Os concelhos de Terras de Bouro e Vila Verde têm sido fustigados, nas últimas semanas, com alguns incêndios florestais 'fora de época'. Depois de um primeiro incêndio que lavrou na zona de Fradelos, em pleno coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, um segundo incêndio florestal deflagrou, ao início da tarde do passado domingo, na zona da Foz do Pontido e mobilizou quase meia centena de operacionais e dezenas veículos, entre os quais alguns meios aéreos.
Quanto à ignição ocorrida na zona de Fradelos, foi combatida por várias horas por 35 elementos, incluindo bombeiros de seis corpos do distrito; uma equipa de sapadores florestais e duas equipas do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.
Já no que diz respeito ao incêndio da Foz do Pontido, segundo informação da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o mesmo teve início por volta das 14h00, numa zona de pinhal, com uma frente ativa num “local de difícil acesso aos veículos de combate”. À noite, o fogo chegou a ter duas frentes. O incêndio estendeu-se até esta quarta-feira, afetando parte do Parque Nacional da Peneda Gerês.
Fogos em Vila Verde
No concelho de Vila Verde, os últimos dias têm sido complicados para os Bombeiros Voluntários de Vila Verde. Um incêndio florestal de grandes dimensões, ocorrido nas freguesias Oleiros e Parada de Gatim, consumiu 13 hectares de pinhal e eucaliptal, informou fonte da corporação vilaverdense.
Segundo o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Luís Morais, 26 bombeiros das corporações de Braga, Esposende e Vila Verde, apoiados por Sapadores de Amares, combateram as chamas “alimentadas por ventos irregulares”. “O tempo seco que se faz sentir e a falta de humidade nos solos facilitam a propagação dos fogos e as pessoas continuam a adotar os mesmos procedimentos de sempre, esquecendo as condições climatéricas que afetam o país”, lamentou o bombeiro, referindo-se às habituais queimadas feitas, muitas vezes, por pessoas que “já não têm a mesma capacidade física para as controlar”.
Também nas freguesias de Godinhaços, Cervães, Cabanelas, Freiriz, Oriz, Valdreu e Aboim da Nóbrega se registaram ignições, sendo que, neste último caso houve zonas de arvoredo afetadas.
Sapadores florestais apontam para “falta de condições de trabalho”
Como se não bastasse as condições atípicas para a época do ano, para complicar a situação, os Sapadadores Florestais da região continuam com salários em atraso e já voltaram a manifestar-se publicamente contra a “falta de condições para trabalhar”.
Vinte sapadores florestais da Associação Florestal do Cávado (AFC), denunciaram recentemente o atraso do pagamento do salário de janeiro e a “falta de condições de trabalho”, nomeadamente ao nível do combustível. Por exemplo, para acorrer a um incêndio em Vila Verde, a equipa local de sapadores florestais deu dinheiro seu (10 euros) para colocar algum combustível na viatura. Miguel Rodrigues, sapador terrabourense confirmou que “não existem condições para trabalhar a nível de material”, afirmando que “há equipas que não têm gasolina para abastecer as viaturas para trabalharem”.
Recorde-se que a AFC gere seis equipas com cerca de 30 elementos. O atraso no pagamento por parte de outras entidades é a justificação dada para o incumprimento.
Fonte: Terras do Homem, em 01-03-2012
Já no que diz respeito ao incêndio da Foz do Pontido, segundo informação da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o mesmo teve início por volta das 14h00, numa zona de pinhal, com uma frente ativa num “local de difícil acesso aos veículos de combate”. À noite, o fogo chegou a ter duas frentes. O incêndio estendeu-se até esta quarta-feira, afetando parte do Parque Nacional da Peneda Gerês.
Fogos em Vila Verde
No concelho de Vila Verde, os últimos dias têm sido complicados para os Bombeiros Voluntários de Vila Verde. Um incêndio florestal de grandes dimensões, ocorrido nas freguesias Oleiros e Parada de Gatim, consumiu 13 hectares de pinhal e eucaliptal, informou fonte da corporação vilaverdense.
Segundo o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Luís Morais, 26 bombeiros das corporações de Braga, Esposende e Vila Verde, apoiados por Sapadores de Amares, combateram as chamas “alimentadas por ventos irregulares”. “O tempo seco que se faz sentir e a falta de humidade nos solos facilitam a propagação dos fogos e as pessoas continuam a adotar os mesmos procedimentos de sempre, esquecendo as condições climatéricas que afetam o país”, lamentou o bombeiro, referindo-se às habituais queimadas feitas, muitas vezes, por pessoas que “já não têm a mesma capacidade física para as controlar”.
Também nas freguesias de Godinhaços, Cervães, Cabanelas, Freiriz, Oriz, Valdreu e Aboim da Nóbrega se registaram ignições, sendo que, neste último caso houve zonas de arvoredo afetadas.
Sapadores florestais apontam para “falta de condições de trabalho”
Como se não bastasse as condições atípicas para a época do ano, para complicar a situação, os Sapadadores Florestais da região continuam com salários em atraso e já voltaram a manifestar-se publicamente contra a “falta de condições para trabalhar”.
Vinte sapadores florestais da Associação Florestal do Cávado (AFC), denunciaram recentemente o atraso do pagamento do salário de janeiro e a “falta de condições de trabalho”, nomeadamente ao nível do combustível. Por exemplo, para acorrer a um incêndio em Vila Verde, a equipa local de sapadores florestais deu dinheiro seu (10 euros) para colocar algum combustível na viatura. Miguel Rodrigues, sapador terrabourense confirmou que “não existem condições para trabalhar a nível de material”, afirmando que “há equipas que não têm gasolina para abastecer as viaturas para trabalharem”.
Recorde-se que a AFC gere seis equipas com cerca de 30 elementos. O atraso no pagamento por parte de outras entidades é a justificação dada para o incumprimento.
Fonte: Terras do Homem, em 01-03-2012
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