.
Garantindo que prefere "estar nesta que noutra posição" mais desfavorável, o director da escola vilaverdense considera que descansar à sombra dos resultados alcançados pode ser prejudicial.
"Isto conforta-nos, mas não nos deixa descansados. Isto é actualizado ano a ano, por isso há que continuar a trabalhar como o mesmo empenho que até aqui", avisou o responsável da EB 2,3 de Vila Verde.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Assaltos e burlas a idosos alertam autoridades

Nas últimas semanas, verificou-se o regresso dos crimes de assalto e burla a idosos, com alguns casos a vitimar gentes de Amares e Terras de Bouro. É o problema da vulnerabilidade das pessoas mais velhas a residir em zonas rurais, e cujos riscos se agravam nesta altura de acentuada e prolongada crise económica e social.
O Comando Territorial de Braga da Guarda Nacional Republicana tem já em execução um vasto conjunto de acções de sensibilização junto da população mais idosa, com a finalidade de lhes "comunicar procedimentos de segurança a ter presentes em situações típicas de tentativa de burla ou burla consumada".
Com estas acções, que se materializarão através de contactos telefónicos, pessoais e em sessões públicas, procura-se igualmente "criar maior sentimento de segurança junto da população mais afectada por este tipo de criminalidade" – explica fonte da instituição militar.

Através deste empenhamento, que abrange todos os concelhos do distrito de Braga, pretende-se ainda privilegiar a visibilidade do programa ‘Apoio 65 - Idosos em Segurança’, implementando o contacto pessoal com os idosos, nos seus locais de residência, sobretudo nos mais isolados, e ainda nos locais habituais de concentração, especialmente em centros de dia, Lares de idosos, misericórdias e igrejas, sensibilizando-os e alertando-os para a adopção de medidas preventivas, ou para os procedimentos a seguir aquando da ocorrência deste género de crimes.
Toda esta preocupação resulta do facto de ainda se verificarem diversas situações, ao longo de todo o ano, em que os idosos acabam assaltados e ludibriados pelos ‘amigos do alheio’, nomeadamente nas zonas mais rurais.
Nas últimas semanas, no concelho de Amares, têm-se registado várias ocorrências, embora nem sempre as mesmas sejam participadas, ora por "vergonha" dos afectados, ora por mera atitude passiva perante crença na impossibilidade de recuperação dos seus bens. O lugar de Paradela de Frades, em Bouro Santa Maria, foi um dos lugares rurais visados pelos burlões, que acabaram por enganar alguns dos idosos.
Também em solo terrabourense se registaram alguns casos. Recentemente, a GNR, através do Posto Territorial de Terras de Bouro, recuperou, numa loja de penhores em Braga, algumas peças de ouro que tinham sido furtadas no interior de uma residência daquele concelho.
O furto ocorreu na freguesia de Ribeira, onde os ‘larápios’ levaram um fio, uma aliança e mais três anéis com pedras. Neste caso, a GNR de Terras de Bouro identificou o suspeito do furto. Trata-se de um jovem de 29 anos, residente em Amares e a quem foram apreendidos 100 euros, que se presume resultarem da venda do ouro furtado.

Conselhos úteis:
- Não confie em estranhos, com aparentes boas intenções, nem forneça qualquer informação
- Não ande com muito dinheiro e evite o uso de objectos de valor
- Desconfie de esquemas que lhe ofereçam dinheiro fácil
- Todos os funcionários da Água, Luz, CTT, etc, estão bem identificados. Verifique sempre o nome e fotografia
- Não deixe que se apercebam, se estiver sozinho(a) em casa, finja que está acompanhado(a)
- Cultive relações de boa vizinhança. O apoio entre vizinhos pode ajudar
- Tenha sempre à mão os números de telefone das autoridades familiares, de familiares e amigos

Como actuam os burlões:
- São, geralmente, homens ou mulheres bem vestidos e bem-falantes
- Apresentam-se como amigos de familiares ou funcionários da Segurança Social, dos CTT, Bancários, Médicos
- Alegam que pretendem ajudar: a trocar dinheiro, porque este perde validade ou vai sais de circulação; a substituir um cartão multibanco velho, por um novo
- Os que se apresentam como familiares, pedem dinheiro. Outros pretendem entregar uma encomenda, destinada a um filho.
- Por último, através do famoso 'conto do vigário', procuram uma pessoa a quem pretendem entregar uma elevada quantia de dinheiro, oferecendo uma boa recompensa a quem os ajudar
Registe sempre:
- Marca, cor, modelo e matrícula do veículo em que se deslocam e com quantos ocupantes
- A idade, altura, sexo, etnia, cabelo, barba, cor dos olhos, etc, dos indivíduos
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Setembro trouxe mais desemprego

