Disponibilizamos discurso do líder da bancada parlamentar da CDU em Terras de Bouro, Senhor Alexandre Pereira.
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Sr. Presidente da Camara Municipal, Srs. Vereadores, Srs. Deputados Municipais, Srs. Presidentes de Junta e a todo o público presente, cumprimento-os a todos.
Comemora-se hoje os 39 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974. No passado 2 de Abril passaram 38 anos da Constituição da República Portuguesa.
Há quase quatro décadas, fruto da longa luta dos trabalhadores e do povo, pela mão dos valorosos militares do Movimento das Forças Armadas, renascia Portugal.
O Levantamento militar que foi seguido em todo o país e da ampla mobilização popular, punha fim a um longo período da ditadura dos monopólios associados aos latifundiários, a ditadura fascista que, para condenar o país à miséria, ao atraso, ao subdesenvolvimento, prendia, torturava, matava quem de forma persistente e coerente, resistia.
Porque o regime Fascista, apesar de usar de toda a brutalidade possível, conseguiu tirar muitos bens ao povo português, e, aos povos dos países africanos então colonizados, mas não lhes conseguiu tirar nem a coragem, nem a dignidade.
Abril foi alegria, foi esperança, foi luta, foram direitos, foi conquista, foi liberdade.
Abril foi Salário Mínimo Nacional, foi Serviço Nacional de Saúde, foi escola pública, gratuita e de qualidade para todos, foi Reforma Agrária com pão para toda a gente, foram nacionalizações dos sectores básicos da economia para Portugal produzir.
Abril foi Poder Local Democrático com o conjunto de avanços que Ele proporcionou, foi a Paz com todos os Povos, foram Povos e Países devolvidos a si próprios.
Abril foi dignidade para o nosso Povo, foi Independência e Soberania nacional.
Abril foi, na sua consolidação, a Constituição da República Portuguesa.
Hoje, quase quatro décadas depois, temos de novo e com mais ímpeto quem queira questionar Abril. PSD e CDS, juntos nos comandos da Política de Direita, mas a concretizar um projeto, contra Abril e os seus valores, que o PS negociou com a Troika, assumem com toda a clareza os seus objetivos: empobrecer o povo e o país, retirar direitos a quem trabalha, favorecer os grandes grupos económicos, por em causa a Soberania Nacional.
Bem podem hoje 25 de Abril de 2013 Ministros e Deputados, Presidentes de Câmara e outros Eleitos usar o cravo vermelho ao peito e jurar fidelidade a Abril.
A sua intervenção e o seu esforço, é todo no sentido de contrariar o que na Revolução se começou, cerrar as portas que Abril abriu.
Como a Constituição não se conforma aos seus projetos o Tribunal Constitucional pela luta popular, e, pela dimensão do protesto foi obrigado a afirmar que a sua politica está fora da lei fundamental do País.
Então levantam-se de novo as vozes do costume a dizer: Mude-se a Constituição!
Perseguindo o objetivo de pôr em causa o regime Democrático saído da Revolução de Abril, a Direita no poder tem em marcha uma Ofensiva dirigida contra os seus elementos mais avançados e Progressistas, numa linha de contínuo confronto e violação do texto Constitucional que Visa Desrespeitar, Empobrecer a Democracia e liquidar o Regime Democrático, de que é exemplo o ataque em curso às funções Sociais do Estado.
A Ofensiva que tem também expressão na vida concreta dos Trabalhadores e dos Povos, com as limitações ao direito de participação sindical, com os atropelos às Liberdades, com as tentativas de Limitar a participação Popular no Poder Local. Mas, “Tal como o processo contra-revolucionário não está concluído também o regime democrático não pode ser considerado extinto e a Constituição da República declarada letra morta, como pretendem os promotores da Política de Direita”.
Os trabalhadores e as populações em luta nos últimos meses têm declarado alto e bom som que Abril está vivo e que é necessário retomar os seus caminhos, condição essencial para por fim ao rumo de desastre da Vida Nacional.
Terras de Bouro em nada é diferente: Foi mais fácil à direita conquistar o Alentejo e a Grande Lisboa que a esquerda entrar em Terras de Bouro, é nessa Direita que existe o dinheiro e o poder.
Basta saber que em anos á esta parte só foi possível aprovar a comemoração do 25 de Abril tendo como em contrapartida no ano seguinte a comemoração do 25 de Novembro.
Quando há tempos neste espaço falei sobre as dificuldades que a CDU tem em formar listas quando se aproximam as Eleições Autárquicas, falei com conhecimento!
Estamos neste processo Eleitoral e todas as Pessoas estão comprometidas com os dois Partidos que disputam o Poder, e só aceitam promessas vindas dessa parte.
Apela-se contudo que neste ano Eleitoral Autárquico, aos Funcionários Municipais que dêem um sinal de maturidade Politica, e que não se deixem iludir por Promessas Eleitorais, que sejam contidos na Campanha Eleitoral, que não se envolvam como nos últimos anos nas gigantescas Caravanas Politicas.
Viva o 25 de Abril!
O Líder da bancada parlamentar da CDU em Terras de Bouro,
Alexandre Pereira
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