A Pousada de Juventude de Vilarinho das Furnas recebe trinta jovens do ensino secundário de dez paises europeus na final do III concurso YPEF - Young People in European Forests — que reforça a sensibilização das populações mais jovens para a defesa da floresta.
Na sessão de abertura desta fase final, o prof. Carvalho Guerra, presidente da Forestis, entidade que organiza esta final europeia no único Parque Nacional português, destacou a importância “esquecida e desprezada da floresta em Portugal”.
“O concurso movimento sete mil estudantes, entre os 14 e os 19 anos, de dez países, números que constituem um orgulho para Terras de Bouro receber esta iniciativa”, lembrou por sua vez o presidente da câmara municipal. Além de Joaquim Cracel usou da palavra Stanislav Biernacki que agradeceu a hospitalidade dos portugueses e do município de Terras de Bouro, desejando sucesso para os testes e iniciativas que decorrem até ao fim do dia de hoje.
O concurso decorreu em duas fases, uma nacional, que envolveu estudantes de mais de 200 escolas secundarias em Portugal. Estes jovens estudaram a floresta de Portugal e agora propõem soluções para a floresta numa final que culmina hoje com a avaliação das propostas e a entrega dos prémios.
Para Rosário Alves, directora executiva da Forestis, trata-se de uma “aposta na educação no sentido da floresta ser olhada de forma mais positiva que é actualmente”.
Por outro lado, a realização da final em Portugal, permitiu à Forestis mostrar aos jovens europeus o único parque nacional português para que eles possam cá voltar em férias”.
Apos a sessão de abertura, os alunos foram submetidos a uma prova escrita e apresentação pública das propostas de cada grupo sobre a gestão da floresta. Os alunos vêm acompanhados de um professor e cada país está representado por três jovens.
Francisco Carvalho Guerra lamentou que a comunicação social reduza a floresta a incêndios.
“A Floresta em Portugal não é só incêndios. A comunicação social não fala connosco no Inverno para nós dizermos que vale a pena apostar da nossa floresta” — disse o presidente da Forestis.
“Temos que sensibilizar a população para a necessidade de proteger a floresta e isso só se consegue com o redesenhar da nossa floresta e do território. É preciso falarmos dela durante o ano inteiro de modo a estudar e propor coisas e soluções para a floresta europeia” - continuou o prof. Carvalho Guerra, ao sublinhar a importância do YPEF.
Carvalho Guerra mostrou a sua satisfação pelo interesse que os jovens europeus em por este tema ao participar num concurso que procura as melhores soluções e projectos para a preservação da floresta.
O presidente da Forestis lembrou Schumann, Adenauer e Monet, pais dos valores políticos europeus, os quais defendiam que a Europa tem de ser “construída, pensada e definida em conjunto” e “andamos um bocado esquecidos destes valores”.
“Hoje sabemos quase tudo mas desses valores não sabemos nada” - lamentou Carvalho Guerra, defendendo políticas para que a Europa cresça como deve ser, dando as mãos para construir qualquer coisa melhor”.
Fonte: Correio do Minho, em 26-09-2013
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