Braga: comerciantes querem ajudas à deslocalização e à mudança de ramo
Apoios à deslocalização empresarial e à mudança de paradigma económico são as principais exigências do plano de emergência económica que a Associação Comercial de Braga (ACB) vai apresentar ao Governo, para “salvar” o comércio do centro da cidade.
Abílio Vilaça, diretor-geral da ACB, disse hoje à Lusa que o plano se justifica “com particular dramatismo” depois da mudança de local do hospital de Braga, uma situação com a qual o comércio do centro da cidade poderá sofrer uma quebra na faturação “muito superior a 40 milhões de euros anuais”.
Hoje à noite, a ACB reúne em assembleia-geral extraordinária, expressamente para analisar, debater e votar o plano de emergência económica elaborado pela direção.“Se for aprovado, vamos pedir de imediato, e com caráter de urgência, uma reunião ao ministro da Economia, porque a situação do comércio de Braga é de verdadeira emergência”, sublinhou Abílio Vilaça.
À mudança de local do hospital, o documento soma ainda a saída da Bracalândia, que retirou 300 mil visitantes à cidade e retirou 3 milhões de euros à faturação no comércio, e a deslocalização do tribunal, GNR e Segurança Social, que contribuiu para a “desertificação” do centro histórico.
Alude ainda à problemática da introdução de portagens nas SCUT e a consequente diminuição de turistas galegos que demandam Braga, o que, segundo as contas da ACB, provocou um impacto negativo estimado em 14 milhões de euros no comércio e turismo.
Os fogos no Parque Nacional da Peneda Gerês, no verão de 2010, são outro fator invocado pela ACB para a quebra de receitas no comércio.
“Tudo isto justifica um plano de emergência económica, uma operação integrada de desenvolvimento como a que foi posta em prática para o Vale do Ave, com a crise dos têxteis e do calçado, ou para Setúbal, com o desmantelamento da indústria naval”, referiu Abílio Vilaça.
O plano de emergência, que hoje será apresentado aos associados e que “a muito breve prazo” será apresentado ao ministro da Economia, preconiza um empréstimo até 250 mil euros para a deslocalização dos estabelecimentos comerciais, com período de carência de um ano, amortização em sete anos e taxa de júri reduzida em 50 por cento do spread.
“Muitos cafés e pastelarias, por exemplo, viviam praticamente à custa do movimento do hospital e agora estão às moscas”, justificou Abílio Vilaça.
Para a mudança de paradigma económico da empresa, defende um empréstimo de 200 mil euros, com as mesmas condições.
Exige ainda um seguro de proveitos não obtidos por causas extraordinárias, como fogos ou mudança de equipamentos relevantes de serviços públicos, seguindo um critério semelhante ao seguro de colheita da agricultura.
Fonte: Lusa, em 1-09-2011
Apoios à deslocalização empresarial e à mudança de paradigma económico são as principais exigências do plano de emergência económica que a Associação Comercial de Braga (ACB) vai apresentar ao Governo, para “salvar” o comércio do centro da cidade.
Abílio Vilaça, diretor-geral da ACB, disse hoje à Lusa que o plano se justifica “com particular dramatismo” depois da mudança de local do hospital de Braga, uma situação com a qual o comércio do centro da cidade poderá sofrer uma quebra na faturação “muito superior a 40 milhões de euros anuais”.
Hoje à noite, a ACB reúne em assembleia-geral extraordinária, expressamente para analisar, debater e votar o plano de emergência económica elaborado pela direção.“Se for aprovado, vamos pedir de imediato, e com caráter de urgência, uma reunião ao ministro da Economia, porque a situação do comércio de Braga é de verdadeira emergência”, sublinhou Abílio Vilaça.
À mudança de local do hospital, o documento soma ainda a saída da Bracalândia, que retirou 300 mil visitantes à cidade e retirou 3 milhões de euros à faturação no comércio, e a deslocalização do tribunal, GNR e Segurança Social, que contribuiu para a “desertificação” do centro histórico.
Alude ainda à problemática da introdução de portagens nas SCUT e a consequente diminuição de turistas galegos que demandam Braga, o que, segundo as contas da ACB, provocou um impacto negativo estimado em 14 milhões de euros no comércio e turismo.
Os fogos no Parque Nacional da Peneda Gerês, no verão de 2010, são outro fator invocado pela ACB para a quebra de receitas no comércio.
“Tudo isto justifica um plano de emergência económica, uma operação integrada de desenvolvimento como a que foi posta em prática para o Vale do Ave, com a crise dos têxteis e do calçado, ou para Setúbal, com o desmantelamento da indústria naval”, referiu Abílio Vilaça.
O plano de emergência, que hoje será apresentado aos associados e que “a muito breve prazo” será apresentado ao ministro da Economia, preconiza um empréstimo até 250 mil euros para a deslocalização dos estabelecimentos comerciais, com período de carência de um ano, amortização em sete anos e taxa de júri reduzida em 50 por cento do spread.
“Muitos cafés e pastelarias, por exemplo, viviam praticamente à custa do movimento do hospital e agora estão às moscas”, justificou Abílio Vilaça.
Para a mudança de paradigma económico da empresa, defende um empréstimo de 200 mil euros, com as mesmas condições.
Exige ainda um seguro de proveitos não obtidos por causas extraordinárias, como fogos ou mudança de equipamentos relevantes de serviços públicos, seguindo um critério semelhante ao seguro de colheita da agricultura.
Fonte: Lusa, em 1-09-2011
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