terça-feira, 23 de abril de 2013

Comunidade do Vale do Cávado ocupa segunda posição nacional no índice de desenvolvimento regional

O Vale do Cávado é a segunda sub-região do país com o melhor Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR), sendo apenas ultrapassada pela Grande Lisboa, no valor global dos parâmetros que medem a competitividade, a coesão social e a qualidade ambiental. O valor global de 100,75 resulta de índices parciais superiores à média nacional nos domínios da qualidade ambiental e da coesão social, mas não esconde que a competitividade é o ponto fraco da sub-região que integra os concelhos de Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro.
Os dados são avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no estudo “Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2010”, instrumento que «pretende captar o potencial» dos recursos humanos das infraestruturas físicas para «o desempenho» de cada sub-região, ao nível da competitividade, referem os autores do estudo.
O ranking das 30 sub-regiões do país – 28 no território continental e as duas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira –, é dominado pela Grande Lisboa, que registou um Índice Sintético de Desenvolvimento Regional de 109,46.
Os Açores estão na última posição com um ISDR de 90,50. O índice de 100,75 que o INE atribuiu ao Cávado bate o Baixo Vouga por 43 décimas e situa-se 64 décimas acima do Minho- Lima e 65 décimas à frente do ISDR apontado para o Grande Porto (100,10).
O ISDR visa ainda avaliar «o grau de eficiência na trajetória seguida», através da medição dos «perfis educacional, profissional, empresarial e produtivo» e, ainda, identificar «a eficácia na criação de riqueza e na capacidade demonstrada pelo tecido empresarial para competir no contexto internacional», sublinha- se no estudo, que também coloca a sub-região do Minho-Lima na quarta posição nacional do índice de Desenvolvimento Regional, imediatamente à frente do Grande Porto, a última das cinco sub-regiões que apresentaram ISDR superiores à média nacional.
Mas ao contrário da Grande Lisboa, que contabilizou o maior índice de competitividade nacional (120 para um valor de referência nacional de 100), o Vale do Cávado não regista qualquer liderança nacional em nenhum dos três índices parciais. Supera a média nacional na coesão (índice de 101,71) e na qualidade ambiental (índice de 102,85), mas não foi além de um índice de 97,94, na área da competitividade.
Nessa matéria, o Cávado é ultrapassado pelo Vale do Ave (índice de 100,52), que, na quarta posição nacional, encerra o grupo restrito das sub-regiões que superam a média nacional, no domínio da competitividade.
Apesar de ter ficado num índice inferior do país, a sub-região encabeçada por Braga ficou na sétima posição nacional, enquanto nos domínios da coesão e da qualidade ambiental ficou na posição décima primeira e décima terceira, respetivamente.
Fonte: Diário do Minho, em 23-04-2013

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