Os laboratórios da Escola de Ciências da Saúde e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho voltaram ontem a abrir as suas portas a alunos do ensino secundário. Durante o dia, cerca de 180 alunos oriundos de diversas escolas da região vestiram a bata e foram cientistas durante algumas horas.
Em três laboratórios, foram preparadas três actividades para os alunos do secundário experimentarem e aprofundarem conhecimentos que, na maioria dos casos, já tinham abordado teoricamente nas aulas.
O ‘Correio do Minho’ acompanhou os primeiros alunos a beneficiarem desta iniciativa, no caso das escolas Padre Martins Capela, de Terras de Bouro, e Alberto Sampaio, de Braga.
A actividade começou com uma breve introdução, a cargo da investigadora Ana João Rodrigues, que destacou o carácter inovador do curso de Medicina ministrado na universidade minhota e também a investigação que é desenvolvida no ICVS.
“Nesta iniciativa, vocês vão perceber que nós temos excelentes cientistas, ao nível do melhor que se faz no mundo”, vincou a investigadora dirigindo-se aos visitantes.
Ao nosso jornal, Ana João Rodrigues sublinhou: “O que nós pretendemos é mostrar à comunidade a ciência que nós fazemos. Estas iniciativas são muito importantes porque permitem que os alunos vejam e façam eles próprios as experiências”.
Actividades em três laboratórios
Divididos por pequenos grupos, os alunos passaram todos pelos três laboratórios.
‘O embrião’, ‘Investigação criminal: CSI no ICVS’ e ‘Efeitos nocivos da radiação solar’ são as designações das actividades preparadas para estes alunos.
Na actividade do embrião, habitual neste tipo de iniciativas, os ‘cientistas por um dia’ observaram embriões de galinha em diferentes estados do desenvolvimento e aprenderam como se podem adquirir conhecimentos sobre o desenvolvimento embrionário humano estudando embriões de outros animais.
Noutro laboratório, os alunos analisaram uma cena de crime simulada, recolhendo provas no local do crime e analisando-as no laboratório para descobrir os criminosos.
Nesta actividade - designada ‘Investigação Criminal’ - destacou-se a técnica de análise do ADN, utilizada não só em investigação forense, mas também em testes de paternidade e no diagnóstico de doenças.
Na terceira actividade, realizada pela segunda vez para alunos visitantes, os ‘cientistas’ usaram a levedura como modelo de célula eucariótica, observaram a influência da radiação solar na sua viabilidade a avaliaram os níveis de eficácia de diferentes protectores solares de uso corrente. Aqui, os alunos perceberam que a radiação solar provoca grandes danos nas células
Em laboratório percebeu-se o entusiasmo dos alunos por protagonizarem este tipo de actividade.
Maria Helena Barroso: “foi uma experiência nova”
Maria Helena Barroso confessou que sentiu as mãos a tremer durante a actividade que demonstrou os efeitos nocivos da radiação solar em excesso. “Foi uma actividade completamente nova para mim”, contou ao ‘CM’, explicando que na sua escola, a Padre Martins Capela, de Terras de Bouro, não existem equipamentos tão completos e sofisticados.
A aluna do 11.º A confessou ainda que esta foi a primeira actividade que fez num laboratório universitário. Maria Helena realçou ainda que gostou de conhecer a Escola de Ciências da Saúde, pois “gostava de seguir Medicina no ensino superior”.
Diogo Fernandes não tem vocação para cientista
Aluno do 12.ºA, Diogo Fernandes também veio da Escola Padre Martins Capela. Ao nosso jornal, o jovem confessou que gostou particularmente de ficar a saber como se extrai e analisa o DNA. “Foi uma iniciativa muito interessante. Os nosso laboratórios não são tão sofisticados”, disse. Apesar de ter gostado da actividade, o jovem diz que não tem vocação para cientista e quer mesmo é seguir Engenharia Informática.
Márcia quer seguir Enfermagem
Márcia Costa Dias quer seguir a área de Enfermagem, “algo que não está muito relacionado com laboratórios”, acrescenta. A aluna de Terras de Bouro confessa que gostou de participar nesta iniciativa, algo que fez pela primeira vez: “Aprende-se muito mais com este tipo de actividades do que nas aulas teóricas”, frisou, em declarações ao ‘CM’.