Passado decréscimo sazonal do desemprego de Verão, o mês de Setembro voltou a mostrar a dura realidade no que se refere a este grave flagelo social. O desemprego no Distrito de Braga atingiu, nesse mês, 55.447 pessoas, ou seja, mais 849 que no mês anterior, e mais 2.823 pessoas que em igual período do ano passado, o que representou uma subida de 5% no número de desempregados face a 2009.
No que diz respeito ao Vale do Homem, em Amares estavam inscritos mais 138 desempregados que no mês homólogo de 2009, ao passo que em Terras de Bouro eram mais 35 casos. Em Vila Verde, por seu turno, esse aumento chegava aos 173 casos.

Por outro lado, se tivermos em conta o verificado no mês anterior, reparamos que o desemprego só não voltou a aumentar em Terras de Bouro. Vila Verde voltou a ser o mais atingido, com 128 novos desempregados. Em Amares esse aumento ficou-se pelos dois novos desempregados, ao passo que em Terras de Bouro baixou em cinco casos.
As ofertas de emprego (2.180) registaram uma subida comparativamente ao mês anterior (+26), mas desceram relativamente ao mesmo período do ano transacto, tendo representado menos 487 ofertas.
As colocações realizadas pelos Centros de Emprego do Distrito registaram uma subida, tendo sido de 686, enquanto no mês anterior tinham sido atingidas 414.
Ao nível do distrito de Braga, assistimos à subida do desemprego na maioria dos concelhos: Amares (+2); Barcelos (+141); Braga (+132), Cabeceiras de Basto (+5); Esposende (+141); Fafe (+52); Guimarães (+214); Vila Nova de Famalicão (+187); Vila Verde (+128); Vizela (+35). Nos restantes concelhos registou-se uma descida: Terras de Bouro (-5); Cabeceiras de Basto (-31); Celorico de Basto (-18); Vieira do Minho (-21) e Vila Nova de Famalicão (-130). Por sua vez e tendo em conta os dados do mês homólogo do ano anterior, continuamos a registar um agravamento do número de desempregados em praticamente todos os concelhos do distrito: Amares (+138); Barcelos (+711); Braga (+857); Cabeceiras de Basto (+293); Celorico de Basto (+27); Esposende (+197); Fafe (+48); Póvoa de Lanhoso (+162); Terras de Bouro (+35); Vieira do Minho (+64); Vila Verde (+173); Vila Nova de Famalicão (+173) e Vizela (+22). Guimarães é o único concelho que continua a descer (-77).
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Limpar Portugal chega aos ‘Bosques do Centenário’

Os criadores do Movimento Limpar Portugal, que no início deste ano levaram à recolha de milhares de toneladas de lixo, um pouco por todo o país, acabam de se associar ao projecto ‘Bosques do Centenário’, integrado nas Comemorações do Centenário da República e que tem como objectivo a plantação de pequenos bosques compostos por cem árvores de espécies autóctones, em cada um dos 308 municípios de Portugal.
Trata-se de uma forma original de assinalar os cem anos da República, apostando na criação de autênticos "monumentos vivos", que simultaneamente celebram a floresta original portuguesa e as suas espécies autóctones.

O projecto envolve a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), a QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e, claro está, o Movimento Limpar Portugal.
A colaboração do ‘Mãos à Obra - Limpar Portugal’ traduzir-se-á, sobretudo, ao nível do recrutamento de voluntários, organizações locais e divulgação. O movimento ‘Mãos à Obra’, ciente da sua "grande capacidade de mobilização de voluntários", em http://limparportugal.ning.com, vai mais além, desafiando cada freguesia, cada associação, cada município, a criarem o seu bosque, nos seus baldios, em terrenos privados, ou públicos. "Vamos muito além dos 308 bosques propostos", desafiam.
O Movimento ‘Mãos à obra’, convida os seus voluntários a "organizarem-se em pequenos grupos e eles mesmos efectuarem sementeiras em locais disponíveis". "É extremamente simples fazer uma sementeira de carvalhos, basta para isso um saco com bolotas, colocar em água durante 48 horas e enterrar duas ou três em cada pequeno buraco. Além disso, está disponível na internet uma interessantíssima publicação sobre espécies autóctones em

http://criarbosques.wordpress.com/da-semente-se-faz-a-arvore/

sublinham os responsáveis pelo projecto.
A Autoridade Florestal Nacional está disponível para aconselhamento técnico e para a definição das espécies a usar em cada local e do fornecimento de plantas e sementes dos seus viveiros. Com a realização dos ‘Bosques do Centenário’, espera-se "sensibilizar a população portuguesa para a importância da floresta autóctone, que tem um contributo importante para o sequestro do carbono, para a conservação do solo e da água e também da biodiversidade". A floresta autóctone portuguesa, designadamente a floresta de carvalhos, constitui o habitat de espécies ameaçadas da fauna e flora.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

