Neste blogue, informei de que o Jornal de Notícias publicava, na sua edição do dia 17 de Agosto, uma reportagem sobre os nossos Bombeiros Voluntários, mas não publiquei o referido texto.
Um leitor, por e-mail, solicitou ao Blogue Terras de Bouro que publicasse o texto que saiu, ontem, no Jornal de Notícias. Eis o texto onde pode ler as declarações do comandante e dos bombeiros Moisés e Antunes.
“Estamos a mais de 40 minutos do hospital”
No ano em que celebram 25anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro (BVTB) surge das carências normais de uma região enfiada no meio da serra.
Implementada entre os rios Cávado e Homem e aparelhada pelas Serras do Gerês e Amarela, as dificuldades sempre foram muitas. "Isto quando começou a funcionar tínhamos um jipe, éramos poucos mais de seis e fazíamos tudo", explica o comandante da corporação.
Depois do nascimento dos BVTB e formação dos primeiros soldados da paz, José Dias explica que em 1986 tinham 22 homens no corpo activo. “Agora somos uma corporação adulta, com uma boa escola de formação e três secções de 30 elementos", refere orgulhoso o comandante.
Os BVTB têm uma particular atenção para a formação, sendo mesmo a corporação de Bombeiros Voluntários do distrito de Braga com mais elementos especializados ao nível de socorro. "Enquanto as outras corporações tinham dois ou três bombeiros com TAS, nós tínhamos sete ou oito", destaca José Dias, que refere ainda que outra das áreas de especialização dos BVTB é o socorro em alta montanha. "Estamos aqui no meio das serras, no seio do Parque Nacional da Peneda Gerês, e logo me preocupou ter os meios adequados para salvamento em montanha", sublinha o comandante. Actualmente estes bombeiros são especializados em socorro e resgate em altura/montanha, com equipamentos de grande ângulo, material de escala e macas para o efeito. Para além de serem condutores especializados em todo terreno, os BVTB estão também preparados para o resgate em albufeiras. "Temos no nosso perímetro duas grandes barragens, Vilarinho da Fuma e Caniçada, e temos que estar preparados para isso”, acrescenta José Dias. Apesar de bem equipados, em Junho passado receberam mais uma ambulância de “ponta” oferecida pela Câmara Municipal.
Um leitor, por e-mail, solicitou ao Blogue Terras de Bouro que publicasse o texto que saiu, ontem, no Jornal de Notícias. Eis o texto onde pode ler as declarações do comandante e dos bombeiros Moisés e Antunes.
“Estamos a mais de 40 minutos do hospital”
No ano em que celebram 25anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro (BVTB) surge das carências normais de uma região enfiada no meio da serra.
Implementada entre os rios Cávado e Homem e aparelhada pelas Serras do Gerês e Amarela, as dificuldades sempre foram muitas. "Isto quando começou a funcionar tínhamos um jipe, éramos poucos mais de seis e fazíamos tudo", explica o comandante da corporação.
Depois do nascimento dos BVTB e formação dos primeiros soldados da paz, José Dias explica que em 1986 tinham 22 homens no corpo activo. “Agora somos uma corporação adulta, com uma boa escola de formação e três secções de 30 elementos", refere orgulhoso o comandante.
Os BVTB têm uma particular atenção para a formação, sendo mesmo a corporação de Bombeiros Voluntários do distrito de Braga com mais elementos especializados ao nível de socorro. "Enquanto as outras corporações tinham dois ou três bombeiros com TAS, nós tínhamos sete ou oito", destaca José Dias, que refere ainda que outra das áreas de especialização dos BVTB é o socorro em alta montanha. "Estamos aqui no meio das serras, no seio do Parque Nacional da Peneda Gerês, e logo me preocupou ter os meios adequados para salvamento em montanha", sublinha o comandante. Actualmente estes bombeiros são especializados em socorro e resgate em altura/montanha, com equipamentos de grande ângulo, material de escala e macas para o efeito. Para além de serem condutores especializados em todo terreno, os BVTB estão também preparados para o resgate em albufeiras. "Temos no nosso perímetro duas grandes barragens, Vilarinho da Fuma e Caniçada, e temos que estar preparados para isso”, acrescenta José Dias. Apesar de bem equipados, em Junho passado receberam mais uma ambulância de “ponta” oferecida pela Câmara Municipal.
O comandante diz que as grandes dificuldades são os acessos ao hospital mais próximo, no caso, Braga. “Às vezes assisto pela comunicação social pessoas a queixarem-se que estão a 15 minutos da unidade de saúde mais próxima. Nós aqui estamos a mais de 40 minutos e por estradas muito perigosas. Um resgate feito na Vila do Gerês está a uma hora de distância do quartel e depois há que fazer o caminho até ao hospital. Não é fácil o socorro em Terras de Bouro e repare, qualquer viagem que fazemos são no mínimo 100 quilómetros, para Braga, ou 200 para o Porto”, faz questão de sublinhar o comandante com 509 anos de idade, 25 dos quais dedicados aos bombeiros.Quando a ambulância se transforma em sala de parto
Uma espécie de prenda e uma história diferente. Dois dias antes, os Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro (BVTB) tinham celebrado as bodas de prata e até tiveram uma ambulância nova, que só não teve uma estreia em grande por horas. Os bombeiros Moisés e Antunes saíram em emergência para transportar uma senhora, que ia dar à luz, para o Hospital de Braga, mas não houve tempo. Sérgio Moisés e José Antunes foram os "parteiros" de serviço em plena estrada. "Paramos na freguesia de Balança e enquanto explicava ao CODU onde estávamos, o meu colega disse que estava a nascer. Larguei tudo e fui dar apoio" contou Moisés. "Eu fui o primeiro a tocar no bebé, enquanto o Moisés cortou o cordão umbilical", diz Antunes. "Normalmente nestas situações há sempre algum nervosismo. Geralmente os bombeiros avisam meia hora ates o CODU. Aqui não houve tempo para isso e quando a médica chegou já estava tudo feito, fotografado, e até ficou com alguma inveja”, disse Antunes, por entre sorrisos.
Fonte: Jornal de Notícias, em 17-08-2010
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