Em três laboratórios, foram preparadas três actividades para os alunos do secundário experimentarem e aprofundarem conhecimentos que, na maioria dos casos, já tinham abordado teoricamente nas aulas.
O ‘Correio do Minho’ acompanhou os primeiros alunos a beneficiarem desta iniciativa, no caso das escolas Padre Martins Capela, de Terras de Bouro, e Alberto Sampaio, de Braga.
A actividade começou com uma breve introdução, a cargo da investigadora Ana João Rodrigues, que destacou o carácter inovador do curso de Medicina ministrado na universidade minhota e também a investigação que é desenvolvida no ICVS.
“Nesta iniciativa, vocês vão perceber que nós temos excelentes cientistas, ao nível do melhor que se faz no mundo”, vincou a investigadora dirigindo-se aos visitantes.
Ao nosso jornal, Ana João Rodrigues sublinhou: “O que nós pretendemos é mostrar à comunidade a ciência que nós fazemos. Estas iniciativas são muito importantes porque permitem que os alunos vejam e façam eles próprios as experiências”.
Actividades em três laboratórios
Divididos por pequenos grupos, os alunos passaram todos pelos três laboratórios.
‘O embrião’, ‘Investigação criminal: CSI no ICVS’ e ‘Efeitos nocivos da radiação solar’ são as designações das actividades preparadas para estes alunos.
Na actividade do embrião, habitual neste tipo de iniciativas, os ‘cientistas por um dia’ observaram embriões de galinha em diferentes estados do desenvolvimento e aprenderam como se podem adquirir conhecimentos sobre o desenvolvimento embrionário humano estudando embriões de outros animais.
Noutro laboratório, os alunos analisaram uma cena de crime simulada, recolhendo provas no local do crime e analisando-as no laboratório para descobrir os criminosos.
Nesta actividade - designada ‘Investigação Criminal’ - destacou-se a técnica de análise do ADN, utilizada não só em investigação forense, mas também em testes de paternidade e no diagnóstico de doenças.
Na terceira actividade, realizada pela segunda vez para alunos visitantes, os ‘cientistas’ usaram a levedura como modelo de célula eucariótica, observaram a influência da radiação solar na sua viabilidade a avaliaram os níveis de eficácia de diferentes protectores solares de uso corrente. Aqui, os alunos perceberam que a radiação solar provoca grandes danos nas células
Em laboratório percebeu-se o entusiasmo dos alunos por protagonizarem este tipo de actividade.
Maria Helena Barroso: “foi uma experiência nova”
Maria Helena Barroso confessou que sentiu as mãos a tremer durante a actividade que demonstrou os efeitos nocivos da radiação solar em excesso. “Foi uma actividade completamente nova para mim”, contou ao ‘CM’, explicando que na sua escola, a Padre Martins Capela, de Terras de Bouro, não existem equipamentos tão completos e sofisticados.
A aluna do 11.º A confessou ainda que esta foi a primeira actividade que fez num laboratório universitário. Maria Helena realçou ainda que gostou de conhecer a Escola de Ciências da Saúde, pois “gostava de seguir Medicina no ensino superior”.
Diogo Fernandes não tem vocação para cientista
Aluno do 12.ºA, Diogo Fernandes também veio da Escola Padre Martins Capela. Ao nosso jornal, o jovem confessou que gostou particularmente de ficar a saber como se extrai e analisa o DNA. “Foi uma iniciativa muito interessante. Os nosso laboratórios não são tão sofisticados”, disse. Apesar de ter gostado da actividade, o jovem diz que não tem vocação para cientista e quer mesmo é seguir Engenharia Informática.
Márcia quer seguir Enfermagem
Márcia Costa Dias quer seguir a área de Enfermagem, “algo que não está muito relacionado com laboratórios”, acrescenta. A aluna de Terras de Bouro confessa que gostou de participar nesta iniciativa, algo que fez pela primeira vez: “Aprende-se muito mais com este tipo de actividades do que nas aulas teóricas”, frisou, em declarações ao ‘CM’.