Dr. José Viriato Capela: Nota de Apresentação à obra “Terras de Bouro – Cem Anos de Adversidades”

Publicamos a “Nota de Apresentação” feita pelo Dr. José Viriato Capela ao livro “Terras de Bouro – Cem Anos de Adversidades”. Recordamos que esta obra, da autoria do Dr. José Araújo, foi publicada, pela Câmara Municipal de Terras de Bouro, no dia do Município.Atrevemo-nos a dizer que esta Nota de Apresentação deste distinto terrabourense está fantástica. Lembramos que o nosso Dr. José Viriato Capela, homem simples, mas com um currículo invejável, para além de Vice-reitor da Universidade do Minho é, também, um dos seus mais ilustres professores doutores.Nota de Apresentação
Tive o particular privilégio de integrar com o Dr. José Araújo o elenco camarário saído das eleições municipais de 1989, ele como presidente do Município, eu como único vereador da oposição (dos 5 que integravam o elenco camarário de maioria social-democrata).
Candidatara-me a Presidente, o povo na sua sabedoria elegeu-me vereador não executivo. O Dr. José Araújo vinha já de dois mandatos como Presidente, que exercera com grande assentimento popular.
Esse mandato (1990-1993) foi para mim de grande aprendizagem. Então tive oportunidade de confrontar algumas das leves noções académicas e utópicas visões sobre o municipalismo e poder local que os tempos ainda próximos do 25 de Abril de 1974 estimulavam, com o realismo e sabedoria do Dr. Araújo, baseado no conhecimento concreto da realidade administrativa que era então o emergente Poder Local e o conhecimento profundo do nosso concelho.
Homem da terra, mais do que eu, que dela me afastara mais longamente, conhecia tudo e todos. Tive então oportunidade de em múltiplas circunstâncias notar como a todos tratava pelo nome, perguntava pelas famílias, sabia em concreto a questão que se vinha tratar à câmara. Que ultrapassavam muitas vezes a esfera das matérias administrativas e tocavam questões de direitos e até problemas e dramas familiares que na pessoa do Dr. Araújo como homem de Direito e Homem Bom da terra, procuravam mais do que como o Presidente da Câmara. A quem eu em grande parte via como munícipe, o Dr. José Araújo via como o vizinho, amigo e conterrâneo.
A acção de presidente da câmara desempenhava-a mais no contexto da resolução de problemas da terra, da aproximação e apaziguamento dos vizinhos e exercício de justiça distributiva feita no acordo das vivências e tradições locais, a que se mantinha irredutivelmente fiel, do que na aplicação da ordem político-administrativa vinda do exterior, a que faltasse o consenso local; em caso de conflito era a causa do povo, da terra, dos seus usos e costumes, do seu «direito consuetudinário», que prevaleciam, contra os ordenamentos jurídicos e políticos. Senti isso a propósito de questões maiores com que então a Câmara e Concelho foram confrontados e que então tratamos – o da Fronteira da Portela do Homem e do Parque Nacional Peneda-Gerês – mas também a propósito de muitas outras medidas que «chocavam» com a «cultura civilizacional» e «comunitária» dos povos da terra e da serra. Então aprendiz de ofício de historiador, de algum modo de historiador de História Municipal, percebi a distância que vai do presidente e juiz ordinário, ou juiz pela ordenação ou mesmo do juiz de paz da terra, ao juiz de fora do absolutismo ou do perfeito ou administrador do liberalismo; da câmara dos homens bons, eleitos directamente pelos povos, de modo rotativo e governam o concelho no mais amplo assentimento e consentimento, às câmaras dos partidos cujos vereadores são a expressão dos interesses partidários e correias de transmissão muitas vezes desligadas dos verdadeiros interesses locais.
Recordo sobretudo desses tempos os nossos debates sobre a História, em particular a História dos povos do nosso concelho. Aí mais uma vez tive oportunidade de confrontar a minha fruste cultura livresca com o alcance e robustez de uma História cerzida no quotidiano das populações que era por aí que geneticamente o Dr. Araújo a sentia e perscrutava. Nesse contexto, a essa luz, procedi a revisão de alguns conhecimentos e leituras mal assimiladas, designada mente as referentes à História do Comunitarismo, que eu absorvera dos paradigmas doutrinários, filosóficos, sociológicos ou antropológicos. Lembro que reli então Orlando Ribeiro, Jorge Dias e Tude de Sousa, e seus escritos sobre o comunitarismo dos povos da Serra do Gerês. Nesse sentido aliás se iniciou então a publicação dos Cadernos Municipais (1.0 volume de 1990). Era minha intenção reeditar a obra de Tude de Sousa, que o veio a ser feito recentemente pela edilidade de 2007-2009, presidida pelo Dr. António Afonso.
