No próximo dia 18 (Setembro) vai decorrer no auditório termal da estância do Gerês o X Encontro Nacional de Poetas.
Em 2001 e 2002 esses convívios realizaram-se em Guimarães. A partir de 2003, a Câmara Municipal de Terras de Bouro e a Associação de escritores Minho-Galaicos conhecida por Calidum convidaram o Jornal Poetas & Trovadores, que tivera a ideia e a organização, para transferir esse acontecimento nacional para a vila do Gerês que pertence ao concelho de Terras de Bouro.
Não mais de lá saiu porque o sítio é paradisíaco. A autarquia, dentro das suas possibilidades, sempre cumpriu com as normas convencionadas. E a Calidum com a bonomia do seu Presidente – João Luís Dias – sempre respondeu à chamada, não só como escritor e poeta, mas também como dirigente esclarecido que desde a primeira hora apostou e tudo fez para «ganhar» o encontro anual dos Poetas (nacionais e estrangeiros) que queiram aparecer.
A média anual de presenças ronda os 100/150 poetas vindos de todo o país. Homens e mulheres, velhos e novos, membros de associações ou tertúlias, ou a título individual.
Depressa este evento cultural único no país, com esta dimensão, ganhou raízes e colocou a vila do Gerês na galeria dos maiores acontecimentos culturais.
O programa é simples: todos os interessados em participar, devem comunicar a sua presença no Encontro para efeitos logísticos. A abertura ocorrerá às 10 da manhã, com intervalo (das 12,30 às 14,30 h) para almoço. Reabre o auditório termal às 14,30 h e encerra pelas 18 h. Durante o dia – e como sempre foi hábito nesta série de encontros – cada poeta apresenta-se aos seus pares, referindo quem é, de onde vem, o que faz e que obras já publicou. Havendo tempo poderá ler um poema da sua autoria.
Tem sido possível gerir o tempo de modo a que todos aqueles (as) que desejem, se identifiquem. Após 10 anos de experiência será de crer que, uma vez mais, os poetas que vierem ao Gerês, pelo menos, uma vez no ano, possam ter tempo de antena, perante uma plateia com a qual, por certo, se identificam.
A revolução de Abril lembrou-se de muitas classes sociais e culturais. Deu mensalidades, ordenados e reformas aos criativos que, não tendo leira nem beira, se aproximaram dos políticos revolucionários. Bastava usar barba desordenada, cabelo comprido e apresentar-se andrajoso nos comícios. Foi como a lei 20/97 chamada dos desertores. Bastava um requerimento, abonado por duas pessoas da mesma idiotice. Se aí declarasse que não tinha emprego, que desertara ou que fora perseguido político, logo tinha um confortável reforma, da segurança social ou do orçamento-geral do Estado, porque todo o tempo invocado que poderia abranger o espaço entre 26 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974, lhe seria contado para essa reforma, como «equivalente a entrada de contribuições». Mais ainda: «essa possibilidade de requerer a equivalência à entrada de contribuições era extensiva aos familiares dos beneficiários falecidos que legaram pensões de sobrevivência». Quem duvidar consulte o Diário da República nº 139, I série, de 19/6/1997».
Ora os poetas populares, sobretudo aqueles que nunca tiveram compadres, comadres ou camaradas, junto das televisões, das rádios ou das editoras mais influentes, nunca passaram do anonimato, ao invés de exércitos de imbecis que não sabem o que é a versificação e, no entanto, enchem e preenchem as capas da imprensa cor-de-rosa e recebem, sem que tenham produzido algo de útil à sociedade, reformas de favor.
Foi por isso que se criou este encontro anual que este ano completa o décimo consecutivo.
Ninguém pergunta pela filiação partidária, nem se importa se usa barba desordenada, sebenta ou feita todos os dias. O que se pretende é que quem gosta de trovas, de versos, ou de poemas (que podem parecer a mesma coisa, mas não são), apareça dia 18 de Setembro (Sábado), no auditório Termal da Vila do Gerês. Não pagará nada pela participação ou por aquilo que lá possam dar-lhe. Antes conhecerá muita gente de todo o país, mais ou menos escolarizada, uma mais conhecida do que outra, mas todos ali interessados em conhecer poetas, de todas as proveniências, idades e credos políticos. Nisso residirá mais este Encontro patrocinado, como desde há oito anos, pela Câmara de Terras de Bouro e com organização da mesma Câmara, da Calidum e do Trimensário Poetas e Trovadores.
Qualquer dúvida sobre este acontecimento cultural pode ser esclarecida através de uma das instituições mencionadas, nomeadamente do poetasetrovadores@mail.pt.
Já que a cultura governativa olha de soslaio para os poetas menores, há que aproveitar as poucas manifestações com provas dadas para mostrar que os poetas ditos populares não fazem greve, nem barricam a via pública. Mas têm talento, sabem daquilo de que são capazes e alertam o poder central para que olhem para esta gente que não aceita ser comida por lorpa. A Associação Portuguesa de Poetas, a Associação de Escritores e Jornalistas do Algarve, a Tertúlia do Bonfim (Porto) e outros núcleos de poetas vão marcar presença e activa participação. Trata-se da décima edição que já fez história e que vai reafirmar o papel destes artistas da pacificação social. Os poetas são os anjos da guarda dos infelizes.
