Desde 1971 que as águas de uma barragem ocupam por completo o espaço outrora destinado a uma secular população, de usos e costumes ancestrais. Hoje, apenas, restam ruínas e memórias.
Nas fraldas da Serra Amarela, pertencendo à freguesia do Campo do Gerês, concelho de Terras de Bouro, localizava-se, até ao decorrer do ano de 1971, uma aldeia de características quase únicas e cujo destino dramático perpetuou o seu nome.
Uma aldeia, completamente independente, de vivência fortemente comunitária e com as suas próprias leis, que viria a desaparecer para dar lugar à barragem que herdou o seu nome, a barragem de Vilarinho das Furnas.
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Nas fraldas da Serra Amarela, pertencendo à freguesia do Campo do Gerês, concelho de Terras de Bouro, localizava-se, até ao decorrer do ano de 1971, uma aldeia de características quase únicas e cujo destino dramático perpetuou o seu nome.
Uma aldeia, completamente independente, de vivência fortemente comunitária e com as suas próprias leis, que viria a desaparecer para dar lugar à barragem que herdou o seu nome, a barragem de Vilarinho das Furnas.
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As águas que outrora irrigaram os seus férteis campos, iriam, no futuro assumir o papel da mortalha que afundaria para sempre mil anos de vivências, de histórias... de memórias.
Inaugurada em 21 de Maio de 1972, a barragem de Vilarinho das Furnas, face ao seu grau de aproveitamento, lança no ar uma questão sobre se realmente valeu a pena arrasar por completo um tão vasto espaço de tradições, de costumes... de liberdade. Uma barragem completamente dependente de barragens vizinhas, um rio cujo caudal, por si só, não alimentaria tão desproporcionai monstro e apenas a visibilidade de uma turbina acabam por tornar ainda mais pertinente a questão que se coloca VALEU A PENA?...
Submergiu-se uma aldeia arrastando usos e costumes seculares para o fundo das águas. Hoje prevalecem, apesar do difícil acesso, as ruínas e as suas memórias.
Como dizia António Campos no seu filme rodado entre Janeiro de 1969 e Junho de 1970, VILARINHO MORREU NAS ÁGUAS QUE A VIRAM NASCER.
Adriano Pereira
Inaugurada em 21 de Maio de 1972, a barragem de Vilarinho das Furnas, face ao seu grau de aproveitamento, lança no ar uma questão sobre se realmente valeu a pena arrasar por completo um tão vasto espaço de tradições, de costumes... de liberdade. Uma barragem completamente dependente de barragens vizinhas, um rio cujo caudal, por si só, não alimentaria tão desproporcionai monstro e apenas a visibilidade de uma turbina acabam por tornar ainda mais pertinente a questão que se coloca VALEU A PENA?...
Submergiu-se uma aldeia arrastando usos e costumes seculares para o fundo das águas. Hoje prevalecem, apesar do difícil acesso, as ruínas e as suas memórias.
Como dizia António Campos no seu filme rodado entre Janeiro de 1969 e Junho de 1970, VILARINHO MORREU NAS ÁGUAS QUE A VIRAM NASCER.
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