A Braval, empresa multimunicipal que procede ao tratamento do lixo na região do Vale do Homem e Cávado, decidiu proceder à substituição do recipiente para deposição dos óleos alimentares usados, distribuindo igualmente cerca de 25 mil funis pela população, para facilitar a deposição dos óleos para reciclagem.
O novo oleão é 100% reciclável e transparente, possibilitando a visibilidade do que é depositado no seu interior. Esta medida deve-se ao facto de se ter Assistido, anteriormente, e por várias ocasiões,à deposição de óleos de automóveis nos óleões antigos, que muitas vezes contaminavam os óleos vegetais - algo que, garantem os responsáveis do EcoParque Braval, “deixou de acontecer”.
O projecto 'Óleo+' teve início em 2008 e está a ser “um verdadeiro sucesso”. Contudo, a Braval “quer mais”.
“A importância deste projecto é extremamente elevada já que se o óleo for derramado no lava-loiças, contaminará as águas dos esgotos e os seus efluentes, para além de provocar danos nas canalizações e o aumento dos custos do seu tratamento”, considerou Pedro Machado, director-geral da Braval. Paralelamente, se for recolhido separadamente, este resíduo poderá ser valorizado e transformado em biodiesel, um combustível natural, menos poluente e mais barato.
Este é um projecto pioneiro no país, que recolhe, ao domicílio, os óleos alimentares domésticos, para abastecer a biodiesel as frotas de transportes e viaturas camarárias de vários municípios da sua abrangência.
“Chama-se Óleo Valor+ e a diferença está no facto de a nossa iniciativa ser sobretudo ambiental, de irmos a casa das pessoas e de não procurarmos lucros, mas sim o equilíbrio”, resume o gestor, Pedro Machado.
Muito mais do que as empresas que têm feito, com fins económicos e ao longo dos últimos anos, recolhas nos locais de grande produção de óleo usado, a Braval quer ir mais longe, ao possibilitar ao consumidor comum "oferecer" o óleo alimentar gasto, sem trabalho ou gastos.
Em execução, há mais de três anos, este projecto foi já considerado de “excelência” por várias entidades internacionais ligadas ao tratamento e valorização de resíduos.
Para que o projecto seja abraçado pelas pessoas, a Braval disponibiliza um número verde (800 220 639), para que as pessoas liguem quando quiserem despejar os seus oleões. Com esta medida, centenas de milhares de litros óleo deixam de ser despejados, anualmente, para a rede de saneamento da região, evitando “muitas das consequências adversas que isso implica para as estações de tratamento de águas residuais”.Braval indignada com “actos criminosos” praticados sobre “bens públicos”
Em resultado de alguns episódios negativos verificados nas últimas semanas, a Braval manifestou, publicamente, a sua “extrema indignação”, em relação aos “contínuos actos criminosos de que os ecopontos são constantemente alvos”. “É com profunda revolta que assistimos a estes actos de vandalismo que destroem bens que são de toda a comunidade, que são nossos mas também são seus”, sublinham os responsáveis da empresa multimunicipal. De acordo com a Braval, em somente quatro dias, “foram incendiados dois ecopontos subterrâneos no mesmo local”.
“Cada acontecimento desta natureza é um duro golpe no esforço que a Braval e os municípios fazem para dotar as freguesias com estes equipamentos de recolha selectiva para melhor servir as populações. É lamentável que, num acto de incompreensível vandalismo, se destrua um equipamento de utilização pública, prejudicando a população que o utilizava, causando também elevados prejuízos em termos financeiros”, defende Pedro Machado, Director-Geral da empresa.
Entretanto, a Braval já procedeu à denúncia criminal dos factos ocorridos e continuará a apelar à sensibilização da população, não só para a correcta utilização destes equipamentos, como para a vigilância e denúncia de eventuais autores destes crimes contra património público.
Fonte: Terras do Homem, em 1-09-2011
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