Cerca de 20 comunidades de norte a sul do país partilham no sábado, em Coimbra, experiências de combate à desertificação e revitalização económica dos territórios, no âmbito do projeto Aldeias Sustentáveis e Ativas (ASAS).
Promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR), em parceria com a Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura e o Instituto das Comunidades Educativas, o projeto ASAS iniciou-se em novembro de 2011, decorre até abril deste ano e é financiado pelo Programa da Rede Rural Nacional.
"Pretende dar pistas para a elaboração de um documento positivo do ponto de vista político, que contribua para o desenvolvimento de políticas ao nível do mundo rural" disse à agência Lusa Célia Lavado, coordenadora do projeto.
No sábado decorre o segundo encontro nacional - o primeiro ocorreu em maio de 2012, em Santarém - e, segundo aquela responsável, o momento atual "ainda não é de balanço", antes de recolha de contribuições entre os participantes e partilha de experiências.
"O projeto aborda enfoques diferentes ao nível social, cultural e económico, mas também de convívio e bem-estar que possibilitam que as pessoas se mantenham nas aldeias e não as abandonem", frisou.
Do programa do encontro, que irá decorrer na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, constam, entre outros, projetos desenvolvidos em Safara (Moura, Alentejo), definida como uma aldeia-piloto no combate à desertificação, uma incubadora de base rural em Idanha-a-Nova, a cooperativa "Produtos da Nossa Aldeia", localizada em Miro, Penacova ou o grupo de mulheres artesãs de Cambeses do Rio (Montalegre).
Iniciativas em curso no Centro Comunitário de São Torcato (Guimarães), na Fundação Calcedónia (Terras de Bouro) ou na Associação de Desenvolvimento do Vale do Cobral (Meruge, Oliveira do Hospital) incluem, igualmente, o programa do encontro.
De acordo com Célia Lavado, o documento final do projeto Asas será apresentado num seminário a decorrer a 22 de fevereiro, em Lisboa.
Fonte: RTP1 Notícias, em 1-02-2013
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