Postamos texto do terrabourense José Guimarães Antunes, publicado hoje no jornal Correio do Minho.
Promover a articulação dos conteúdos curriculares e dos saberes escolares com as exigências da globalização desenvolvendo nos alunos hábitos de cidadania activa, consciente, crítica e reflexiva são algumas das principais missões da Escola e que devem ser concretizadas em articulação permanente com a biblioteca escolar.
Para além de ser fundamental à consecução do Plano Anual de Actividades, a biblioteca escolar é imprescindível para o desenvolvimento de competências contribuindo para a formação integral das crianças e dos jovens.
O acervo por si disponibilizado em variadíssimos suportes faz com que as funções informativa, educativa, cultural e recreativa, em muitas situações complementares, sejam essenciais ao cumprimento das metas e dos objectivos de aprendizagem dos alunos.Actualmente, verificamos que a biblioteca disponibiliza muitos computadores ligados à Internet onde os jovens vão acedendo à informação, recorrendo cada vez menos aos livros. De facto, no seu dia-a-dia, estão sujeitos a um significativo incremento dos fluxos de informação digital, usam cada vez mais a “Web Social” e criaram a ilusão de que o conhecimento é fácil, estando bem ao alcance de todos. Basta clicar com o rato e os espaços e os tempos destinados à reflexão e à abstracção vão-se tornando cada vez mais raros. A informação que lhes vai chegando é cada vez em maior quantidade e alguma dela chega a ser perigosa e até perversa.
Neste contexto, compete à biblioteca dar o seu contributo na promoção da literacia da informação, ajudando ao desenvolvimento da capacidade de transformar a informação em conhecimento porque a maior abundância de informação e a maior facilidade de acesso à mesma não garante indivíduos mais bem formados/informados.
Entretanto, devemos considerar que o direito à informação é um direito de todos e que sem ele não é possível concretizar-se a inclusão plena do indivíduo na sociedade. Assim, por um lado, todo aquele que não tem acesso democrático à informação, à cultura e ao conhecimento encontra-se, à partida, excluído ou diminuído da sua participação social efectiva. Por outro, todo aquele que recebe a informação sem ser devidamente “filtrada” correrá riscos e crescerá com pouca autonomia e espírito crítico e com pouca liberdade.
Para além de favorecer os sentimentos de pertença a uma cultura e de facultar o conhecimento de outras culturas e de outras realidades, a biblioteca escolar constitui-se como espaço dinamizador e integrador da Escola, pois promove a partilha e a igualdade de oportunidades através da democratização da informação, fomentando assim a inclusão e desempenhando um papel fundamental na superação das desigualdades.
Hoje, a biblioteca escolar tem uma função relevante na luta contra a iliteracia, apoiando os utilizadores no acesso à informação útil, prática e aplicável. Esta sua nova função significa que esta não pode continuar a ser perspectivada como um centro de recursos, mas deve assumir-se como um centro de aprendizagem ao serviço do currículo, integrada no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvendo o seu plano de acção em articulação com os departamentos curriculares. Deste modo, gerar-se-ão mais-valias comportamentais, formativas e de aprendizagem nos alunos de modo e desenvolver-lhes competências para a aprendizagem ao longo da vida.
Fonte: Correio do Minho, em 26-05-2011
Promover a articulação dos conteúdos curriculares e dos saberes escolares com as exigências da globalização desenvolvendo nos alunos hábitos de cidadania activa, consciente, crítica e reflexiva são algumas das principais missões da Escola e que devem ser concretizadas em articulação permanente com a biblioteca escolar.
Para além de ser fundamental à consecução do Plano Anual de Actividades, a biblioteca escolar é imprescindível para o desenvolvimento de competências contribuindo para a formação integral das crianças e dos jovens.
O acervo por si disponibilizado em variadíssimos suportes faz com que as funções informativa, educativa, cultural e recreativa, em muitas situações complementares, sejam essenciais ao cumprimento das metas e dos objectivos de aprendizagem dos alunos.Actualmente, verificamos que a biblioteca disponibiliza muitos computadores ligados à Internet onde os jovens vão acedendo à informação, recorrendo cada vez menos aos livros. De facto, no seu dia-a-dia, estão sujeitos a um significativo incremento dos fluxos de informação digital, usam cada vez mais a “Web Social” e criaram a ilusão de que o conhecimento é fácil, estando bem ao alcance de todos. Basta clicar com o rato e os espaços e os tempos destinados à reflexão e à abstracção vão-se tornando cada vez mais raros. A informação que lhes vai chegando é cada vez em maior quantidade e alguma dela chega a ser perigosa e até perversa.
Neste contexto, compete à biblioteca dar o seu contributo na promoção da literacia da informação, ajudando ao desenvolvimento da capacidade de transformar a informação em conhecimento porque a maior abundância de informação e a maior facilidade de acesso à mesma não garante indivíduos mais bem formados/informados.
Entretanto, devemos considerar que o direito à informação é um direito de todos e que sem ele não é possível concretizar-se a inclusão plena do indivíduo na sociedade. Assim, por um lado, todo aquele que não tem acesso democrático à informação, à cultura e ao conhecimento encontra-se, à partida, excluído ou diminuído da sua participação social efectiva. Por outro, todo aquele que recebe a informação sem ser devidamente “filtrada” correrá riscos e crescerá com pouca autonomia e espírito crítico e com pouca liberdade.
Para além de favorecer os sentimentos de pertença a uma cultura e de facultar o conhecimento de outras culturas e de outras realidades, a biblioteca escolar constitui-se como espaço dinamizador e integrador da Escola, pois promove a partilha e a igualdade de oportunidades através da democratização da informação, fomentando assim a inclusão e desempenhando um papel fundamental na superação das desigualdades.
Hoje, a biblioteca escolar tem uma função relevante na luta contra a iliteracia, apoiando os utilizadores no acesso à informação útil, prática e aplicável. Esta sua nova função significa que esta não pode continuar a ser perspectivada como um centro de recursos, mas deve assumir-se como um centro de aprendizagem ao serviço do currículo, integrada no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvendo o seu plano de acção em articulação com os departamentos curriculares. Deste modo, gerar-se-ão mais-valias comportamentais, formativas e de aprendizagem nos alunos de modo e desenvolver-lhes competências para a aprendizagem ao longo da vida.
Fonte: Correio do Minho, em 26-05-2011
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