Fonte: Notícias do Douro
Em 2001 e 2002 esses convívios realizaram-se em Guimarães. A partir de 2003, a Câmara Municipal de Terras de Bouro e a Associação de escritores Minho-Galaicos conhecida por Calidum convidaram o Jornal Poetas & Trovadores, que tivera a ideia e a organização, para transferir esse acontecimento nacional para a vila do Gerês que pertence ao concelho de Terras de Bouro.
Não mais de lá saiu porque o sítio é paradisíaco. A autarquia, dentro das suas possibilidades, sempre cumpriu com as normas convencionadas. E a Calidum com a bonomia do seu Presidente – João Luís Dias – sempre respondeu à chamada, não só como escritor e poeta, mas também como dirigente esclarecido que desde a primeira hora apostou e tudo fez para «ganhar» o encontro anual dos Poetas (nacionais e estrangeiros) que queiram aparecer.
A média anual de presenças ronda os 100/150 poetas vindos de todo o país. Homens e mulheres, velhos e novos, membros de associações ou tertúlias, ou a título individual.
Depressa este evento cultural único no país, com esta dimensão, ganhou raízes e colocou a vila do Gerês na galeria dos maiores acontecimentos culturais.
O programa é simples: todos os interessados em participar, devem comunicar a sua presença no Encontro para efeitos logísticos. A abertura ocorrerá às 10 da manhã, com intervalo (das 12,30 às 14,30 h) para almoço. Reabre o auditório termal às 14,30 h e encerra pelas 18 h. Durante o dia – e como sempre foi hábito nesta série de encontros – cada poeta apresenta-se aos seus pares, referindo quem é, de onde vem, o que faz e que obras já publicou. Havendo tempo poderá ler um poema da sua autoria.
Tem sido possível gerir o tempo de modo a que todos aqueles (as) que desejem, se identifiquem. Após 10 anos de experiência será de crer que, uma vez mais, os poetas que vierem ao Gerês, pelo menos, uma vez no ano, possam ter tempo de antena, perante uma plateia com a qual, por certo, se identificam.
A revolução de Abril lembrou-se de muitas classes sociais e culturais. Deu mensalidades, ordenados e reformas aos criativos que, não tendo leira nem beira, se aproximaram dos políticos revolucionários. Bastava usar barba desordenada, cabelo comprido e apresentar-se andrajoso nos comícios. Foi como a lei 20/97 chamada dos desertores. Bastava um requerimento, abonado por duas pessoas da mesma idiotice. Se aí declarasse que não tinha emprego, que desertara ou que fora perseguido político, logo tinha um confortável reforma, da segurança social ou do orçamento-geral do Estado, porque todo o tempo invocado que poderia abranger o espaço entre 26 de Maio de 1926 e 25 de Abril de 1974, lhe seria contado para essa reforma, como «equivalente a entrada de contribuições». Mais ainda: «essa possibilidade de requerer a equivalência à entrada de contribuições era extensiva aos familiares dos beneficiários falecidos que legaram pensões de sobrevivência». Quem duvidar consulte o Diário da República nº 139, I série, de 19/6/1997».
Ora os poetas populares, sobretudo aqueles que nunca tiveram compadres, comadres ou camaradas, junto das televisões, das rádios ou das editoras mais influentes, nunca passaram do anonimato, ao invés de exércitos de imbecis que não sabem o que é a versificação e, no entanto, enchem e preenchem as capas da imprensa cor-de-rosa e recebem, sem que tenham produzido algo de útil à sociedade, reformas de favor.
Foi por isso que se criou este encontro anual que este ano completa o décimo consecutivo.
Ninguém pergunta pela filiação partidária, nem se importa se usa barba desordenada, sebenta ou feita todos os dias. O que se pretende é que quem gosta de trovas, de versos, ou de poemas (que podem parecer a mesma coisa, mas não são), apareça dia 18 de Setembro (Sábado), no auditório Termal da Vila do Gerês. Não pagará nada pela participação ou por aquilo que lá possam dar-lhe. Antes conhecerá muita gente de todo o país, mais ou menos escolarizada, uma mais conhecida do que outra, mas todos ali interessados em conhecer poetas, de todas as proveniências, idades e credos políticos. Nisso residirá mais este Encontro patrocinado, como desde há oito anos, pela Câmara de Terras de Bouro e com organização da mesma Câmara, da Calidum e do Trimensário Poetas e Trovadores.
Qualquer dúvida sobre este acontecimento cultural pode ser esclarecida através de uma das instituições mencionadas, nomeadamente do poetasetrovadores@mail.pt.
Já que a cultura governativa olha de soslaio para os poetas menores, há que aproveitar as poucas manifestações com provas dadas para mostrar que os poetas ditos populares não fazem greve, nem barricam a via pública. Mas têm talento, sabem daquilo de que são capazes e alertam o poder central para que olhem para esta gente que não aceita ser comida por lorpa. A Associação Portuguesa de Poetas, a Associação de Escritores e Jornalistas do Algarve, a Tertúlia do Bonfim (Porto) e outros núcleos de poetas vão marcar presença e activa participação. Trata-se da décima edição que já fez história e que vai reafirmar o papel destes artistas da pacificação social. Os poetas são os anjos da guarda dos infelizes.
Fonte: Notícias do Douro
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