Dois dos cinco municípios do Parque Nacional Peneda-Gerês, Terras do Bouro e Ponte da Barca, criticam o novo plano de ordenamento daquele espaço e pedem “compensações” pelas restrições impostas.
As autarquias lamentam ainda haver “centenas de situações” que exigem parecer do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Os autarcas de Terras do Bouro e Ponte da Barca manifestaram “descontentamento e indignação”com certas medidas inscritas no POPNPG, publicado em Diário da República.
Para o autarca de Terras do Bouro, Joaquim Viana, a alegada implementação de um “regime de discriminação positiva” dos residentes do Parque é apenas o “reconhecimento de direitos inquestionáveis dos residentes e proprietários dos terrenos”. Como exemplo, o autarca invoca a possibilidade dada aos residentes de exercerem actividades como pastoreio, apicultura ou caminhadas pelo Parque.
“O POPNPG autoriza os residentes e proprietários a usar e a caminhar pelos terrenos que são deles. É uma extraordinária diferenciação positiva”, ironizou Joaquim Viana.
As autarquias lamentam ainda haver “centenas de situações” que exigem parecer do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
Os autarcas de Terras do Bouro e Ponte da Barca manifestaram “descontentamento e indignação”com certas medidas inscritas no POPNPG, publicado em Diário da República.
Para o autarca de Terras do Bouro, Joaquim Viana, a alegada implementação de um “regime de discriminação positiva” dos residentes do Parque é apenas o “reconhecimento de direitos inquestionáveis dos residentes e proprietários dos terrenos”. Como exemplo, o autarca invoca a possibilidade dada aos residentes de exercerem actividades como pastoreio, apicultura ou caminhadas pelo Parque.
“O POPNPG autoriza os residentes e proprietários a usar e a caminhar pelos terrenos que são deles. É uma extraordinária diferenciação positiva”, ironizou Joaquim Viana.
O autarca de Terras do Bouro explicou ainda que “são às centenas as situações consignadas no novo Plano de Ordenamento que exigem autorização ou parecer do ICNB”, o que para o autarca não passa de um meio de “criar receita à custa de quem reside no parque, uma vez que estes pareceres têm custos que ninguém explicou aos residentes”.
A própria noção de ‘residente’ do POPNPG é criticada por ser “muito mais restritiva do que a apresentada na proposta discutida publicamente”, explicou o presidente da Câmara de Ponte da Barca. O POPNPG define ‘residente’ como “pessoa singular que habita no território do Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés, que é constituído pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês e pelo Parque Natural Baixa Limia Serra do Xurés.”
Esta definição, explicou o edil de Ponte da Barca, implica que “os residentes e naturais dos concelhos que integram o Parque Nacional sejam impedidos de entrar em algumas áreas do parque ou vão ter que pagar para o fazer”.
Apesar das críticas, os autarcas reconhecem aspectos positivos: “a preservação dos ecossistemas, dos habitats da fauna e flora selvagens, da geodiversidade, a manutenção ou preservação de actividades tradicionais dos residentes como o pastoreio ou a roça do mato”.Joaquim Viana admitiu que o Parque Nacional é uma “maravilha a preservar”, mas não se pode “esquecer que no parque vive gente”.
A Lusa tentou ouvir também as câmaras de Montalegre, Arcos de Valdevez e Melgaço, que partilham também áreas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, mas até ao momento não foi possível.
Fonte: Jornal Público, em 15-02-2011
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