Vários fogos no distrito de Braga: Incêndio atingiu Parque da Peneda-Gerês
O dia de ontem voltou a ser muito difícil para os bombeiros do distrito de Braga, que combateram incêndios em vários concelhos.
Os fogos em Campo do Gerês (Terras de Bouro), no Parque Nacional, e Prado S. Miguel (Vila Verde), foram os mais preocupantes.
O incêndio no Campo do Gerês (PNPG) começou às 6h30 e esteve ativo durante todo o dia. Na sua fase mais complicada, chegou a ter três frentes, tendo sido necessária a intervenção de dois aviões bombardeiros médios dada a inexistência de acessos. Uma das frentes de fogo passou a fronteira, atingindo o Parque do Xurês, enquanto outra lavrava junto à Mata de Albergaria.
No combate a este incêndio estiveram bombeiros, equipas do GIPS, sapadores florestais, entre outros, num total de 33 operacionais, auxiliados por cinco viaturas. Além dos dois aviões, a meio da tarde foi acionado o helicóptero pesado.
O comandante distrital de Braga afirmou que «só pode ter havido mão humana » na origem do incêndio.
«O sol noturno não pega incêndios», disse Hercílio Campos, sublinhando que não tem elementos para afirmar que se trate de fogo doloso. «Pode ter sido fogo posto, mas pode também ter sido negligência. Mas não duvido que só pode ter havido mão humana», sublinhou.
Por seu turno, o comandante dos Bombeiros de Terras de Bouro, José Dias, criticou a falta de acessos no interior do Parque Nacional, que torna «completamente impossível» o combate aos incêndios em muitas zonas.
«Há uma crónica falta de acessos, há anos que venho alertando para esta situação. Diz-se, e bem, que o Parque é a jóia de Portugal, mas quando os bombeiros querem evitar que alguém [fogo] roube a jóia acabam por não poder fazer nada, porque não conseguem chegar aos ladrões», afirmou.
Já a associação ambientalista Quercus alertou que o incêndio estava a afetar «bosques de teixo, mas também azevinho e azereiro, com elevada diversidade biológica do Sítio de Importância Comunitária das Serras de Peneda-Gerês».
Em relação ao incêndio que deflagrou na madrugada de ontem em Prado S. Miguel (Vila Verde), o fogo acabou por se estender a Godinhaços e Codeceda. As chamas lavraram durante toda a noite e chegaram a ter quatro frentes. Ao final da tarde, os bombeiros permaneciam no local em trabalhos de rescaldo e vigilância.
Em Vieira do Minho, os bombeiros só conseguiram dominar o incêndio de Rossas durante a madrugada de ontem. Este incêndio deflagrou na manhã de segunda-feira, em Calvos, e obrigou à intervenção dos dois aviões bombardeiros croatas.
Em Ruivães, 48 bombeiros estiveram no combate ao incêndio que começou ao início da tarde de ontem e que consumia vasta área de mato na zona da Tojeira.
Fonte: Lusa/Diário do Minho, em 4-09-2013
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