Na inauguração de “um dos hospitais mais modernos do país”, o primeiro-ministro começou por citar Almada Negreiros: “Todas as palavras para salvar o mundo estão ditas. Falta salvá-lo”. Com isto, José Sócrates quis dizer que “estava decidido que o hospital era preciso. Faltava fazê-lo. Está feito”.
Em fase de transferência de serviços, o novo Hospital de Braga foi inaugurado ontem, numa cerimónia em que, além do primeiro-ministro, participaram a ministra da Saúde, Ana Jorge, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, e o presidente-executivo da Mello Saúde, Salvador de Mello.
Sócrates disse que veio “partilhar com Braga a satisfação de ter agora uma infra-estrutura que irá contribuir para melhorar os cuidados de vida dos cidadãos”.O primeiro-ministro lembrou que, apesar da gestão ser privada, o Hospital de Braga “é do Estado, é do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e sustentou que “o SNS é o garante da igualdade no acesso à saúde de todos os portugueses”.
Sócrates referiu ainda que “o SNS é o serviço público que melhor preserva o valor da equidade: cada um paga conforme os seus rendimentos e cada um recebe conforme as suas necessidades”.
Em defesa do SNS
Também Ana Jorge salientou que “o novo Hospital de Braga corresponde à ambição de termos um SNS forte e moderno”.
A ministra da Saúde realçou que está a ser feito um esforço para modernizar as condições de prestação de cuidados de saúde aos portugueses, mantendo a tradição do serviço público de saúde assente numa constante capacidade de adaptação aos novos tempos e às novas realidades.
“Os vários investimentos no parque hospitalar revestiram-se de diferentes modelos, entre os quais o de parceria público-privada (PPP) como é o caso em Braga. Hoje está muito na moda falar mal das PPP. Eu própria nunca fui muito adepta deste modelo, mas também não alinho no discurso catastrofista em relação às PPP”, disse Ana Jorge, defendendo que “o recurso às PPP justifica-se com os objectivos de renovar de forma mais rápida e menos onerosa o parque hospitalar com financiamento privado, tornando-se comportável o esforço de financiamento desejado. Ao estado cabe monitorizar de forma eficaz a execução do contrato de gestão”.
Elogiando o grupo Escala Braga por ter cumprido a calendarização prevista para o novo Hospital e pela forma eficaz como está a decorrer o processo de transferência dos serviços, Ana Jorge avisou que “os cidadãos esperam que o parceiro público exerça o seu papel fiscalizador de forma efectiva”.Escala Braga promete honrar legado do São Marcos
Do lado do parceiro privado, Salvador de Mello prometeu “honrar a história e o legado do Hospital de São Marcos”.
“Braga ganha um novo hospital que tem todas as condições para ser uma referência na rede hospitalar nacional”, realçou o CEO da Mello Saúde, especificando que “o nível dos profissionais de saúde aliado à qualidade da infra-estrutura dão garantia de cuidados de saúde da mais elevada diferenciação”.
“O novo Hospital de Braga cumprirá de forma excepcional a missão que lhe está confiada”, garantiu Salvador de Mello, defendendo que “os projectos hospitalares tudo têm a ganhar com a junção da iniciativa privada à regulação pública e o hospital de Braga é já disso uma evidência”
Lembrou que ao longo dos dois anos em que a Escala Braga gere o hospital, na anterior infra-estrutura, melhoraram “substancialmente o acesso aos cuidados de saúde da população”. E exemplificou com números: em 2010 realizaram-se mais 18 mil primeiras consultas do que no ano anterior (+30%); foram efectuadas mais 5.500 cirurgias programadas, o que representa um aumento de 55%; o número de doentes a aguardar cirurgia diminuiu em quase de 30% e a redução do tempo de espera para cirurgia passou de 11 para cinco meses.
“A equipa do Hospital de Braga conseguiu resultados que são um claro exemplo de competência. O meu muito obrigado a todos os profissionais”, referiu, defendendo mais uma vez que “o modelo PPP com gestão clínica introduz novos processos e formas de trabalhar, representando um contributo fundamental para modernização eficiente do nosso tecido hospital”.
