É um passo "revolucionário" em termos de tratamento de resíduos da região. A Braval deverá testar a sua nova central de valorização orgânica, já no final deste mês. Pedro Machado, administrador da empresa intermunicipal, diz que "as principais vantagens passam pela valorização energética dos resíduos". Mas também não é de descurar o "cumprimento das diretivas europeias" entre as vantagens da nova central.
Trata-se de um investimento de 9 milhões de euros da Braval, com vista à valorização de resíduos orgânicos e produção de energia. A partir do final de janeiro será testada, pela primeira vez, a unidade a funcionar no EcoParque.
“Chegou a hora de encetar mais uma revolução", frisa Pedro Machado. Recordando os "vários projetos realizados, as várias mudanças implementadas, tudo necessário para a melhoria da nossa qualidade de vida ambiental, por mais custosos ou difíceis que pudessem parecer", o administrador da empresa intermunicipal defende que chegou a hora de proceder à "recolha de resíduos orgânicos, com o início de atividade da nova Unidade de Valorização Orgânica previsto para o próximo mês".
Até aqui foram erradicados os verdadeiros cancros ambientais que eram as lixeiras a céu aberto; foram construídas infra estruturas adequadas ao tratamento de resíduos, como o aterro sanitário; foi implementada a recolha seletiva de resíduos, através da colocação de ecopontos e da construção da estação de triagem.
"Ao longo destes anos, aumentamos sempre o número de ecopontos disponíveis para a população, tornando Braga a cidade com o maior número de ecopontos subterrâneos per capita, a nível mundial", lembrou. Foi, ainda, lançada e implementada a ideia de um Ecoparque Braval, um conjunto de vários projetos de valorização de resíduos: Unidade de produção de biodiesel, com o aproveitamento, até ao momento, de 275000 litros de óleos alimentares usados; o aproveitamento do biogás do aterro sanitário para a produção de eletricidade; foram anos de uma "profunda aposta na sensibilização e educação ambiental de crianças e adultos para que estas mudanças fossem implementadas e aceites com sucesso, para o bem comum".
Agora, a nova revolução "só será possível se os municípios colocarem um contentor, ao lado dos ecopontos, para recolha exclusiva de resíduos orgânicos". "Para aumentarmos a eficiência da unidade de valorização orgânica, em que precisaremos de produzir, nas duas fases, 2 MWh de energia, só o conseguiremos se o lixo chegar em condições. Para isso, precisamos desta revolução, de fazermos mais e melhor separação", adiantou Pedro Machado, num artigo de opinião assinado por si.
Trata-se de um investimento de 9 milhões de euros da Braval, com vista à valorização de resíduos orgânicos e produção de energia. A partir do final de janeiro será testada, pela primeira vez, a unidade a funcionar no EcoParque.
“Chegou a hora de encetar mais uma revolução", frisa Pedro Machado. Recordando os "vários projetos realizados, as várias mudanças implementadas, tudo necessário para a melhoria da nossa qualidade de vida ambiental, por mais custosos ou difíceis que pudessem parecer", o administrador da empresa intermunicipal defende que chegou a hora de proceder à "recolha de resíduos orgânicos, com o início de atividade da nova Unidade de Valorização Orgânica previsto para o próximo mês".
Até aqui foram erradicados os verdadeiros cancros ambientais que eram as lixeiras a céu aberto; foram construídas infra estruturas adequadas ao tratamento de resíduos, como o aterro sanitário; foi implementada a recolha seletiva de resíduos, através da colocação de ecopontos e da construção da estação de triagem.
"Ao longo destes anos, aumentamos sempre o número de ecopontos disponíveis para a população, tornando Braga a cidade com o maior número de ecopontos subterrâneos per capita, a nível mundial", lembrou. Foi, ainda, lançada e implementada a ideia de um Ecoparque Braval, um conjunto de vários projetos de valorização de resíduos: Unidade de produção de biodiesel, com o aproveitamento, até ao momento, de 275000 litros de óleos alimentares usados; o aproveitamento do biogás do aterro sanitário para a produção de eletricidade; foram anos de uma "profunda aposta na sensibilização e educação ambiental de crianças e adultos para que estas mudanças fossem implementadas e aceites com sucesso, para o bem comum".