O que sempre mais me sensibilizou no Dr. José Araújo foi exactamente a paixão pela História, apesar, ou certamente por causa da sua formação de Letrado, em Ciências Jurídicas. Em particular a paixão pela História do seu concelho, na figura dos seus povos, instituições e movimentos colectivos, das suas figuras individuais, das mais ilustres, às mais humildes. Uma História encarnada nas condições de vida, agrestes e instáveis, do concelho de Terras de Bouro, que aprofundou, ou teve necessidade de aprofundar, para compreender as condições dos seus mandatos políticos à frente da câmara e para responder aos múltiplos desafios que sempre se colocaram ao concelho de Terras de Bouro. Desafios múltiplos de desenvolvimento, de autonomia e liberdade, de independência e até da sobrevivência. O conhecimento e a indagação histórica são aqui postas ao serviço da causa de Terras de Bouro.
Terras de Bouro, cem anos de adversidades é uma súmula maior, penso, deste ideário: buscar as raízes, as forças as condições que tem permitido à comunidade dos povos de Terras de Bouro manter os vínculos da sua unidade e coesão social-comunitária, contra as que por interesses pessoais, políticos, ou de interesses regionais maiores ao sabor de desenhos do território e organização política administrativa feitos a régua e esquadro, pretendem pôr em causa a força histórica e política destas comunidades, no quadro concelhio da sua organização.
No tempo do Dr. José Araújo o concelho de Terras de Bouro fez a passagem da circunscrição administrativa ao Poder Local e também deu passos significativos na passagem da «Idade Média» ao século XX. Foi em nome do poder local que Terras de Bouro sobreviveu e bateu o pé à ordem administrativa que o queria subverter, ao longo do século XIX e XX (até 1974). Espera-se que não seja o novo Poder Local que não dificuldades, antes ajude a impulsionar um concelho mais forte e independente.
Esta obra como outras que o Dr. José Araújo vai publicando contam, no essencial, a História do autêntico poder local destas comunidades, que antes de ser já o era. Mas também como a ordem político-administrativa e do Estado central e suas ancoragens regionais e distritais, pode subverter e submergir em função dos seus objectivos, este património, feito da cultura comunitária e independista. Um povo e o seu território a quem foi concedido o dever, então dizia-se privilégio, de defender Portugal, nas entradas pela Fronteira da Portela do Homem, em cujas tarefas ganhou elevado sentido cívico e político, aliás como todo o território fronteiriço de Portugal, deve ver reforçado o seu papel nas novas tarefas por onde se faz, modernamente, a construção da força dos Estados e Nações, no reconhecimento e valorização das suas diferentes comunidades, em particular as de maior força e coesão identitária.
Sou dos que foram insistindo com o Dr. José Araújo para que nos legasse por escrito o testemunho dos seus trabalhos e reflexões sobre a nossa terra, porque a sua experiência e longos mandatos de 22 anos como Presidente da Câmara e homem do concelho, são de uma riqueza e alcance incontornável. Pela minha parte estou-lhe imensamente grato pelo convívio que desde então desde esse já longínquo mandato de 1990/94 fomos mantendo. E pelo estímulo que sempre tem dado, aos meus trabalhos históricos. Fico muito honrado por me associar à edição desta obra que espero venha a constituir fonte de reflexão sobre o nosso passado, o nosso futuro enquanto comunidade moral, social e política independente.
Felicito nesta circunstância a disponibilidade da Câmara Municipal de Terras de Bouro se associar e apoiar a maior divulgação deste estudo. É uma História e sobretudo uma Memória que não se pode deixar cair no esquecimento, com o risco de nos diminuirmos e perdermos os horizontes.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novo executivo não prescinde de 5 pontos o que equivale a 70 mil 581 euros

