quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Uma visita recomendada, aos grandes santuários minhotos e transmontanos

Excursões de transmontanos visitam anualmente os santuários da zona do Minho, especialmente o Bom Jesus – em estilo barroco do séc. XIV, o Sameiro (construído em meados do séc. XIX) em Braga e o S, Bento da Porta Aberta (construído entre 1880-1895), este último, a alguns bons quilómetros desta cidade
Quanto ao santuário da Penha, em Guimarães construído em 1930/1947, é, curiosamente, o mais recente, de todos os grandes santuários minhotos.
Com uma das melhores vistas sobre o rio e sobre o mar, está erigido junto de Viana do Castelo, o Santuário de Santa Luzia, também este, relativamente recente e mandado edificar já no século XX entre os anos de 1903-1934.

Ou seja em linhas gerais, o santuário mais antigo minhoto é o do Bom Jesus, em Braga, com mais de 700 anos, sendo os santuários do Sameiro e do S. Bento da Porta Aberta, quase construídos na mesma altura (entre 1850 e 1900), sendo o Santuário da Santa Luzia, um dos últimos grandes santuários minhotos a ser construído, já nos inícios do século XX, ou seja há cerca de 100 anos.
Por razões históricas, talvez devido a um maior povoamento e fertilidade dos solos, aí, no Minho, se instalou mais, a realeza nortenha, que aliada aos clérigos locais que a acompanhavam, quiseram perpetuar, em grandes obras religiosas ou artísticas, a fé, o nome, ou a grandeza de algum acontecimento.
Assim espalham-se pelo Minho, dos maiores santuários portugueses, em monumentalidade artística.
Visitar o Bom Jesus e o Sameiro, muito próximos, um do outro, é além dum acto de devoção, uma homenagem â monumentalidade da arte religiosa local.
Uma verdadeira arquitectura em pedra, de todo o conjunto, desde os vários edifícios religiosos, hotéis, transporte de elevador, aos locais religiosos, e aos lindos e imponentes escadarias de patamares em cascata, tendo aos seus pés, a bonita cidade de Braga.
Pode-se dizer que o Bom Jesus e o Sameiro, com a sua proximidade de Braga, as suas zonas de lazer, as belas capelas, são efectivamente, hoje, santuários de recorte urbano.
Já, por outro lado, o São Bento de Porta Aberta, distanciado de algumas dezenas de quilómetros de Braga, prima pela sua beleza bucólica e campestre, correndo ao fundo dele uma maravilhosa bacia de água doce.
Sem a grandiosidade artística do Bom Jesus, este, é um lugar tranquilo, num ambiente rural, que convida á contemplação da paisagem e ao ambiente envolvente, donde ressalta uma grande tranquilidade de espírito e uma grande vastidão de horizontes.
Outro santuário de grandes dimensões, encontra-se nos contra-fortes da Serra da Peneda-Gerês, a meia encosta, grandioso, mais rústico, duma beleza artística diferente dos anteriores, mas rodeado duma natureza poderosa, mas imponente, não faltando também uma belo escadaria de pedra em forma de cascata, como no do Bom Jesus e do Sameiro em Braga.
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Fonte: Semanário Transmontano, em 30-12-2010

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