quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atracções religiosas aumentam fluxo turístico no Vale do Homem

Se uns optam por sair da região no período de Páscoa, para gozarem uns dias de férias, outros há que regressam à sua terra Natal para celebrarem uma data muito significativa do calendário religioso, da maioria católica que habita o Vale do Homem.
Um fenómeno, em parte, justificado pela singularidade com que é assinalada a quadra na região e pelos inúmeros pontos e motivos de interesse turístico que se sucedem um pouco por cada um dos três concelhos banhados pelo Rio Homem.Um dos mais carismáticos prende-se com o peculiar percurso tomado pelo compasso pascal na freguesia de Fiscal, em Amares, onde os mordomos, banda musical, fogueteiros, comunicação social, entre outros, atravessam o rio de barco, para levar a Cruz de Cristo a beijar às casas que situam numa e noutra margem do mesmo.
É na segunda-feira de Páscoa que tal acontece, sendo uma das mais admiradas festas pascais da região. Uma tradição que traz anualmente milhares de admiradores àquela freguesia amarense e que, prometem as gentes locais, “será para continuar”. Aliás, ainda recentemente a freguesia resolveu em tribunal um problema que se prendia com o acesso popular ao rio, que poderia pôr em causa a realização dessa travessia.
A ainda actual travessia do rio, feita de barco, justifica-se pelo reviver de uma tradição certamente com vários séculos.
Mas esta tradição tem uma razão natural que, em tempos remotos, a determinou. A freguesia é dividida pelo rio Homem, que separa os lugares de S. Bento e S. Pedro. Nos dias que correm, existe já uma ponte que veio a unificar as duas aldeias. Contudo, nem sempre foi assim. No passado, a ligação entre os dois lugares para a realização de funerais, baptizados, casamentos, idas ao centro cívico da freguesia, sede de concelho e repartições públicas era feita, exclusivamente, de barco.
Fonte: Terras do Homem, em 14-04-2011

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