A Câmara Municipal de Terras de Bouro em 2011 encaixará mais 70 mil 581 euros que em 2010. Para tal, não prescindirá (como o fez o executivo presidido pelo Dr. António Afonso) de 5 pontos percentuais sobre a receita.
Num ano que se avizinha difícil, com esta decisão a Câmara arrecadará mais imposto. É caso para se dizer que o Executivo entrará nos bolsos aos terrabourenses.
Eis a notícia publicada no jornal Diário do Minho em 27-10-2010

Gerês - Minas dos Carris

O caminho que leva às Minas dos Carris é um caminho que dá prazer calcorrear, apesar de bastante pedregoso e escorregadio.
Ao longo do percurso avistam-se das mais belas paisagens da Serra do Gerês, onde não faltam as pontes em madeira, as quedas de água e a vegetação luxuriante destas paragens.
O início da caminhada é feito junto à cascata da Portela do Homem, ao lado da ponte S. Miguel. A cascata não é muito alta, mas o enquadramento que proporciona é magnifico.
Os turistas apinham-se, normalmente, do cimo da ponte para tirar as fotografias da praxe. Como é fácil de perceber, já tomámos banho no buraco onde cai a lagoa. A profundidade é de cerca de 4 metros na parte mais funda, para onde nos podemos atirar de uma rocha. A água é límpida mas normalmente fria.
De Verão é muito agradável tomar lá banho. De Inverno, só de fato de mergulho. Se está a pensar ir nesta estação, munido do respectivo fato ou até de garrafas, cuidado com o guarda florestal que está na torre. Não o vê, mas ele está omnipresente.
O Rio Homem vai acompanhá-lo sempre nesta caminhada.

Sensivelmente 30 minutos após a partida da Portela do Homem (caminho que está vedado e que fica do lado direito da cascata da Portela do Homem), chega a um conjunto de pequenas casas, que constituíam, parece, uma primeira barreira de controle das minas. Já lá tomámos o pequeno almoço num dia muito frio de Dezembro. Está na Água da Pala. A ponte, nesse caminho, passa por cima do ribeiro com o mesmo nome.
Pouco tempo depois passa por uma outra ponte sobre a ribeira do Cagarouço.
A seguir existe uma parte do caminho muito sinuoso. Não se aproxime da berma.
(…)
Seguindo o caminho, aqui mais alargado, encontra-se já a uma altitude de mais ou menos, 1400 metros o que irá provocar, com certeza, falta de ar e ainda mais cansaço. Do lado direito aparece-lhe o cume que é o ponto mais alto da Serra com cerca de 1500 metros.
Ao fim de 2 horas chega ao portão das minas.
Chegando à entrada das minas, encontra o muro que vedava a entrada. Daí avista uma paisagem magnífica sobre o resto da Serra
As minas não são mais do que minas de volfrâmio desactivadas há mais de cinquenta anos. Trata-se de um conjunto de edifícios utilizados para albergar os trabalhadores e todos os serviços de uma estação mineira completamente isolada.
A par dos edifícios encontram-se os buracos muito fundos (cuidado!!!) das minas, alguns deles encobertos pela vegetação. Bem visíveis, algumas entradas das minas, bastante alagadas pela água. Vêem-se, também, os carris das minas, que lhe dão o nome.
Fonte: www.serra-do-geres.com