O CEO da José de Mello Saúde considerou ainda “muito importante para o desenvolvimento da saúde em Portugal que esta visão seja partilhada pelos decisores políticos”.
Fonte: Correio do Minho, em 14-05-2011
Em fase de transferência de serviços, o novo Hospital de Braga foi inaugurado ontem, numa cerimónia em que, além do primeiro-ministro, participaram a ministra da Saúde, Ana Jorge, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, e o presidente-executivo da Mello Saúde, Salvador de Mello.
Sócrates disse que veio “partilhar com Braga a satisfação de ter agora uma infra-estrutura que irá contribuir para melhorar os cuidados de vida dos cidadãos”.O primeiro-ministro lembrou que, apesar da gestão ser privada, o Hospital de Braga “é do Estado, é do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e sustentou que “o SNS é o garante da igualdade no acesso à saúde de todos os portugueses”.
Sócrates referiu ainda que “o SNS é o serviço público que melhor preserva o valor da equidade: cada um paga conforme os seus rendimentos e cada um recebe conforme as suas necessidades”.
Em defesa do SNS
Também Ana Jorge salientou que “o novo Hospital de Braga corresponde à ambição de termos um SNS forte e moderno”.
A ministra da Saúde realçou que está a ser feito um esforço para modernizar as condições de prestação de cuidados de saúde aos portugueses, mantendo a tradição do serviço público de saúde assente numa constante capacidade de adaptação aos novos tempos e às novas realidades.
“Os vários investimentos no parque hospitalar revestiram-se de diferentes modelos, entre os quais o de parceria público-privada (PPP) como é o caso em Braga. Hoje está muito na moda falar mal das PPP. Eu própria nunca fui muito adepta deste modelo, mas também não alinho no discurso catastrofista em relação às PPP”, disse Ana Jorge, defendendo que “o recurso às PPP justifica-se com os objectivos de renovar de forma mais rápida e menos onerosa o parque hospitalar com financiamento privado, tornando-se comportável o esforço de financiamento desejado. Ao estado cabe monitorizar de forma eficaz a execução do contrato de gestão”.
Elogiando o grupo Escala Braga por ter cumprido a calendarização prevista para o novo Hospital e pela forma eficaz como está a decorrer o processo de transferência dos serviços, Ana Jorge avisou que “os cidadãos esperam que o parceiro público exerça o seu papel fiscalizador de forma efectiva”.Escala Braga promete honrar legado do São Marcos
Do lado do parceiro privado, Salvador de Mello prometeu “honrar a história e o legado do Hospital de São Marcos”.
“Braga ganha um novo hospital que tem todas as condições para ser uma referência na rede hospitalar nacional”, realçou o CEO da Mello Saúde, especificando que “o nível dos profissionais de saúde aliado à qualidade da infra-estrutura dão garantia de cuidados de saúde da mais elevada diferenciação”.
“O novo Hospital de Braga cumprirá de forma excepcional a missão que lhe está confiada”, garantiu Salvador de Mello, defendendo que “os projectos hospitalares tudo têm a ganhar com a junção da iniciativa privada à regulação pública e o hospital de Braga é já disso uma evidência”
Lembrou que ao longo dos dois anos em que a Escala Braga gere o hospital, na anterior infra-estrutura, melhoraram “substancialmente o acesso aos cuidados de saúde da população”. E exemplificou com números: em 2010 realizaram-se mais 18 mil primeiras consultas do que no ano anterior (+30%); foram efectuadas mais 5.500 cirurgias programadas, o que representa um aumento de 55%; o número de doentes a aguardar cirurgia diminuiu em quase de 30% e a redução do tempo de espera para cirurgia passou de 11 para cinco meses.
“A equipa do Hospital de Braga conseguiu resultados que são um claro exemplo de competência. O meu muito obrigado a todos os profissionais”, referiu, defendendo mais uma vez que “o modelo PPP com gestão clínica introduz novos processos e formas de trabalhar, representando um contributo fundamental para modernização eficiente do nosso tecido hospital”.
O CEO da José de Mello Saúde considerou ainda “muito importante para o desenvolvimento da saúde em Portugal que esta visão seja partilhada pelos decisores políticos”.
Fonte: Correio do Minho, em 14-05-2011
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