Dois portugueses construíram, no Gerês, um empreendimento turístico que baseia toda a sua atividade em soluções amigas do ambiente. As casas, abertas ao público desde 2006, têm tido taxas de ocupação na ordem dos 50%. A maior parte dos visitantes vem do norte da Europa.
Rui Leal e Paula Veloso são os rostos por detrás desta cadeia de turismo rural e ecológico. Foi há sete anos que decidiram mudar a sua vida, largar os seus postos de trabalho no Porto, onde viviam, e apostar na aldeia de Gração, em Alcos de Valdevez.
No início, o casal entrou aquele lugar e acreditou que seria ideal para terem uma casa de férias. Só depois perceberam o potencial turístico da zona. "O projeto de turismo nasce de acreditarmos que, tal como nós, outras pessoas deviam gostar de vir até cá e experimentar todos os atrativos da região", explicou Rui Leal ao Boas Notícias.
"Imaginávamos que se criássemos alojamentos com bom gosto e com condições de conforto pensadas para permitir estadias em qualquer época do ano, mesmo em pleno Inverno, o nosso investimento seria certamente rentabilizado".
E foi assim que iniciaram a reconstrução de duas casas da aldeia, ambas em madeira. Este primeiro empreendimento, batizado "Casas de Além", teve uma boa aceitação o que levou o casal a ampliar a ideia. Há três anos surgiu o Sobrenatura, um complexo de mais 3 casas, anteriormente em ruínas.O melhor do turismo sustentável
"Sempre quisemos que os nossos alojamentos se distinguissem pela preocupação com o meio ambiente, facto que tem sido reconhecido e apreciado por inúmeros turistas", contou Rui Leal ao Boas Notícias. Essa preocupação levou a uma completa aposta em meios neutros em emissões de CO2.
As cinco casas possuem painéis solares térmicos, o que permite que o aquecimento da água seja feito sem recurso a outros mecanismos, em cerca de 70% do ano. A climatização foi outra das grandes apostas dos empreendedores portugueses, assim como a preocupação com a luz natural, existente em todas as divisões.
No exterior existe uma pequena ETAR, de forma a evitar a degradação de nascentes e lençóis de água. O empreendimento aposta ainda na produção de energia elétrica.
"Não queríamos ter mais um alojamento rural mas o alojamento rural o mais ecológico possível considerando as tecnologias atualmente disponíveis", explicou o proprietário que não tem problemas em falar do seu projeto como o "alojamento turístico português mais amigo do ambiente e com uma taxa de emissão de CO2 reduzida ao mínimo possível"
Turistas cada vez mais preocupados com o ambiente
Os resultados dos últimos anos têm revelado que a aposta foi certa. Com uma ocupação anual na ordem dos 50%, o complexo turístico localizado perto do Soajo, tem tido retornos financeiros muito satisfatórios para os empresários.
Os turistas que visitam a Sobrenatura e as Casas de Além são em grande parte estrangeiros no norte da Europa (Bélgica, Holanda, Dinamarca, Alemanha e França). Os turistas portugueses costumam visitar a zona em períodos fora da época balnear.
Além da aposta num turismo sustentável, Rui Leal e Paula Veloso acreditam que contribuem para a redução da desertificação humana da região. Reflexo disso é a criação de postos de trabalho, a dinamização do comércio local e a chegada de novas pessoas.
Satisfeitos pelos resultados obtidos, a dupla pretende alargar o projeto "Vamos iniciar a reconstrução de mais uma casa. Trata-se de um lagar e vai constituir outra unidade de alojamento", disse Rui Leal ao Boas Notícias.
Fonte: Boas Notícias, em 5-09-2011
Rui Leal e Paula Veloso são os rostos por detrás desta cadeia de turismo rural e ecológico. Foi há sete anos que decidiram mudar a sua vida, largar os seus postos de trabalho no Porto, onde viviam, e apostar na aldeia de Gração, em Alcos de Valdevez.
No início, o casal entrou aquele lugar e acreditou que seria ideal para terem uma casa de férias. Só depois perceberam o potencial turístico da zona. "O projeto de turismo nasce de acreditarmos que, tal como nós, outras pessoas deviam gostar de vir até cá e experimentar todos os atrativos da região", explicou Rui Leal ao Boas Notícias.
"Imaginávamos que se criássemos alojamentos com bom gosto e com condições de conforto pensadas para permitir estadias em qualquer época do ano, mesmo em pleno Inverno, o nosso investimento seria certamente rentabilizado".
E foi assim que iniciaram a reconstrução de duas casas da aldeia, ambas em madeira. Este primeiro empreendimento, batizado "Casas de Além", teve uma boa aceitação o que levou o casal a ampliar a ideia. Há três anos surgiu o Sobrenatura, um complexo de mais 3 casas, anteriormente em ruínas.O melhor do turismo sustentável
"Sempre quisemos que os nossos alojamentos se distinguissem pela preocupação com o meio ambiente, facto que tem sido reconhecido e apreciado por inúmeros turistas", contou Rui Leal ao Boas Notícias. Essa preocupação levou a uma completa aposta em meios neutros em emissões de CO2.
As cinco casas possuem painéis solares térmicos, o que permite que o aquecimento da água seja feito sem recurso a outros mecanismos, em cerca de 70% do ano. A climatização foi outra das grandes apostas dos empreendedores portugueses, assim como a preocupação com a luz natural, existente em todas as divisões.
No exterior existe uma pequena ETAR, de forma a evitar a degradação de nascentes e lençóis de água. O empreendimento aposta ainda na produção de energia elétrica.
"Não queríamos ter mais um alojamento rural mas o alojamento rural o mais ecológico possível considerando as tecnologias atualmente disponíveis", explicou o proprietário que não tem problemas em falar do seu projeto como o "alojamento turístico português mais amigo do ambiente e com uma taxa de emissão de CO2 reduzida ao mínimo possível"
Turistas cada vez mais preocupados com o ambiente
Os resultados dos últimos anos têm revelado que a aposta foi certa. Com uma ocupação anual na ordem dos 50%, o complexo turístico localizado perto do Soajo, tem tido retornos financeiros muito satisfatórios para os empresários.
Os turistas que visitam a Sobrenatura e as Casas de Além são em grande parte estrangeiros no norte da Europa (Bélgica, Holanda, Dinamarca, Alemanha e França). Os turistas portugueses costumam visitar a zona em períodos fora da época balnear.
Além da aposta num turismo sustentável, Rui Leal e Paula Veloso acreditam que contribuem para a redução da desertificação humana da região. Reflexo disso é a criação de postos de trabalho, a dinamização do comércio local e a chegada de novas pessoas.
Satisfeitos pelos resultados obtidos, a dupla pretende alargar o projeto "Vamos iniciar a reconstrução de mais uma casa. Trata-se de um lagar e vai constituir outra unidade de alojamento", disse Rui Leal ao Boas Notícias.
Fonte: Boas Notícias, em 5-09-2011
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