terça-feira, 26 de outubro de 2010

SAP: luta começa agora com o apoio de Joaquim Cracel

As crianças e os idosos têm direito a um Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Centro de Saúde em Vieira do Minho e a batalha alarga-se a Terras de Bouro. Foi este o grito que ecoou ontem nos contra-fortes da Serra da Cabreira, na praça frente aos Paços do Concelho. Nessa praça onde o homem da serra domina as feras da floresta, começou a batalha para vencer os propósitos economicistas da ARS.
Dando cumprimento à decisão unânime da Assembleia Municipal, várias centenas de vieirenses tiveram a grata surpresa de ver a combater a seu lado o presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, e o deputado do PCP, Agostinho Lopes. Empunhando cartazes onde se liam apelos à Administração Regional de Saúde do Norte para não encerrar o SAP, a manifestação abriu com um discurso do presidente da Junta de Freguesia de Pinheiro (a mais próxima de Braga), José Teixeira, a clamar contra 'este roubo' que é feito às crianças e aos idosos de Viera do Minho.
Mais redondo e menos frontal foi o discurso de António Ramalho, presidente da Assembleia Municipal de Vieira do Minho, que mereceu murmúrios de alguns manifestantes. No entanto, António Ramalho lá foi esgrimindo argumentos a favor da manutenção do SAP de Vieira do Minho por entre alusões à necessidade de “equilibrar as contas públicas” nos momentos difíceis que vivemos.
“Concordo com o fecho de alguns serviços, mas não são todos iguais. A realidade de Vieira do Minho, longe de Braga e das auto-estradas, deve levar a ARS a pensar que Vieira não é a mesma coisa que encerrar o de Póvoa de Lanhoso e de Vila Verde” — prosseguiu o autarca.
Ramalho lembrou que Terras de Bouro, Montalegre e Vieira do Minho ficaram “esquecidos no plano rodoviário. Temos a razão do nosso lado para lutar pelo SAP aberto à noite. A realidade das pessoas é suficiente para que uma vez mais Vieira não seja castigada pela interioridade”.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho lembrou mais uma vez que as condições que levaram a ARS Norte a manter o SAP há três anos não se alteraram nos acessos nem quanto a alternativas e novos meios de socorro.
'Com a vossa presença aqui, depois de hoje, a Administração Regional de Saúde do Norte vai ponderar a decisão de encerrar o SAP de Vieira do Minho', disse Jorge Dantas ao povo.
O presidente da Câmara de Vieira do Minho prometeu ao povo que a Câmara Municipal vai continuar a luta porque — disse — 'acreditamos na força da nossa razão'. Esta é a primeira manifestação. Se necessário for, continuaremos a nossa luta porque os pressupostos de há três anos se mantêm' — concluiu Jorge Dantas.
“Temos direito a tratamento diferente porque não temos auto-estradas nem alternativas” — defende Jorge Dantas convicto que, “depois de hoje (ontem), a ARS vai ponderar a decisão” de encerrar os serviços.
Fonte: Correio do Minho, em 26-10-2010

Curta-metragem Raízes no Bragacine 2010

Curta-Metragem Raízes no BRAGACINE 2010
Festival Internacional de Cinema Independente de Braga

A curta-metragem Raízes foi seleccionada para a 8ª edição do BRAGACINE, FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA INDEPENDENTE DE BRAGA, a decorrer em Braga de 8 a 11 de Novembro 2010, no Campus da Universidade do Minho.
O BRAGACINE, criado em 2003, foi o primeiro Festival de Cinema Independente a realizar em Portugal. É organizado pelo Cineclube da Universidade do Minho.

A curta-metragem Raízes será apresentada na quarta-feira, 10 de Novembro, pelas 00:00 horas no Auditório B1, na Universidade do Minho /Campus Gualtar.
Fonte: ADERES, em 26-10-2010

Núcleo Rio Homem: Eleição dos Órgãos Sociais a 10 de Dezembro

No blogue do Núcleo Rio Homem foi publicitado, no dia 12 de Outubro, pela Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a data das eleições dos Órgãos Sociais e os respectivos procedimentos. Passo a transcrever o texto:“Rita Dias, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo de Cultura, Desporto, Lazer e Ambiente “Rio Homem”, vem nos termos do disposto no n.º 1 do art.1.º do Regulamento Eleitoral, informar que as eleições para os órgãos sociais do Núcleo realizar-se-ão no 10 de Dezembro de 2010. A apresentação de propostas de candidatura, nos termos estatutários, devem ser dirigidas à Presidente da Mesa da Assembleia Geral, até 15 dias antes do acto eleitoral. De acordo com disposto no art. 4.º do Regulamento Eleitoral, as propostas de candidatura deverão ser apresentadas sob a forma de lista. Conforme Modelo de Candidatura anexo, a lista deve indicar os candidatos para cada um dos órgãos e respectivos suplentes e incluir declaração de aceitação de todos os candidatos, com menção do número de sócio do Núcleo, sendo as respectivas assinaturas certificadas por cópia do bilhete de identidade.”
A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Rita Dias

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Marcelo Rebelo de Sousa e os lamentos do Deputado Ricardo Gonçalves

Marcelo Rebelo de Sousa comenta as declarações do nosso deputado Ricardo Gonçalves, também presidente da nossa Assembleia Municipal.
Passamos a citar Marcelo Rebelo de Sousa:
“O deputado Ricardo Gonçalves deve ser muito ingénuo. Dizer que só ganha 3700 (três mil e setecentos) euros mensais .. que recebe só 60 euros de ajudas de custo por dia…
E pergunta: acha que dá para tudo? Não dá!...
Ficamos com imensa pena do deputado, mas penso que a questão se resolve facilmente… Eu não me recordo de nada muito importante que ele tenha feito no Parlamento! Não me recordo! Certamente falha minha!.. Não se perde muito se ele for embora… Ele pelos vistos ganha imenso!... Está a perder dinheiro como deputado e está a ser prejudicado…
Os deputados têm um regime muito especial… Pagam menos numa refeição da Assembleia da República do que nós pagamos por uma refeição… O deputado está muito prejudicado no seu estatuo económico-financeiro, então renuncia ao mandato… Tem certamente uma carreira formidável à espera lá fora! E o Parlamento é capaz de não perder porque não me recordo de nada de especial que ele…”

