quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Desemprego agrava-se em todo o Vale do Homem

Os três concelhos do Vale do Homem voltaram a ver os números do desemprego agravados no passado mês de Novembro, colocando-se em contra-ciclo face ao que se registou na globalidade do distrito, onde o número de pessoas sem emprego baixou das 54.225 para as 53.360.
No caso de Amares, foram 52 os casos a mais face a Outubro, enquanto em Terras de Bouro este número sobe para as 151 ocorrências. Em Vila Verde registou-se a variação mais reduzida, com apenas 26 desempregados a mais. Tendo ainda em conta os números registados no mês anterior, assistimos em Novembro à descida do desemprego na maioria dos concelhos do distrito: Barcelos (-116); Braga (-125); Cabeceiras de Basto (-35); Esposende (-84); Guimarães (-417); Póvoa de Lanhoso (-19); Vila Nova de Famalicão (-175); Vizela (-77).
Já no que toca aos dados do mês homólogo do ano anterior (Novembro de 2009), continuamos a registar um aumento do número de desempregados em praticamente todos os concelhos do Distrito. Neste caso, Amares conta com mais 83 desempregados, ao passo que Terras de Bouro tem 43 novos casos. Vila Verde tem mais 87 desempregados que em igual período de 2009.
Assim, o desemprego no Distrito de Braga atingiu, no mês de Novembro, 53.360 pessoas, ou seja, menos 865 que no mês anterior (-1.6%), mas mais 714 pessoas que em igual período do ano passado, o que representou uma subida de 1% de desempregados face a 2009.
Já as ofertas de emprego (1.733) registaram uma descida comparativamente ao mês anterior (-286), assim como relativamente ao mesmo período do ano transacto, tendo representado menos 651 ofertas.
Por outro lado, as colocações realizadas pelos Centros de Emprego do Distrito registaram uma descida, tendo sido de 551, enquanto no mês anterior tinham sido atingidas 600.

Governador Civil quer mais políticas activas de emprego
Na mensagem de ano novo, o Governador Civil de Braga, Fernando Moniz, defendeu que “o Governo do país deverá continuar a apoiar políticas activas de emprego e as mais importantes funções sociais, que no passado recente criou e reforçou, e fazer tudo o que for necessário para assumir as suas responsabilidades para com os desempregados e os mais desprotegidos”.
No seu entender, “para além dos tradicionais votos de prosperidade”, a mensagem de ano novo “deverá servir como elemento propulsionador de esperança e vontade de lutar por uma vida melhor, num mundo que se quer mais justo, pacífico e solidário”.
“Partilho da opinião dos que defendem que a globalização encerra em si própria virtualidades que poderão ajudar os povos mais pobres a crescerem, através de uma melhor distribuição de riqueza e de capacidade de produção de bens no mercado internacional. Todavia, a não existir uma eficaz regulação, a globalização agravará a pobreza como, infelizmente, vem acontecendo nos vários continentes e também na Europa desenvolvida”, considerou o governante.
Considerando que “o nosso país vem sendo duramente afectado, quer pela crise financeira internacional, quer pelos ditos mercados que impõem as suas leis a uma Europa cada vez mais sensível aos ditames liberais, que agora determinam como remédio para a crise, uma mais expedita e barata forma de despedir”, Fernando Moniz faz votos para que “a acção de todos os portugueses vá no sentido de se congregarem vontades e energia, para em conjunto, todos, ajudarmos o nosso país num momento difícil da sua história” e que servirá, mais uma vez, para “testar e testemunhar o nosso orgulho patriótico”.
Fonte: Terras do Homem, em 6-01-2011

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