Hoje, o dia amanheceu, na Vila de Terras de Bouro, envolto em fumo. A atmosfera parece-nos irrespirável. As cinzas foram-se acumulando nos telhados das casas e nos tejadilhos dos automóveis. O roncar dos motores dos meios aéreos que combatem as chamas longe de nós não parou de se ouvir. Terras de Bouro está de facto a arder. Alguém se encarregou de atear fogo às nossas paisagens. O resultado está à vista: ficaremos com um concelho cinzento e cada vez mais pobres! Até quando se manterá a impunidade de quem destrói deliberadamente as nossas belezas naturais?
Publico texto do “Jornal de Notícias”.
O incêndio que lavra numa zona de matos em Vilarinho das Furnas, Terras de Bouro, ainda não atingiu o Parque Nacional da Peneda-Gerês, garantiu o seu director.Publico texto do “Jornal de Notícias”.
Lagido Domingues adiantou à Lusa, que o fogo apenas consumiu "pequenos pedaços de mata à volta do Parque", na margem direita da barragem de Vilarinho das Furnas, na chamada Serra Amarela.
"Foram pedidos meios aéreos para tentar evitar que as chamas saltem para dentro do Parque", salientou, frisando que está em causa a zona protegida da Mata da Albergaria, na chamada Bouça da Mó, que fica na outra margem da albufeira do rio Homem, um afluente do Cávado.
A Mata da Albergaria, situada no coração do Parque Nacional - o único do país - tem árvores, nomeadamente carvalhos, com alguns séculos de vida, sendo considerada reserva da bioesfera.
O responsável do Parque garante, também, que os incêndios que lavraram, nos últimos dias, em zonas limítrofes do Parque, casos de Britelo, Arcos de Valdevez, e do Lindoso - junto à barragem do rio Lima - não queimaram zonas importantes, tendo ardido essencialmente mato.
Fonte: Jornal de Notícias, em 8-08-2010
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