Alunos gostam de abordagens práticas
Sandra Lobo, professora de Biologia e Geologia, considera que “este tipo de actividade, em que as universidades abrem as portas dos seus laboratórios aos alunos do secundário, são muito importantes, desde logo para mostrar que em Portugal, e no caso concreto em Braga, também se faz investigação ao nível do melhor do mundo”.
A professora - que acompanhou os alunos de duas turmas (uma do 11.º e outra do 12.º anos) da Escola Padre Martins Capela, de Terras de Bouro - realçou ainda o facto de “os alunos poderem trabalhar com determinados materiais e equipamentos a que, infelizmente, nas escolas não têm acesso”.
Sandra Lobo está bem consciente de que este tipo de actividades “são bastante produtivas no que diz respeito à apreensão dos conhecimentos”. É que “por muito boas e interessantes que sejam as aulas teóricas, estas abordagens mais práticas despertam sempre mais interesse nos alunos”.
Bárbara Filipa: “isto é muito fixe”
Aluna do 12.º B da Escola Secundária Alberto Sampaio, de Braga, Bárbara Filipa visitou ontem pela primeira vez um laboratório. “Isto é muito interessante. Muito fixe mesmo!”, confessou ao nosso jornal, revelando que esta actividade lhe deu a possibilidade de conhecer por dentro a Escola de Ciências da Saúde, pois no futuro pretende seguir uma área ligada precisamente à saúde.
Sandra Lobo, professora de Biologia e Geologia, considera que “este tipo de actividade, em que as universidades abrem as portas dos seus laboratórios aos alunos do secundário, são muito importantes, desde logo para mostrar que em Portugal, e no caso concreto em Braga, também se faz investigação ao nível do melhor do mundo”.
A professora - que acompanhou os alunos de duas turmas (uma do 11.º e outra do 12.º anos) da Escola Padre Martins Capela, de Terras de Bouro - realçou ainda o facto de “os alunos poderem trabalhar com determinados materiais e equipamentos a que, infelizmente, nas escolas não têm acesso”.
Sandra Lobo está bem consciente de que este tipo de actividades “são bastante produtivas no que diz respeito à apreensão dos conhecimentos”. É que “por muito boas e interessantes que sejam as aulas teóricas, estas abordagens mais práticas despertam sempre mais interesse nos alunos”.
Bárbara Filipa: “isto é muito fixe”
Aluna do 12.º B da Escola Secundária Alberto Sampaio, de Braga, Bárbara Filipa visitou ontem pela primeira vez um laboratório. “Isto é muito interessante. Muito fixe mesmo!”, confessou ao nosso jornal, revelando que esta actividade lhe deu a possibilidade de conhecer por dentro a Escola de Ciências da Saúde, pois no futuro pretende seguir uma área ligada precisamente à saúde.
Ricardo Oliveira quer seguir investigação
Prestes a terminar o ensino secundário, Ricardo Oliveira confessa que provavelmente vai enveredar por uma área virada para este tipo de investigação. “Ainda não me decidi ao certo, mas esta actividade de hoje fez-me pensar seriamente em seguir investigação científica”, confessou ao ‘CM’ o aluno da Alberto Sampaio.
Apesar de considerar que se aprende bastante com este tipo de actividades práticas, Ricardo referiu ainda que “a teoria também faz falta para ajudar a explicar como é que as coisas acontecem”.
Prestes a terminar o ensino secundário, Ricardo Oliveira confessa que provavelmente vai enveredar por uma área virada para este tipo de investigação. “Ainda não me decidi ao certo, mas esta actividade de hoje fez-me pensar seriamente em seguir investigação científica”, confessou ao ‘CM’ o aluno da Alberto Sampaio.
Apesar de considerar que se aprende bastante com este tipo de actividades práticas, Ricardo referiu ainda que “a teoria também faz falta para ajudar a explicar como é que as coisas acontecem”.
Fonte: Jornal o “Correio do Minho”, texto de Marlene Cerqueira, publicado no dia 21-01-2010
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