Agora, a nova revolução "só será possível se os municípios colocarem um contentor, ao lado dos ecopontos, para recolha exclusiva de resíduos orgânicos". "Para aumentarmos a eficiência da unidade de valorização orgânica, em que precisaremos de produzir, nas duas fases, 2 MWh de energia, só o conseguiremos se o lixo chegar em condições. Para isso, precisamos desta revolução, de fazermos mais e melhor separação", adiantou Pedro Machado, num artigo de opinião assinado por si.
Central de Valorização Orgânica é mais um projeto pioneiro
Este investimento de quase 9 milhões de euros vai permitir tratar e valorizar os resíduos sólidos urbanos (RSU) provenientes da recolha indiferenciada dos municípios da área de influência da Braval, entre os quais estão os concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro.
Nesta unidade, vai ser instalado um tratamento mecânico e biológico (TMB), com capacidade para triar perto de 50 mil toneladas de RSU indiferenciados, associado à CVO, com capacidade de processamento de 10 mil toneladas de resíduos orgânicos.
No entanto, “quando estiver completo, este vai ser um projeto de âmbito regional, pois prevê que sejam incluídos também os resíduos orgânicos seletivos da Resulima e da Valorminho”, revelou o diretor executivo da Braval, Pedro Machado.
Esta será a primeira unidade do género em toda a região, “à semelhança de outros projetos em que a Braval foi pioneira”, como a recolha e reciclagem de óleos alimentares usados para transformação em biodiesel e posterior utilização em viaturas municipais.
A Braval tem, ainda, um ecoparque onde faz a gestão energética do biogás, valorizando 1046 metros cúbicos de biogás por hora, uma unidade de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), um ecocentro para resíduos industriais e uma unidade de tratamento de resíduos hospitalares por auto-clavagem, em parceria com a Ambimed.
Lixo OrgânicoEste investimento de quase 9 milhões de euros vai permitir tratar e valorizar os resíduos sólidos urbanos (RSU) provenientes da recolha indiferenciada dos municípios da área de influência da Braval, entre os quais estão os concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro.
Nesta unidade, vai ser instalado um tratamento mecânico e biológico (TMB), com capacidade para triar perto de 50 mil toneladas de RSU indiferenciados, associado à CVO, com capacidade de processamento de 10 mil toneladas de resíduos orgânicos.
No entanto, “quando estiver completo, este vai ser um projeto de âmbito regional, pois prevê que sejam incluídos também os resíduos orgânicos seletivos da Resulima e da Valorminho”, revelou o diretor executivo da Braval, Pedro Machado.
Esta será a primeira unidade do género em toda a região, “à semelhança de outros projetos em que a Braval foi pioneira”, como a recolha e reciclagem de óleos alimentares usados para transformação em biodiesel e posterior utilização em viaturas municipais.
A Braval tem, ainda, um ecoparque onde faz a gestão energética do biogás, valorizando 1046 metros cúbicos de biogás por hora, uma unidade de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), um ecocentro para resíduos industriais e uma unidade de tratamento de resíduos hospitalares por auto-clavagem, em parceria com a Ambimed.
Lixo orgânico é todo o resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo o lixo originário de um ser vivo. Este tipo de lixo é produzido nas residências, escolas, empresas e pela natureza.
Podemos citar como exemplos de lixo orgânico: restos de alimentos orgânicos (carnes, vegetais, frutos, cascas de ovos), papel, madeira, ossos, sementes, etc.
Este tipo de lixo também pode ser usado para a produção de energia (biogás), pois no seu processo de decomposição é gerado o gás metano. Outra utilidade do lixo orgânico é a produção de adubo orgânico, muito usado na agricultura, através do processo de compostagem.
“ A revolução tem de ser feita ao nível da recolha seletiva dos resíduos orgânicos”
Terras do Homem: Que quantidade de energia poderá ser produzida em resultado direto do funcionamento da Central de Valorização Orgânica?
Pedro Machado: O gerador instalado na CVO permitirá produzir 1 MWh de energia, ou seja, uma média de 720 MWh, por mês.
TH: Que tipo de energias são produzidas nessa central?
