Organizada pela eco-escola de Celeirós em parceira com o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) e as eco-escolas de Tadim, Alfacoop - Ruilhe e Nogueira, a iniciativa enquadra-se nas comemorações do Ano Internacional das Florestas e do Ano Internacional do Voluntariado.
Mário Silva, professor do Departamento de Expressões da EB 2,3 de Celeirós, recordou que a Eco-escola já tinha participado em 2010 na iniciativa 'Vamos Limpar Portugal'. “Mesmo com chuva, conseguimos ter 80 alunos a participar na actividade”, realça o docente.
Graça Pereira, coordenadora do projecto das eco-escolas na EB 2,3 de Celeirós, explica que se trata de uma versão adaptada da iniciativa 'Vamos Plantar Portugal'.
De acordo com a responsável, a ideia surgiu durante o Encontro Nacional do Dia das Bandeiras Verdes a 24 de Setembro de 2010, em Ourém. “Lancei nessa altura a ideia às outras eco-escolas, que aceitaram prontamente o desafio”, explica.
Cristina Machado, responsável pelo departamento de educação ambiental do PNPG, e Maria do Carmo Oliveira, engenheira responsável pela reflorestação do PNPG, foram então contactadas pelas eco-escolas de forma a definir a data e o local da actividade. Cinco autocarros rumaram ontem até à zona definida pelo PNPG para a plantação de árvores autóctones.
Porta do Mezio: conservação da natureza e da biodiversidade
O Mezio, uma das cinco portas do Parque Nacional Peneda-Gerês, tem como tema a conservação da natureza e biodiversidade e constitui uma “espécie de laboratório vivo onde é possível observar e interpretar alguns dos valores naturais” da área protegida, como refere a organização do parque nacional.
Maria do Carmo Oliveira, engenheira responsável pela reflorestação do PNPG, explica ao CM a importância das actividades relacionadas com o trabalho de educação ambiental e de sensibilização. “Este tipo de actividades sempre teve o apoio do parque nacional e do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), visto que são promovidas, precisamente, a partir das idades dos participantes desta actividade que servem assim como 'pivôts' para os pais”, explica a responsável.
“Este ano, celebra-se o Ano Internacional das Florestas e, portanto, promovemos um programa mais detalhado junto das escolas e da população residente e das empresas da região”, salienta Maria do Carmo Oliveira.
Tendo como objectivo aumentar a diversidade no PNPG, a ideia é, de acordo com a responsável, “inverter o panorama que hoje temos na floresta, isto é, manchas extensas de resinosas que são espécies altamente inflamáveis devido à resina que as constitui, começando a usar as folhosas e as espécies autóctones da região”.
Isabel Pinto, coordenadora do Clube da Floresta 'Prosepe' adiantou ao CM que a próxima actividade promovida pela EB 2,3 de Celeirós em parceria com PNPG prevê levar em Junho 120 alunos ao parque nacional para participarem numa acção de desinfestação de mimosas, espécie invasora do PNPG, visistando também a Barragem da Caniçada.
Voluntários pela Natureza por um dia
Ontem, a manhã solarenga convidava a um passeio pela floresta e foi isso mesmo que 240 voluntários fizeram no Mezio, Arcos de Valdevez, com o principal objectivo de reflorestar uma parte da área ardida do Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG).
Os amantes da natureza participaram na acção de educação ambiental e reflorestação promovida pela Eco-escola de Celeirós em parceria com o PNPG e com as Eco-escolas de Tadim, Alfacoop - Ruilhe e Nogueira.
A reflorestação decorreu no Parque de Campismo de Travanca, em plena Serra do Soajo.
Os buracos nos quais os alunos, pais e professores participantes iriam plantar as árvores foram previamente escavados pelos técnicos do PNPG para “definir a profundidade da plantação e a distância entre cada árvore plantada” tendo em conta “o tamanho das copas das árvores adultas”, como refere Maria do Carmo Oliveira, engenheira responsável pela reflorestação do PNPG. As zonas reflorestadas ficaram assinaladas por placas com os nomes das escolas participantes.
Os voluntários foram sensibilizados sobre a importância do PNPG e da reflorestação das zonas ardidas com espécies folhosas autóctones.
Joana Nogueira, aluna da EB 2,3 de Celeirós, explicou ao CM o que a motivou a participar na iniciativa. “Uma grande parte do campo ardeu, então nós estamos aqui para plantar árvores que vão substituir as árvores que arderam”, esclarece a jovem.
Fonte: Correio do Minho, em 6-03-2011
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