segunda-feira, 16 de maio de 2011

Câmara de terras de Bouro é das melhores pagadoras do país

Em termos de prazos de pagamentos a fornecedores, a Câmara Municipal de Terras de Bouro é uma das autarquias do país que apresenta melhores resultados. Com uma média de pagamentos a três dias, a autarquia terrabourense só conhece a concorrência da Câmara Municipal de Alcoutim, no Algarve, que demora os mesmos três dias a fazer pagamentos.
Contudo, esta é uma realidade contrária à tendência nacional, uma vez que, segundo os dados mais recentes, as câmaras levam cada vez mais tempo para pagar aos fornecedores.
No final do ano passado, o prazo médio de pagamento do conjunto dos municípios cifrava-se em 112 dias, o que representava um agravamento em mais 26 dias, comparativamente ao ano anterior, segundo dados que foram revelados pela Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL).Vila Verde é um dos municípios que paga em prazos médios, com demoras de 112 dias, enquanto Amares paga num período bem mais curto, demorando, em média, 56 dias para abater as dívidas com os seus fornecedores de bens ou serviços.
O município de Porto Santo demora mais de três anos a pagar aos seus fornecedores e lidera, por isso, a mais recente lista dos municípios maus pagadores. Segundo estes dados, disponíveis em www.portalautarquico.pt, Porto Santo demorava 1.228 dias, cerca de três anos e quatro meses, a pagar aos fornecedores. Era seguido pela autarquia de Borba (Alentejo), com 903 dias, e Vila Franca do Campo (Açores), com 754. Havia ainda mais 22 câmaras que, em média, levavam mais de um ano para pagar. A autarquia do Porto é, também, uma das que pagavam em menos tempo, em finais do ano passado, ficando-se pelos 31 dias.
Das 303 câmaras consideradas nesta lista (Portugal tem 308), 25 demoram mais de um ano a pagar as suas dívidas e outras 149 pagam a mais de 90 dias. Apenas 44 municípios pagavam dentro do prazo de um mês.
A lista do prazo médio de pagamentos é aferida segundo um indicador que avalia a capacidade de pagamento de uma autarquia em dado momento, a partir dos factores que foram reportados pelas autarquias à DGAL, relativos a determinado período. Até 31 de Agosto de 2010, as autarquias tinham 90 dias para pagar a fornecedores, mas desde 1 de Setembro o Estado - incluindo autarquias, regiões autónomas, institutos ou empresas públicas - têm 30 dias para pagar ou um prazo de 60 dias, se isso for escrito em contrato público, a partir do qual é obrigado a pagar juros de mora, mesmo que não tenha sido assinado um contrato.
Fonte: Terras do Homem, em 16-05-2011

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