O deputado do PCP Agostinho Lopes disse, esta terça-feira, em Terras de Bouro, que a carência de meios no Parque Nacional é tão gritante que «há falta de dinheiro para gasóleo e há várias viaturas paradas por avaria».
O parlamentar apontou o caso recente de um tractor que deixou de funcionar por causa da avaria de um filtro de óleo, para cuja compra não havia verbas: «arranjou-se dinheiro para o filtro, mas deixou haver dinheiro para gasóleo no tractor que andava a reparar um caminho».
O parlamentar falava aos jornalistas no final da visita que a Comissão Parlamentar de Agricultura realizou ao Gerês para avaliar no terreno o impacto dos incêndios, já extintos, que queimaram uma parte das serras do Gerês e da Amarela. A visita seguiu-se a uma reunião realizada no Governo Civil de Braga, entre a Comissão ¿ com deputados dos vários partidos, o Governador Civil de Braga e dirigentes da Parque Nacional da Peneda-Gerês, Protecção Civil, da GNR e da Autoridade Florestal Nacional.O parlamentar apontou o caso recente de um tractor que deixou de funcionar por causa da avaria de um filtro de óleo, para cuja compra não havia verbas: «arranjou-se dinheiro para o filtro, mas deixou haver dinheiro para gasóleo no tractor que andava a reparar um caminho».
Agostinho Lopes, eleito pelo círculo de Braga, disse que o Parque tem grande parte das suas viaturas paradas por falta de verbas, frisando que mesmo os vigilantes para as florestas «foram recrutados à última da hora». «O Parque Nacional não tem meios suficientes. Tudo o resto é música», afirmou.
O deputado classificou, também, com a nota «zero» o trabalho de prevenção realizado em 2010 no Parque Nacional, considerando insignificante a abertura de corta fogos e a limpeza florestal realizada em 600 hectares num total 70 mil hectares do Parque.
Fonte: Portugal Diário, em 17-08-2010
1 comentário:
Muito bem, alguem está preocupado com o PNPG. Tudo isto é verdade mas o dinheiro não é o suficiente, tem de haver vontade em mudar as coisas, os senhores que trabalham no PNPG, na sede em Braga devia sair mais vezes da sede, quem sabe tentar perceber o PNPG, na sua globalidade, perceber as gentes do parque, as condições que estes têm, como gerir os recursos naturais, como gerir as areas protegidas do parque. Bem tanta coisa que se pode fazer sem dinheiro, basta sair da sede. Já agora porquê é que a sede do PNPG está em Braga? E não num dos concelhos pertencentes ao PNPG, porquê? Não consigo perceber.
Como Terrabourense, como Português e fundamentalmente como uma pessoa que defende a natureza com unhas e dentes, não consigo perceber o porquê de a natureza e o desenvolvimento não poderem estar lado a lado. Toda a vida o PNPG e as gentes que aqui moram sempre viveram em harmonia, só agora é que não é possivel, não dá para entender....
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