quinta-feira, 10 de março de 2011

Gerês continua a aguardar medidas do Governo

O presidente da Associação Comercial de Braga criticou ontem o facto de, passados seis meses sobre os incêndios florestais, o Gerês continue a «aguardar medidas concretas para suprir os problemas causados».
«Na oportunidade, a ACB convocou todas as associações empresariais dos concelhos mais afectados pelos fogos e, em conjunto, reclamámos um Plano de Emergência Económica para o Gerês», disse Macedo Barbosa, que enumerou de seguida as reuniões que manteve com os diversos responsáveis governamentais, sem que nada tenha acontecido até agora. Contudo, acrescentou, «a ACB e a Câmarade Terras de Bouro, ao invés de outras entidades com maior responsabilidade nesta matéria, não se resignaram e continuaram a trabalhar num projecto comum de desenvolvimento económico para o Gerês». «Não esperámos pelo tempo para que as feridas se fechassem por si, aumentando a pobreza e o desânimo. Avançámos com a confiança nas nossas capacidades e nas nossas gentes. Aprendemos a lição de que nas adversidades não poderemos contar com quem não está. Temos de unir as nossas forças e encontrar caminhos necessários.

Lamentamos no entanto a atitude das autoridades nacionais que nada apresentaram até agora para suprir os problemas causados por um ineficiente sistema de combate aos fogos existentes no Gerês e que na última década não desenvolve modelos de prevenção capazes de resolver o problema de forma estruturante», salientou.
O presidente da Câmara de Terras de Bouro, por sua vez, mostrou-se confiante e convicto de que, em colaboração com a ACB e todos os parceiros, será possível reforçar o tecido empresarial do concelho e, nomeadamente do Gerês. «Necessitamos de mais empresas em Terras de Bouro e sabemos que só pela criação de novas empresas e do reforço das existentes é possível criar mais emprego e mais riqueza», acrescentou.
Garantindo toda a colaboração da autarquia e apoio às actividades da ACB, Joaquim Cracel disse saber que a união de esforços pode ser o caminho para vencer as dificuldades e dar um sinal de que existe mais economia e iniciativa privada para além daquela que está apenas à espera dos fundos comunitários.
Fonte: Diário do Minho, em 10-03-2011

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