A maravilha do Parque Nacional Peneda-Gerês

As Portas do Mar, em Ponta Delgada, nos Açores, foi o cenário escolhido para a divulgação das ‘Sete Maravilhas Naturais de Portugal’.
Na corrida estão 21 locais distribuídos pelas categorias Zonas Marinhas, Grutas e Cavernas, Praias e Falésias, Grandes Relevos, Zonas Aquáticas não Marinhas, Florestas e Matas e Áreas Protegidas.
Na categoria de Zonas Protegidas entre os finalistas figura o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a nossa 'jóia da coroa', que este ano foi tão fustigado pelos incêndios.
Uma distinção que vinha mesmo a calhar, para além de justa, o único parque nacional merecia este 'prémio' depois de tamanho castigo que foi alvo este Verão.

Trunfos não faltam ao PNPG. Trata-se da primeira área protegida a ser criada em Portugal (1971), sendo o único com estatuto de Parque Nacional. A beleza incomensurável do parque estende-se à vizinha Galiza, formando uma paisagem contínua com o Parque Natural da Baixa Limia-Serra do Xurés, no município de Lóbios, em Espanha.
O conjunto dos dois parques forma o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés. Ocupa uma área de 69 693 hectares, abrangendo cinco concelhos: Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro.
O valor faunístico da área do Parque é notável pela quantidade e diversidade dos animais, bem como o valor florístico com especial destaque para a mata de Albergaria, um dos mais importantes bosques do Parque Nacional da Peneda-Gerês, constituída predominantemente por um carvalhal secular que inclui espécies únicas características da fauna e da flora geresiana.
Sábado é o dia do anúncio oficial. O dia que o PNPG vê reconfirmado o seu estatuto de Maravilha Natural de Portugal.
Fonte: Correio do Minho, em 9-08-2010