A questão colocada surge na sequência de uma visita que o Partido Social Democrata efectuou àquela unidade de saúde, no passado dia 28 de Fevereiro.
Atento o elevado número de queixas enviado pelos utentes do Centro de Saúde de Terras de Bouro, quis o PSD verificar, in loco, as condições actuais de funcionamento.
Na visita o PSD ficou a saber que com a criação das Unidades de Saúde Familiar e dos Agrupamentos de Centros de Saúde, os cuidados de saúde no Município de Terras de Bouro perderam qualidade.
Desde logo porque o Centro de Saúde em apreço perdeu o Serviço de Atendimento Permanente, não só o nocturno mas também e sobretudo o diurno, possuindo apenas a consulta aberta e as consultas programadas.
O concelho de Terras de Bouro tem, actualmente, cerca de 1100 utentes sem médico de família (800 afectos ao Centro de Saúde de Terras de Bouro e 300 afectos à Extensão de Saúde de Rio Caldo). Os cidadãos sem médico de família dispõem, única e exclusivamente, da consulta aberta que decorre das 17 às 20 horas que só acontece em alguns dias da semana.
O Centro de Saúde de Terras de Bouro conta com três clínicos, manifestamente insuficientes para assegurarem médico de família a todos os utentes. Acresce que a Extensão de Saúde de Rio Caldo tem dois médicos que também eles são insuficientes.
O Ministério da Saúde foi ainda questionado sobre o facto de há 29 anos o edifício do Centro de Saúde de Terras de Bouro não ser objecto de obras de manutenção e conservação.
As obras que vêm sendo adiadas há dez anos, são da maior urgência uma vez que o edifício ameaça ruir.
Na interpelação do Ministério da Saúde, os deputados manifestam a opinião de que o Ministério da Saúde tem revelado uma total indiferença relativamente aos cuidados de saúde dos terrabourenses, e que seria da mais elementar justiça que num Centro de Saúde que não tem qualquer Serviço de Atendimento Permanente todos os utentes tivessem, pelo menos, médico de família.
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