Para se ter acesso às zonas de protecção ambiental do Parque Nacional do Gerês, por exemplo, é preciso pagar mais de 150 euros. Situação tem afastado os turistas.
O PCP, Bloco e Verdes querem o fim das taxas de acesso às áreas protegidas.
O Parlamento discute hoje projectos daquelas três bancadas para permitir que toda a gente possa entrar nessas zonas sem pagar.
A introdução de taxas está em vigor desde 2010. Para ir às zonas de protecção ambiental do Parque Nacional Peneda Gerês, por exemplo, é necessário solicitar autorização ao Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, com custos que, quando aprovada, ultrapassam os 150 euros.
Este é um facto que frustra Rui Barbosa, um adepto de montanhismo há mais de 20 anos e que tem o Parque Nacional da Peneda Gerês como destino de eleição. Mas os valores são, diz, impraticáveis: “Só se pode obter essa autorização com um custo de 152 euros, não faz sentido”.
Os custos de pedidos de autorização continuam a gerar confusão, o que acaba por afastar visitantes, lamenta José Carlos Pires, responsável por um parque de campismo no Gerês: “Na dúvida as pessoas procuram outros destinos mais seguros, mais tranquilos no sentido de não terem de enfrentar autoridades ou entidades administrativas que fiscalizam o território. Há de facto diminuição no número de pessoas que nos procuram”.
Turistas esses que escapam nomeadamente para o outro lado da fronteira.
A quebra de visitantes verificou-se, sobretudo, no último Verão, diz o presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, que pede mais clareza sobre o destino do valor cobrado pelas autorizações de acesso a zonas protegidas: “O valor dessas taxas, se fosse aplicado ao território e se as pessoas vissem os efeitos, acho que ninguém recusava. Da forma que está não sabemos qual o fim das taxas. Queremos saber o que se paga e para o que se paga”, exige.
Fonte: Renascença, 8-02-2013
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