De Tourém a Pitões das Júnias - duas aldeias onde o trabalho já foi comunitário.
Vamos falar dos antigamentes. Juntava-se o gado todo da aldeia. Quem tivesse 10 cabeças, ia guardá-lo um dia; quem tivesse 50 tinha de dar cinco dias de trabalho. Era assim em Pitões das Júnias, uma aldeia histórica do Gerês, no concelho de Montalegre.Autoproclama-se "a capital do turismo barrosão" e também "a aldeia mais antiga e mais inóspita de Portugal". Turistas tem. E bom fumeiro. Mas a organização comunitária do trabalho já não é o que era. Ficaram os resquícios de um tempo em que não fazia sentido nenhum ser cada um por si.
"Não havia necessidade de irem 10 pastores com os seus rebanhos. Ia um com os rebanhos de todos e os outros ficavam a trabalhar no campo", explica António Ferreirinha, 58 anos, presidente da Junta de Freguesia.
Outro exemplo: juntava-se todo o centeio da aldeia e cada um ia lá malhar à vez. Depois foi a emigração. António Ferreirinha só parou de comer o pão que o diabo amassou no Brasil. Mas voltou e a sua aldeia, garante, continua "muito activa".
Como em Tourém, em Pitões lá se encontra o forno comunitário no centro da aldeia, já sem uso. Vai-se vivendo da agricultura e do gado, que não falta naquela zona do Gerês. Como também não falta paisagem nem beleza.
Fonte: Visão, em 22-05-2011
Vamos falar dos antigamentes. Juntava-se o gado todo da aldeia. Quem tivesse 10 cabeças, ia guardá-lo um dia; quem tivesse 50 tinha de dar cinco dias de trabalho. Era assim em Pitões das Júnias, uma aldeia histórica do Gerês, no concelho de Montalegre.Autoproclama-se "a capital do turismo barrosão" e também "a aldeia mais antiga e mais inóspita de Portugal". Turistas tem. E bom fumeiro. Mas a organização comunitária do trabalho já não é o que era. Ficaram os resquícios de um tempo em que não fazia sentido nenhum ser cada um por si.
"Não havia necessidade de irem 10 pastores com os seus rebanhos. Ia um com os rebanhos de todos e os outros ficavam a trabalhar no campo", explica António Ferreirinha, 58 anos, presidente da Junta de Freguesia.
Outro exemplo: juntava-se todo o centeio da aldeia e cada um ia lá malhar à vez. Depois foi a emigração. António Ferreirinha só parou de comer o pão que o diabo amassou no Brasil. Mas voltou e a sua aldeia, garante, continua "muito activa".
Como em Tourém, em Pitões lá se encontra o forno comunitário no centro da aldeia, já sem uso. Vai-se vivendo da agricultura e do gado, que não falta naquela zona do Gerês. Como também não falta paisagem nem beleza.
Fonte: Visão, em 22-05-2011
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