sábado, 20 de março de 2010

Vilar da Veiga: velhos tempos há mais de 60 anos

Certamente que a gravura anexa, com um trecho inesquecível do velho Vila da Veiga de há 60 e mais anos atrás, não passará despercebida àqueles que, ainda vivos, tiveram a felicidade de o conhecer. É que, para os mais jovens, recorda-se que nesta gravura se encontram as verdadeiras raízes da designação desta freguesia.
Sendo, até à inundação pelas águas da albufeira, uma terra inteiramente agrícola, já que chamando-se Vilar ao povoado, o designativo de Veiga lhe adveio da imensa veiga que era a maior entre o Gerês e Braga, tal se poderá recordar através da foto anexa, em que a bordejar a velha estrada que a serpenteava, se estendiam férteis campos de cultivo, irrigados pelas águas límpidas do rio Gerês, e onde anualmente se produziam seiscentos carros de milho, duzentas pipas de vinho, cinquenta pipas de azeite, para além do centeio, feijão, batata, laranja e muita outra fruta, tal como legumes que, durante a época termal, alimentavam os hotéis e pensões geresianas.
Com a mítica veiga, ficaram também submersos imensos valores patrimoniais do velho Vilar da Veiga que para sempre jazem no fundo das águas da barragem, sem que, até à data, ninguém com eles se incomodasse em os dotar com um "Natur Parque" qualquer. Porquê?.. Será que "o sol, quando nasce não é para todos?

Fonte: Jornal “Geresão”, em 20-03-2010

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