Tem certamente uma carreira formidável à espera lá fora!”
Esperemos que venha fazer uma carreira formidável aqui para Terras de Bouro! O País agradece e nós também!...
Se quer ver as declarações do Professor Marcelo Rebelo de Sousa clique na fotografia.

Programa da X Feira-Mostra

Dia 12 de Novembro
16:00 - Abertura oficial da Feira-Mostra

18:30 – Rancho Folclórico da Paradela
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra

21:00 – Peça de Teatro
Associação Nova Vida – Balança
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra
Dia 13 de Novembro
8:30 – Montaria ao javali
Organização do Clube de Caça e Pesca de Terras de Bouro
Concentração: Avenida Dr. Paulo Marcelino

9:00 – Saída de campo “À procura de cogumelos no Trilho dos Moinhos de Anta Isabel do Monte
Visita à Escola do Monte /Centro Interpretativo
Organização: Associação Micológica “Terras do Roquelho”
Concentração: Escola do Monte

10:00 – Abertura da Feira-Mostra

14:00/18:00 – Atelier de vida rural
Actividades lúdico-pedagógicas:
Concurso concelhio de quadras populares de S. Martinho
Hora do conto – ATL’s do concelho
Sala de expressão plástica – “Pintar S. Martinho”
Organização: Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro
Local: Praça do Município

15:00 – Corrida de Cavalos
Local: Praça do Município

15:00 – Tertúlias: “A importância do cogumelo na gastronomia regional”
Organização: Associação Micológica “Terras do Roquelho”
“O Eixo 3 do PRODER nas Terras do Gerês”
Orador: Professor Mota Alves (ATAHCA)
“Apoio à gestão das Intervenções Territoriais Integrada (ITI) no âmbito do PRODER”
Orador: Eng. Ana Vicente (Técnica da DRAPN)
Local: Espaço Feira-Mostra

18:00 – Magusto tradicional
Organização: Grupos de escuteiros do concelho
Local: Praça do Município

19:00 – Jogo de futebol feminino
Local: Campo Municipal de Terras de Bouro

19:30 – Gastronomia dos sabores de S. Martinho (Tasquinhas da feira e restaurantes aderentes)

21:00 – Espectáculo de Dança
Comemorações do Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão social
Organização: Grupo de Acção Social – CMTB

22:00 – Grupo “Minhotos Marotos”
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra

Dia 14 de Novembro
10:00 – Abertura da Feira-Mostra

10:00 – 1.ª Corrida de Atletismo de S. Martinho
Organização: Associações Culturais
Local: Campo Municipal de Terras de Bouro

10:30 – Jogos Tradicionais
Organização: Grupos de Escuteiros do Cocelho
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra

14:00 – Grupo de Tocadores de Concertinas do Concelho
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra

15:00 – Peça de Teatro “Ressonar sem dormir”
Associação de Carvalheira
Local: Recinto Feira-Mostra

16:00 – Rancho Folclórico de Carvalheira
Local: Praça de Espectáculos/Recinto Feira-Mostra

17:00 – Encerramento da Feira-Mostra

domingo, 24 de outubro de 2010

GD Prado 2 – Terras de Bouro 1

O Terras de Bouro perdeu por 2-1 com o GD de Prado. Com este resultado, o clube de Prado, à sétima jornada, ocupa o 2.º lugar na tabela classificativa a 5 Pontos do Marinhas que está imparável.

CD Celeirós 0 – Grupo Desportivo do Gerês 1

O Grupo Desportivo do Gerês, em jogo a contar para a 6.ª jornada, bateu o CD Celeirós pela diferença mínima. Este foi sem dúvida um resultado muito positivo para a equipa da Vila do Gerês.

