quinta-feira, 3 de março de 2011

Terras de Bouro apanhado pela fibra óptica

Terras de Bouro será um dos concelhos beneficiados pela criação das ‘Redes de Nova Geração’ (RNG) para as zonas rurais, cujo lançamento na zona Norte decorreu recentemente. O projecto das RNG das zonas rurais vai levar a fibra óptica a 139 concelhos do interior do país que, devido à sua baixa densidade populacional, ficaram à margem dos enormes progressos que o país alcançou, nos últimos anos, nas telecomunicações.
É “em nome da coesão territorial e do apoio às regiões mais desfavorecidas do país, que não poderão estar afastadas do progresso tecnológico”, que o Governo garantiu apoio comunitário para um investimento de 180 milhões de euros, a fim de lançar nestas regiões uma infra-estrutura, que não está ainda disponível em muitas grandes cidades da Europa, mas que irá estar nos 139 municípios portugueses de menor desenvolvimento no sector das comunicações e consequentemente com insuficiências para o seu desenvolvimento económico e social.
O Governo considera que o investimento em RNG constitui “um avanço de tal forma importante para o país que se revela fundamental garantir que todos os portugueses beneficiem desta infra-estrutura estratégica e não apenas aqueles localizados nas zonas de maior desenvolvimento”.

O contrato para as RNG da zona Norte, cujo concurso foi lançado a 10 de Julho de 2009, foi adjudicado à DSTelecom (DST), por um prazo de 20 anos.
Com um investimento de 68,7 milhões de euros, este projecto irá abranger oito distritos (Aveiro, Braga, Bragança, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu) e 44 concelhos, entre os quais Terras de Bouro. Ou seja, uma população de cerca 490 000 pessoas.
Novas oportunidades para os cidadãos e as empresas
O investimento global será de 182 milhões de euros, com financiamento comunitário de 106,2 milhões, garantindo-se que as RNG chegam a mais 800 mil lares e 50 mil estabelecimentos empresariais e a mais de um milhão e duzentos mil portugueses.
De acordo com os responsáveis, as RNG abrem “todo um mundo novo de oportunidades”, na organização do Estado e muito em especial na vida dos cidadãos, “assegurando-lhes o acesso a serviços de elevado padrão nas áreas da saúde, da educação, da relação com o Estado, do funcionamento empresarial e também no campo do acesso à informação e entretenimento”.

No campo da saúde, as RNG vão possibilitar o desenvolvimento da telemedicina, permitindo fazer consultas, efectuar diagnósticos e até mesmo monitorizar intervenções cirúrgicas à distância. No campo da educação as RNG vão potenciar um ensino baseado em conteúdos digitais altamente interactivo e entusiasmante na relação professor aluno e envolvendo pais, alunos e professores no processo de ensino e acompanhamento do aluno.
No fundo, prevê-se que as RNG melhorem a qualidade de vida dos portugueses e nomeadamente daqueles que, vivendo em zonas rurais, têm estado mais afastados do acesso ao desenvolvimento tecnológico.
Portugal tem hoje 4,8 milhões de acessos instalados por vários operadores em concorrência, 3,2 milhões de casas e entidades empresariais, com serviço disponível, garantindo-se uma cobertura territorial de 75% do país e um acesso potencial de sete milhões de portugueses. Mais de 10% dos portugueses com serviço de subscrição de televisão paga fazem-no através das Redes de Nova Geração.
Fonte: Terras do Homem, em 3-03-2011

Sem comentários: