O Governo aprovou recentemente o Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
O presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro já veio a público denunciar que o Plano do único Parque Nacional do país vai contra as populações.
É verdade que antes da aprovação, o documento esteve em discussão pública. Multiplicaram-se os debates e foram muitas as sugestões e propostas apresentadas.
Só que a versão aprovada, pouco ou nada, aproveitou dos contributos dados em sede de discussão pública.
A alteração do conceito de residente - que não foi contestada porque a versão do Plano posta à discussão não a contemplava - tem repercussão a vários níveis.
Deixaram de ser ‘residentes’ os que residem nos cinco concelhos integrados no PNPG - como até agora - mas apenas aqueles que residem na área do Parque.
Daqui resulta que há pessoas que têm propriedades na área do Parque, mas residem fora, pelo que não estão abrangidos pelas excepções para os residentes.
É um exemplo de um Plano que não atende às populações que, há anos, se revoltam com as restrições de um Parque Nacional onde o Governo parece esquecer-se que há gente, além do património natural, que também é preciso preservar.
Fonte: Correio do Minho, em 6-03-2011
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