Deliberações do Município de Terras de Bouro

Na sua reunião de 9 de Setembro, o Município de Terras de Bouro deliberou: aprovar o acordo de colaboração entre este Município e o Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, referente à implementação do programa de generalização do ensino do Inglês e de outras actividades de enriquecimento curricular do I Ciclo do Ensino Básico; atribuir um subsídio global de 15.000,00 Euros ao Grupo Desportivo do Gerês; concordar com o pedido apresentado por Carla Sofia Rodrigues da Silva Pires solicitando um estágio no âmbito do regulamento de apoio a estruturas sociais e desfavorecidas; atribuir à Junta de Freguesia de Rio Caldo um apoio financeiro de 1.272,00 Euros para aquisição de cabo eléctrico do posto retransmissor de televisão; atribuir à Junta de Freguesia de Rio Caldo um apoio financeiro no montante de 1.000,00 Euros para construção de abrigo de passageiros; atribuir à Junta de Freguesia de Chamoim um apoio financeiro de 525,00 Euros + IVA para construção de muro de suporte no caminho do Carril; apoiar a execução da obra de colocação de gradeamento na antiga Escola de Vilar, até ao montante de 1.232,00 + IVA; apoiar a conclusão das obras no lugar de Fundevila/Campo do Gerês, por transferência para a Junta de Freguesia, até ao montante de 4.837,50 Euros + IVA; homologar a lista de ordenação final de candidatos para o cargo de direcção intermédio de 2.º Grau - Chefe de Divisão Municipal - Divisão Administrativa e Financeira; atribuir um subsídio ao Centro Social e Paroquial de Covide, para remodelação da lavandaria, no valor de 5.000,00 Euros; atribuir um subsídio à Calcedónia Fundação para o Desenvolvimento Rural/Covide, para restauro da cozinha do Cantinho de Antigamente, no valor de 5.000,00 Euros; atribuir um subsídio à Deburicis – Clube de Arte e Recreio de Moimenta, para despesas com as Festas de S. João, no valor de 300,00 Euros; atribuir um subsídio à Banda Musical de Carvalheira, para aquisição de instrumentos e formação de músicos, no valor de 5.000,00 Euros; aprovar a 3.ª Revisão às Grandes Opções do Plano e Orçamento da Receita e Despesa para o ano de 2010; aprovar a proposta para atribuição de um subsídio global de 5.000,00 Euros, distribuídos em dez prestações (Setembro/2010 a Junho/2011), ao Núcleo de Cultura, Desporto, Lazer e Ambiente "Rio Homem", para participar com a equipa de seniores no Campeonato Distrital de Futsal; aprovar por maioria a proposta de contratação de prestação de serviços de limpeza das instalações do Pavilhão Gimnodesportivo do Centro Escolar de Terras de Bouro; aprovar por maioria, a proposta de contratação de prestação de serviços de limpeza das instalações do Centro de Animação das Caldas do Gerês.
Entretanto, na reunião de 20 de Setembro, deliberou-se: concordar com a minuta do Contrato de Desenvolvimento Urbano do Plano de Pormenor da Caniçada "Bairro da Caniçada" e submetê-lo à aprovação da Assembleia Municipal. I
Por sua vez, na reunião de 23 de Setembro, foi deliberado: aprovar a execução da obra de calcetamento do caminho no lugar do Chamado/Rio Caldo, por administração directa ou transferência para a Junta de Freguesia, no montante de 1.623,50 Euros + IVA; aprovar a execução da obra de reparação do caminho em Matavacas/Rio Caldo, por administração directa ou transferência para a Junta de Freguesia no montante de 850.00 Euros + IVA; fornecer materiais à Junta de Freguesia de Chamoim para arranjo da levada de Cima no lugar de Pergoim, no montante de 3.768,66 Euros + IVA; aprovar a execução da obra de reparação e pavimentação do Largo da Capela em Guardenha/Gondoriz, por administração directa ou transferência para a Junta de Freguesia, até ao montante de 5.000,00 Euros + IVA; transferir para a Junta de Freguesia da Ribeira a verba de 950,25 Euros para execução dos trabalhos realizados com o arranjo do caminho no lugar de Vau; atribuir um subsídio de 600,00 Euros à Associação Cultural de S. Mateus da Ribeira, para a realização de Arraial Minhoto; atribuir o passe escolar ao aluno Adelino Miguel Santos Silva; aprovar a proposta - abertura de procedimento concursal para contratação de um assistente operacional, para a actividade de operador de estações elevatórias, de tratamento e de depuração, por tempo indeterminado; aprovar a proposta para definição de locais fixos para a prática de venda ambulante em S. Bento da Porta Aberta (Rio Caldo).
Finalmente, na reunião de 7 de Outubro, e para além dalguns apoios sociais, deliberou-se executar a reparação de caminho no lugar de Bouças/Gondoriz, por administração directa ou transferência para a Junta de Freguesia, no montante de 6.900 euros + IVA.
Fonte: Jornal Geresão, em 20-10-2010