sábado, 19 de fevereiro de 2011

"Em Portugal não há capacidade para julgar o crime de colarinho branco"

Postamos entrevista do Dr. Artur Marques, um dos advogados mais conceituados do nosso país.
«Conhecido por defender os maus da fita, raramente perde, apesar de passar os julgamentos a desenhar bonequinhos»
Nasceu em Terras de Bouro, estudou em Coimbra, onde foi colega de Alberto João Jardim, e fez-se advogado em Braga. Ao longo da sua carreira teve em mãos alguns dos processos mais mediáticos julgados em Portugal, como das FP-25, Rede Bombista, caso Bolama, Saco Azul de Felgueiras, Portucale e Apito Dourado. Conhecido por defender pessoas condenadas na praça pública, é também dele que depende o futuro do principal arguido do processo Face Oculta, Manuel Godinho. Apesar do seu mediatismo, mantém um modesto escritório em Braga, onde trabalha com mais três advogados. Em entrevista ao i, Artur Marques recorda o caso Felgueiras e diz nunca ter sabido dos planos de fuga da sua cliente. Um advogado "de província", como costuma dizer.

É conhecido por defender pessoas normalmente julgadas e condenadas na praça pública. Como é estar sempre do lado dos maus da fita?
É algo que faz parte do meu código genético enquanto advogado. Defendo aquilo em que acredito e as causas que me são confiadas, contra tudo e todos. É particularmente estimulante. Ao mesmo tempo, isso remete-me para uma questão tão interessante quanto perturbadora, que é o facto de os julgamentos na praça pública serem preordenados.
Fonte: i Informação, em 19-02-2011
Se quer ler a entrevista completa, clique na fotografia.

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