PM: Energia elétrica produzida a partir do aproveitamento do biogás, por sua vez proveniente da decomposição dos resíduos orgânicos, por digestão anaeróbia.
TH: Para que poderá ser utilizada essa energia? Nos próprios trabalhos do Ecoparque Braval ou é imperativo vendê-la à EDP?
PM: Será vendida à EDP, tal como já acontece com a energia produzida pelo aproveitamento do biogás proveniente do aterro sanitário.
TH: Que matérias poderão ser recolhidas/depositadas nos pontos de recolha? Onde serão instalados?
PM: Resíduos Orgânicos exclusivamente. Ou seja, restos de comida, plantas… Com o apoio dos municípios seria necessário, para maior eficiência da unidade, que existisse um contentor apenas para os resíduos orgânicos, sendo a recolha da responsabilidade dos próprios municípios.
TH: Que materiais deverão ser evitados?
PM: Tudo o que não for orgânico é considerado material contaminante. Aqui reside o cerne da questão. Tem que haver um enorme trabalho de sensibilização e de recolha para que seja só a parte orgânica a chegar à CVO.
TH: A nível nacional, é um projeto revolucionário? Porquê?
PM: Não é o projeto em si que é revolucionário. Já existem três unidades semelhantes a funcionar, em Portugal. A revolução tem de ser feita ao nível da recolha seletiva dos resíduos orgânicos, com a colocação de um contentor exclusivo para resíduos orgânicos, sendo transformado um dos contentores dos ecopontos para receber todos os outros resíduos não orgânicos, mas também não passíveis de reciclagem, continuando a existir um contentor para vidro e outro para papel e embalagens.
Fonte: Terras do Homem, em 19-01-2012
Podemos citar como exemplos de lixo orgânico: restos de alimentos orgânicos (carnes, vegetais, frutos, cascas de ovos), papel, madeira, ossos, sementes, etc.
Este tipo de lixo também pode ser usado para a produção de energia (biogás), pois no seu processo de decomposição é gerado o gás metano. Outra utilidade do lixo orgânico é a produção de adubo orgânico, muito usado na agricultura, através do processo de compostagem.
“ A revolução tem de ser feita ao nível da recolha seletiva dos resíduos orgânicos”
Terras do Homem: Que quantidade de energia poderá ser produzida em resultado direto do funcionamento da Central de Valorização Orgânica?
Pedro Machado: O gerador instalado na CVO permitirá produzir 1 MWh de energia, ou seja, uma média de 720 MWh, por mês.
TH: Que tipo de energias são produzidas nessa central?
PM: Energia elétrica produzida a partir do aproveitamento do biogás, por sua vez proveniente da decomposição dos resíduos orgânicos, por digestão anaeróbia.
TH: Para que poderá ser utilizada essa energia? Nos próprios trabalhos do Ecoparque Braval ou é imperativo vendê-la à EDP?
PM: Será vendida à EDP, tal como já acontece com a energia produzida pelo aproveitamento do biogás proveniente do aterro sanitário.
TH: Que matérias poderão ser recolhidas/depositadas nos pontos de recolha? Onde serão instalados?
PM: Resíduos Orgânicos exclusivamente. Ou seja, restos de comida, plantas… Com o apoio dos municípios seria necessário, para maior eficiência da unidade, que existisse um contentor apenas para os resíduos orgânicos, sendo a recolha da responsabilidade dos próprios municípios.
TH: Que materiais deverão ser evitados?
PM: Tudo o que não for orgânico é considerado material contaminante. Aqui reside o cerne da questão. Tem que haver um enorme trabalho de sensibilização e de recolha para que seja só a parte orgânica a chegar à CVO.
TH: A nível nacional, é um projeto revolucionário? Porquê?
PM: Não é o projeto em si que é revolucionário. Já existem três unidades semelhantes a funcionar, em Portugal. A revolução tem de ser feita ao nível da recolha seletiva dos resíduos orgânicos, com a colocação de um contentor exclusivo para resíduos orgânicos, sendo transformado um dos contentores dos ecopontos para receber todos os outros resíduos não orgânicos, mas também não passíveis de reciclagem, continuando a existir um contentor para vidro e outro para papel e embalagens.
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